Os quatro partiram assim que o sol nasceu. Astron estudou junto ao grupo o melhor trajeto ao qual iriam prosseguir e todos concordaram em evitar o deserto, estranhamente o destino final se tratava de algumas ruínas antigas onde eram oferecidos sacrifícios a deuses antigos.
Todos no grupo fora montado a cavalo a exceção de Samira que estava junto ao seu inseparável Salazar. Astron precisava conter sua velocidade, pois seu corcel era completamente diferente dos cavalos comuns, seu trote era majestoso e seus músculos definidos, o que mostrava que estava pronto para qualquer jornada. O corcel era conhecido por Strinifh, nome em uma língua ancestral que significava - aquele que cavalga pelo vento - Astron dissera certa vez que em todo o reino não havia outra montaria tão rápida quanto o imponente Strinifh. A montaria trajava uma pequena armadura negra que lhe cobria as patas, a cabeça, onde existiam alguns espinhos na parte frontal e o dorso, complementando a cela onde o condutor se acomodava. Astron dissera certa vez ao restante do grupo que Strinifh cavalgara por trinta dias e trinta noites sem cessar quando o guerreiro teve de fugir do reino após ser acusado de traição, passando por inúmeros terrenos turbulentos, montanhas e vales, enfrentando o sol escaldante, tempestades e até mesmo a neve, mostrando que não se comparava a qualquer animal do reino.
Jullr permanecera todo o trajeto calado, mostrando indiferença aos demais. Samira até tentou fazer algumas brincadeiras para quebrar a tenção, mas nada que surtira efeito, apenas lhe era lançada um olhar carrancudo que a julgava idiota.
Durante a noite armavam o acampamento e faziam uma fogueira, onde passavam a noite cantarolando, a exceção de Jullr que ficava o tempo todo afastado dos demais estudando dezenas de livros que carregava consigo em sua mochila.
Após dois dias de viagem já foi-se possível avistar as ruínas do destino final. Tratava-se de uma espécie de castelo. A única parte intacta se tratava de uma torre central, o que aparentava ser uma espécie de salão. Todo o resto da construção se encontrava em pedaços, como se alguém, ou algo tivesse destruído tudo. Algumas partes do muro que envolvia o local estavam completamente destruídas. Após a entrada era possível ver diversas colunas ainda estavam em pé, com vários escombros logo a baixo, aparentando que boa parte do local veio a baixo, mas devido a forte estrutura das colunas, muitas ainda permaneciam erguidas.
Além das colunas, existiam torres circulares parcialmente destruídas, todo o local aparentava ter sido levado abaixo por alguma invasão de qualquer povo inimigo.
Eles então se aproximaram das ruínas comprovando assim que estavam inabitadas.
- Será que foi este tal monstro que destruiu esse lugar? - Barton desmontou de seu cavalo e o amarrou a uma arvore próxima.
- Aparentemente não, a observar pelo estado das rochas, elas já foram destruídas há muito tempo - Jullr abriu o mapa analisado as construções - o que houve aqui foi algum tipo de invasão. Algum conflito qualquer entre dois povos distintos.
O grupo adentrou as ruínas, primeiramente passando por o que parecia ser um portão que daria acesso ao castelo e indo logo em seguida rumo a parte intacta da construção.
- O que é isso?
Samira abaixou-se e recolheu algo no chão. Assim que ergueu o objeto contra a luz do sol seus olhos pareceram brilhar, como se vislumbrasse a coisa mais linda que já vira na vida.
Tratava-se de uma pena. Não uma pena qualquer, mas uma pena com cerca de trinta centímetros. Estranhamente a pluma emitia um brilho radiante, como se possuísse luz própria. A princípio a caçadora achou que fosse por conta da luz do sol, mas logo após a abaixar, notou que o brilho provinha da própria pena.
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ACRONÉPOLIS
FantasiaEm uma época onde Humanos caminhavam ao lado de Gigantes e bestas, onde existiam guerreiros que portavam espadas e armaduras, onde magos usavam a magia como arma ou proteção, Astron, um poderoso guerreiro intitulado como um dos mais poderosos oficia...