Capítulo 46 - Coisas de casais

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— Bem... er... o Drew é – o telefone do Itachi tocou ufá
— Só um momento – olhou o visor do celular – é a minha secretária! Deve ser urgente, tenho que atender
— Tudo bem – então ele atendeu. Ele ficou no telefone por uns dez minutos.
— Temari, surgiu um problema numa papelada importante da empresa e eu preciso ir resolver. A gente se fala depois está bem?
— Claro que sim. O dever te chama – sorri e dei graças a Deus por ter me livrado dessa situação constrangedora porque eu sempre fui péssima mentindo, ia acabar contando a Itachi que o Drew na verdade era ele.
— Até mais – falou, me deu um beijo na bochecha e depois saiu e lá fiquei eu com o coração acelerado. Será que eu continuo apaixonada por ele?


[...]


— Sasuke– chamava por ele já pela quinta vez
— Espera Sakura já está quase tudo pronto – ele respondeu e eu não aguentava mais a maldita venda que tapava meus olhos
— Anda rápido senão eu mesma arranco essa venda – avisei
— Não estrague a surpresa caramba! – reclamou
— Ta – bufei, já estava entediada
— Pronto – ele então veio até mim e tirou minha venda que tapava meus olhos desde que saímos do meu apartamento
— UAU – foi só o que eu consegui dizer após notar que nós estávamos num belo apartamento completamente decorado. – De quem é esse apartamento Sasuke?
— Meu – falou e sorriu glorioso
— Seu? Você não precisa de um apartamento Sasuke. Você mora numa casa linda e grande. Por que um apartamento?
— Eu precisava de um lugar pra nós. – disse e me abraçou por trás e depois beijou meu pescoço e inevitavelmente me arrepiei
— Pra nós?
— Sim, afinal no seu apartamento tem aquela regra de não poder levar ninguém pra dormir e na minha casa não ia ser bom por causa do Itachi... você sabe – ao tocar nisso Sasuke ficava meio triste, era horrível saber que Itachi sofria.
— Eu entendo. Sua ideia foi boa amor. Falando em Itachi... ele está bem?
— Aparenta estar, mas ainda não se recuperou 100%.
— Ele me preocupa, ele não merece isso. – virei e fiquei encarando Sasuke que em seguida me abraçou e ficou cheirando meu cabelo
— Eu sei. Estou fazendo o que posso para ajudá-lo a superar isso.
— Só um novo amor iria ajudá-lo.
— Ele me disse que desistiu do amor.
— Quando se desiste é quando fica mais fácil de encontrar o amor verdadeiro, porque ele surge quando menos se espera. – sorri e notei Sasuke se animar
— Verdade. Amor, você bem que podia passar o final de semana comigo aqui, não acha uma boa ideia?
— Maravilhosa amor – sorri e nos beijamos. Pela primeira vez eu experimentava o que era ter um namoro calmo. Sem dúvidas, brigas, confusões. Estar com Sasuke me faz tão feliz.
— Esse aqui é o nosso cantinho – disse e me levou até o quarto e mostrou a cama coberta de pétalas de rosas
— É lindo. Você teve muito bom gosto pra decorar tudo.
— Aham, e aqui está a sua chave para entrar e sair desse apartamento a hora que quiser. É seu também. – me entregou a chave
— É nosso amor – sorri e selei os lábios dele
— Amor, passa essa noite comigo? – ele sussurrou no meu ouvido e eu não consegui mais resistir. Ficaria com ele a noite toda. E queria permanecer durante todas as noites da minha vida se fosse possível.


[...]


—Passou a noite onde maninho? – perguntou Itachi ainda tomando seu café
— No meu apartamento.
— Que apartamento?
— O que eu comprei. Eu penso em me mudar pra lá em breve.
— Sakura também dormiu lá?
— Dormiu, mas Itachi... – ele me interrompeu
— Não se preocupe em me magoar. Não tem nada de estranho em você dormir com a sua namorada. Eu estou bem. Sério.
— Certeza? – perguntei arqueando a sobrancelha
— Absoluta – sorriu pra me convencer
— Que bom, eu só queria que – o telefone de Itachi tocou e ele então atendeu e depois de cinco minutos desligou
— Desculpa Sasuke, mas nossa conversa fica pra outra hora. Tenho um compromisso.
— Que compromisso?
— Temari e eu vamos andar de bicicleta pela orla da praia.
— Você e a Temari? Por acaso é romance no ar? – ri e Itachi entrou na brincadeira
— E se fosse? – colocou o melhor sorriso dele na cara
— Eu ia pagar minha promessa por você conseguir desencalhar!
— Não estou encalhado. Ah e a Temari sempre foi minha amiga. Pare de fantasiar.
— Vocês formariam um belo casal. – tentei dar um empurrãozinho
— Vou pensar nessa sua hipótese – ele então saiu. Ai ai meu irmão está se recuperando. Será Temari a curar as feridas dele agora que eu e Sakura estamos felizes?


