— Chegamos! – Anunciou Shizune após estacionar o carro
— É um lugar bonito. Tem muito verde aqui – diz Sai assim que tira o cinto de segurança e sai do carro, sendo acompanhado por Shizune
— Quando idealizei esse projeto pensava num lugar que trouxesse paz. Essas crianças já têm problemas demais, não merecem ficar num lugar caótico como uma cidade agitada ou isoladas num hospital frio. Aqui é acolhedor e tem cores alegres. Eles se sentem vivos aqui.
— Todas as crianças daqui têm problemas cardíacos?
— Sim. Todas têm. Algumas podem ser curadas e ficam aqui só enquanto o tratamento é aplicado. Já outras estão aqui há meses ou até anos porque esperam uma cirurgia ou um transplante.
— E não depende só de você para que elas consigam se operar?
— A questão é o dinheiro e também a disponibilidade de corações compatíveis... Aqui nós temos um pequeno hospital de emergência e alguns médicos voluntários, mas não temos suporte para cirurgia graves ou transplantes. Podemos fazer algumas coisas, mas não tudo. Aqui é uma ONG então você já deve imaginar que não recebemos ajuda do governo, somente doações de pessoas que se preocupam com essas crianças. E a fila de espera num transplante é tão longa.
— Eu imagino o sofrimento dessas famílias. Devia ser proibido criança ficar doente. – disse Sai
— Também acho. Elas parecem tão indefesas não é?
— Verdade.
— Bem, você vai ter uma função importante aqui. Essas crianças tiveram que deixar a escola, então estamos implementando nos últimos meses atividades escolares. Temos alguns professores voluntários e já que você se interessa, você pode dar aula de artes a eles.
— Vai ser um prazer. – sorriu
— Vamos conhecer os anjinhos? – disse animada
— É claro – disse Sai positivo
Na casa que Shizune havia construído o hospital tinham trinta crianças internadas. A casa tinha dois andares. Oito quartos que eram divididos pelas crianças no andar de cima. Quatro banheiros. Uma enfermaria. A sala de exames. A sala da pediatria. A sala da cardiologia. A sala de atividades extras. E no jardim as crianças com casos menos graves podiam gastar seu tempo tomando um pouco de sol e observando o belo jardim.
— As famílias ficam morando aqui? – perguntou Sai observando uma mãe com sua filha
— Algumas ficam, outras passam apenas para visita. E também tem os casos de pacientes que não precisam ser internados, então só vem aqui para o acompanhamento médico. – explica Shizune
— Realmente, sua profissão é maravilhosa. Hoje eu entendo porque você não podia abandonar o seu sonho.
— E agora você faz parte disso. – ela segurou a mão de Sai e sorriu
— Obrigado pela chance. Eu vou trabalhar duro pra fazer da vida dessas crianças melhor e assim preencher o lugar vazio que ficou na minha.
— Ainda dá tempo de voltar atrás e conversar com a Sakura.
— O que eu tenho a oferecer a ela? Alguns anos de vida? E depois? Acho que ela não aguentaria mais uma perda. Por mais que ela se mostre forte e tenha uma vida feliz, toda vez que ela fala do Kiba e dos amigos a gente vê no olho dela o quanto dói. A ferida está ali, mesmo que cicatrizada.
— Sasori me contou tudo sobre o passado dela. E é bom ver que você se importa tanto assim com os sentimentos dela.
— Eu a amo. Eu só penso nela.
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O amor é cego
FanfictionTodos já escutaram aquela velha expressão de que o amor é cego, não é? De um lado está Sakura Haruno, ela é cega, de verdade. Ela não teria outra opção a não ser se apaixonar pelo interior de uma pessoa. E se ela se apaixonar por um cara que mentiu...