Capítulo 67 - Partindo

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Com a mão no bolso Itachi andava pela rua. Ele não sabia para onde ia, apenas andava pelas ruas com a cabeça nas nuvens. Quando deu por si estava em frente ao prédio da Konan. Já era tarde e ela deveria estar dormindo, mas ele se surpreendeu ao reparar que as luzes do apartamento estavam acesas e então se perguntou o que ela estaria fazendo. De repente sentiu necessidade de ir até lá, mas quando chegou perto do interfone não teve coragem de ligar para o apartamento. Voltou para o outro lado da calçada e sentou-se no meio fio. Ficou observando a janela dela, aliás, não era a primeira vez que ele fazia isso. Ele já tinha vindo outras vezes ali, mas essa era a primeira vez que ele vinha sem nem se dar conta. Só hoje ele tinha percebido o quanto ainda estava ligado a ela, o quanto ela o danificava, coisa que talvez ele nunca tivesse sequer notado. 


- Bela hora pra descobrir que a ama de verdade né Itachi? – falou para si mesmo num sussurro e notou Konan ir até a varanda do apartamento, ela olhou o céu e depois foi abraçada por trás por alguém. Itachi forçou o olhar e percebeu que pela cor dos cabelos só poderia ser Nagato. Ele ainda estava lá, certamente estavam juntos. Ele então levantou e perambulou pelas ruas até amanhecer.


[...]

- Ta na hora de acordar. A nossa programação de hoje está lotada, temos que nos levantar para não nos atrasar! – falou Sasuke assim que Sakura abriu os olhos
- Bom dia pra você também amor. – falou sonolenta e Sasuke apenas a beijou
- Bom dia! – ele se levantou e então pegou uma bandeja com o café da manhã – Pra você!
- preparou tudo isso pra mim? – disse surpresa
- Tudo para a minha amada – ele sorriu sedutor e ela sorriu de volta
- Me belisca? Isso tudo parece sonho!
- Não é sonho. Eu só queria te recompensar por todo o tempo ausente. Não só fisicamente, mas sei que demorei a responder seus e-mails. E você pode me dizer mil vezes que entende que eu sou ocupado, mas eu sei que no fundo parti seu coração. E agora quero recuperar todo tempo perdido e ser o mais atencioso possível.
- Você é perfeito.
- Não. Estou tentando esconder meus defeitos pra você não desistir de mim.
- Eu desistir de você? – ele fez que sim com a cabeça – Isso não vai acontecer NUNCA!
- Você fala isso agora e quando o tempo passar, os meses, os anos. Você vai estar distante e eu não sei se posso ser tão presente quanto quero.
- Eu vou entender cada falta sua e sei que você vai saber me recompensar na hora certa.
- Farei tudo que for possível. – ele a beijou e ela sorriu entre o beijo
- Qual é a programação de hoje mesmo?
- Quase que eu me esqueço sabia? Você tira minha concentração, além disso, ficar no quarto é muito atraente pra mim.
- Já ficamos no quarto muito tempo, hora de curtir o dia. É o meu último.
- Não me lembra disso – fez bico
- Ok. Ok. Não lembro, maaaaas você tem que me falar a programação do nosso dia inesquecível.

- Eu pensei em uma volta pelo central park de bicicleta e pensei em tomar sorvete. Pensei em alugar um filme e comer pipoca. Pensei em fazer um piquenique como quando nos conhecemos. Pensei em muitas opções e agora você decide.
- Podemos andar de bicicleta no central park e no fim do passeio fazer o piquenique e também tomar o sorvete em seguida e quando voltarmos pra casa assistimos a um filme, comemos pipoca e namoramos bastante.
- Definitivamente um programa de casal.
- Um belo programa de casal – sorriu e se direcionou ao banheiro.
- Vai se arrumar?
- Vou tomar banho.
- Acho que eu vou também – ele sorriu malicioso e seguiram para o banheiro.

[...]

- Eu adorei nosso dia – Disse Sakura enquanto tomava sorvete
- Eu também, mas não se esqueça que nosso dia ainda não acabou. Ainda vamos assistir a um filme, comer pipoca e namorar o resto do tempo. – lembrou enquanto tomava seu sorvete de chocolate
- Não vou esquecer-me de nenhum detalhe. – sorriu
- Sakura, você ta gostando mesmo das suas aulas de teatro? – Perguntou antes de se sentar na grama e ela então se sentou ao lado dele
- Estou, tem me ajudado muito a me expressar melhor. A minha arte tem que transmitir o que penso e o que sinto e o teatro aflora tudo.
- E você acha o seu professor bom?
- Ele é incrível. Ele tem experiência com o teatro e tem uma paixão visível pelo o que faz. As aulas não são chatas, são sempre descontraídas. Lembro que no ensaio geral para os pequenos diálogos ele foi muito atencioso com todos, além de se disponibilizar em horas extras e registrar tudo num caderno além de filmar e fotografar. Ele comenta tudo que você faz em cena, te elogia quando acerta e te incentiva quando erra.
- Ele é um excelente profissional mesmo.

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora