CAPÍTULO 9 - PRIMEIROS DESAFIOS

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Assim que adentraram o deserto foi-se possível sentir a enorme diferença de temperatura, enquanto dentro da floresta o clima era úmido e até um pouco frio, entre as dunas de areia o clima se tornara escaldante.

- Olhe aquilo - Barton apontava para algo que parecia um oásis, um pequeno grupo de árvores com um lago no meio, ao lado do lago era possível se ver uma pedra com algo esculpido nela, ao forçar os olhos notou que o desenho se tratava de um escorpião com uma espada encravada atravessando seu abdômen.

A princípio pensou em como era possível um oásis existir em meio a um deserto escaldante, mas o calor e a vontade de deitar em baixo de uma sombra fresca tomou conta de sua mente.

O anão então esporou o cavalo e partiu rumo ao oásis, seus amigos não entenderam a ação do colega, mas também alentaram a velocidade para o alcançar.

Assim que chegou ao local, desceu do cavalo e correu para debaixo de uma das árvores, estranhamente não sentiu alívio algum por estar debaixo da sombra, então decidiu se molhar um pouco na água.

Com suas pequenas pernas correu até alcançar o lago, agachou e começou a jogar água no rosto, novamente sentiu algo estranho, a água possuía um gosto meio amargo e quanto mais ele colocava na boca mais sede sentia.

Astron e Samira logo chegaram, bem no momento de ver seu amigo de joelhos perto de uma pequena duna com as mãos carregadas de areia arremessando-a em seu rosto e as vezes até mesmo colocando grandes porções na boca e cuspindo logo depois.

Não havia nada em volta do anão além de areia e mais areia e uma pequena estatueta com aparência de um escorpião armando bote, com cerca de um metro de altura possuía uma esmeralda na ponta da calda simbolizando um enorme ferrão.

- Barton? - Astron se aproximou do colega.

- O que este idiota pensa que está fazendo?

O anão pareceu não notar os amigos, continuou então arremessando "água" em sua cabeça e em seu rosto.

- Ele pode estar preso em alguma ilusão - Astron tentou segurar no ombro do amigo, mas no instante em que iria tocá-lo foi repelido por uma barreira verde que agora se tornara visível envolvendo o corpo do pequeno impossibilitando assim de tocá-lo - Não podemos tocá-lo e aparentemente ele não nos ouve.

- Acho que a fonte de poder desta ilusão vem daqui! - Samira então retirou a gema da ponta da calda da estatueta e a arremessou no ar, assim que tomou altura disparou uma seta contra a pedra fazendo-a espedaçar em vários pedaços.

No mesmo instante o Oásis a volta de Barton desapareceu totalmente, o anão olhou em suas mãos e notou que estavam carregadas de areia, balançou a cabeça e cuspiu uma grande quantidade que estava em sua boca

- Mas que diabos é isto? - Seus amigos começaram a gargalhar, mas antes mesmo de poderem emitir algum som o chão começou a tremer, uma enorme duna logo a direita pareceu se mover e outra começou a escorrer areia dando a parecer que havia algum tipo de objeto escondido embaixo daquele enorme tapete de areia.

- Mas que diabos é aquilo ? - Samira apontou para algo que parecia um enorme escorpião, cerca de 10 metros de altura, com três pares de patas, um enorme ferrão pontiagudo que estraçalharia qualquer coisa que entrasse em sua frente, na ponta do ferrão viu-se pingando gotas de veneno esverdeadas que ao tocar o solo derretia a areia e afundava soltando uma leve fumaça até finalmente fundir ao chão, possuía na frente duas enormes pinças que ao se fecharem emitiu um som estrondoso, todo imponente com a pele que mais parecia uma couraça de placas que cobria todo o seu corpo.

ACRONÉPOLISOnde histórias criam vida. Descubra agora