[...]


Peguei minha bicicleta e encontrei com Temari na ciclovia. Ela estava linda como sempre, assim que me viu sorriu e então eu fui até seu encontro.
— Olá bela garota! Pronta pra pedalar ao meu lado? – sorri e ela riu
— Já começou com as brincadeiras?
— Quem disse que eu estou brincando?
— Suas cantadas baratas sempre foram o seu jogo preferido.
— Talvez eu tenha mudado. Por que ninguém acredita em mim? – fiz bico
— Ta bom, eu acredito. Você mudou, por favor, não chora, porque eu não tenho vocação de ficar consolando marmanjo. – falou e em seguida começou a pedalar e eu a segui
— Você adoraria me consolar, qualquer mulher no mundo gostaria de estar no seu lugar.
— Bobo. Fica calado e aprecia a vista da praia e o vento batendo no rosto e balançando os cabelos ok?
— Prefiro apreciar você – falei e ultrapassei Temari, notei que ela tinha ficado vermelha. Quer dizer que eu não tinha enferrujado, mulheres ainda me achavam interessante, pelo menos Temari achava. Me senti menos perdedor agora. – Por que ficou muda?
— Você é bobo. – deu língua e então eu parei a bicicleta e ela parou
— Sou. Vem, vamos tomar uma água de coco – fomos até o calçadão e pedi a água de coco pra nós dois – Temari, você ainda não me disse quem era o tal Drew da canção... eu conheço?
— Itachi, não interessa está bem? – notei ela ficar vermelha
— Você é apaixonada por esse Drew ainda?
— Sou – afirmou e bebeu toda a água de coco
— Desde os seus 15 anos não namorou mais ninguém por causa desse Drew?
— Ah Itachi, eu tive mais um namorado depois, pra tentar esquecer o Drew mais não deu muito certo.
— Foi o Shikamaru?
— É eu namorei o Shikamaru depois que você viajou, mas só durou um ano. Ele me achava problemática demais – revirou os olhos, notei que se lembrar disso a deixava entediada.
— E esse Drew era do colégio?
— E... Era – Temari gaguejando? Ela sempre foi tão segura de si
— Temari, esse Drew sou eu? – perguntei meio em dúvida, mas era o que parecia... o nervosismo dela, a letra da música, naquela época eu e ela éramos inseparáveis
— Itachi... – fez uma pausa – sim é você – abaixou a cabeça na mesa e começou a chorar. Então eu levantei me agachei perto dela e abracei e acariciei o cabelo dela.
— Não chora, não quero ver os seus lindos olhos verdes vermelhos. – beijei o topo da cabeça dela e levantei. Ela então devagar voltou a me encarar envergonhada
— Eu me sinto ridícula me declarando pra você. – secou as lágrimas com a mão
— Você não é ridícula. E olha eu não posso te prometer amor incondicional nem nada agora, mas eu ficaria honrado se nós pudéssemos tentar. Temari, aceita namorar comigo? – segurei na mão dela e depositei um beijo lá
— Namoro sem amor não dá certo. – ela então levantou e quando sai andando eu a segurei pelo braço
— Se você não correr riscos viver não vale a pena – puxei Temari pra perto e a beijei. A beijei porque não conseguia resistir a magia que um amor de infância causava, por mais que eu não tivesse esquecido Sakura totalmente, era Temari quem me ensinou muitas coisas. Era com ela que eu sonhava quando era menino. Foi nela que pensei inúmeras noites e pensava que ela nem me dava bola por ser mais velha e que eu só servia para dar uns pegas as escondidas. Ela sentia vergonha de mim antes, hoje não mais, já que senti corresponder ao meu beijo como nenhuma mulher antes correspondera.

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