Capítulo 61 - Planos

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Sasuke olhava, perdido a paisagem; que tinha da janela de seu escritório. Não era difícil adivinhar que ele pensava em Sakura. Não havia coisa mais difícil do que deixá-la lá, longe de sua proteção. Ouviu de repente alguém bater a sua porta e deixou que entrasse; se surpreendeu por ver Karin ali, desde a divulgação do filme ele não tinha visto-a mais.
- Como está Karin? – perguntou num tom indiferente
- Bem e você? Espere, eu sei a resposta... Está se matando para saber como a Sakura está – ironizou a ruiva puxando uma cadeira para se sentar
- HAHA muito engraçado – disse mantendo a expressão gelada
- Você é sem graça – fez uma careta e continuou – Eu arrumei aquela pessoa que te prometi.
- Têm boas referencias?
- As melhores, ele se formou comigo em Yale. Aliás, ele vai dar aulas lá nesse semestre.
- Eu pedi um preparador de elenco, não um espião Karin. – avisou
- Ué, pensei que fosse gostar. Além de Yale ter os melhores na sua academia de teatro e serem alunos do meu amigo, ele ainda vai poder te contar coisas sobre a sua amada namorada.
- Sakura é aluna de Artes Plásticas e não de Artes Cênicas.
- Mas caso você queira saber os alunos de Artes Plásticas vão poder fazer as aulas de Artes Cênicas, vai ser um curso extra pra quem tem interesse, só nas horas vagas e
adivinha quem está matriculada na aula do meu amigo?
- A Sakura?
- Sim! Viu como você sabe? – ironizou
- Não vou pedir pro seu amigo vigiar a Sakura, mas acho que ele pode ser o preparador de elenco que eu preciso.
- Sabia que concordaria comigo.
- Quando posso conversar com ele?
- Nesse final de semana vai ser a última apresentação da peça que ele montou e está em cartaz na cidade. Se quiser podemos assistir e depois apresento vocês. – sugeriu a ruiva
- Concordo. Que horas eu passo pra te buscar?
- As 8. A peça começa as 9 e eu tenho ingressos para a primeira fila. – sorriu
- Espero que seu amigo valha a propaganda.
- Claro que vale – levantou-se, apertou a mão de Sasuke e saiu rebolando do escritório do "chefe".


[...]

- Ele não está em nenhum lugar – bufou Sakura completamente impaciente para Tenten. Elas já tinham verificado a biblioteca, os jardins, a cantina, as salas de aula, o teatro, ou seja, os quatro cantos da Universidade e nada.
- Ele não pode te sumido! – esbravejou Tenten.
- Já olhou o dormitório? – perguntou Sakura, lembrando que esse foi o único lugar em que ela não esteve.
- Fui, mas chamei e ninguém falou nada. A porta estava trancada, então acredito que ele não esteja lá também.
- Quem sabe ele esteja e só não queira falar com ninguém? – sugeriu
- Mas por que ele não ia querer falar comigo que sou a namorada dele?
- Vocês brigaram? – perguntou Sakura
- Não! Ele é sempre perfeito comigo.
- Bem, continue procurando, eu vou dar uma passada lá e ver se o encontro. Quem achar primeiro avisa a outra. Combinado?
- Combinado!

Sakura correu, tendo a esperança de encontrá-lo no dormitório. Chegando lá, bateu na porta com toda força e gritou por Sai. Durante uns cinco minutos escutou apenas o silêncio e depois de certa insistência Sai abriu a porta.

- O que houve? – perguntou como se não tivesse acontecido nada.
- Você sumiu e ainda pergunta isso com essa cara de pau? – esbravejou Sakura
- Eu estava aqui o tempo todo. – respondeu calmamente
- quase nos matou de susto – Sakura abraçou-o aliviada
- Você e a Tenten são exageradas. Não foi nada – falou e afastou a amiga.
- Se não foi nada, então por que faltou a aula e não procurou a Tenten ou a mim?
- Estava trabalhando nos meus desenhos. Não queria ser incomodado. – Sai omitiu a verdadeira causa de seu sumiço, mas aquilo que disse tinha um fundo de verdade, pois ele passou todo o tempo desenhando o rosto de Sakura no mínimo umas cem vezes, cada desenho era feito de um modo diferente e mostrava várias facetas de Sakura.
- Quero vê-los então. – pediu Sakura, curiosa.
- Melhor não, não ficaram bons. Cadê a Tenten? – desconversou, ele era muito bom nisso
- Vamos encontrá-la, falei para ela que quem te achasse primeiro avisaria.

[...]

O amor é cegoOnde histórias criam vida. Descubra agora