CAPÍTULO 2 - O GUERREIRO (algum tempo antes)

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          O Sol já tinha nascido no reino de Acronépolis. Em um pequeno vilarejo com várias casinhas simples chamado Sanshi, camponeses que aravam a terra para logo depois fazerem o plantio, mulheres que iam até um poço perto da vila com seus baldes de madeira vazios para logo abastecê-los com água, um ferreiro em uma pequena estalagem martelando algo que produzia, crianças correndo de lá pra cá em meio as ruas levantando poeira, uma taberna no centro da cidade, esta era a rotina de Acronépolis, um vilarejo onde seu dia a dia era tranquilo.

          Um viajante se aproximava a cavalo por meio de uma floresta que ficava em volta do vilarejo, montava um cavalo negro, bastante forte e esbelto que carregava como carga uma enorme mochila posicionada ao lado do animal, o viajante usava um enorme manto marrom que cobria todo seu corpo com um enorme capuz caído sobre o rosto, a única coisa que era possível se notar era o balançar de algo na sua cintura que espelhava o reflexo da luz de alguns raios de sol que transpassavam as árvores.

          Ele prosseguia seu trajeto rumo ao vilarejo até que avistou um poço que ficava um pouco afastado da vila próximo à entrada da cidade, nele uma mulher com vestido de linho de formato bem simples, cabelos negros e cumpridos, dona de uma beleza rara  abastecia seu balde de madeira com água.

          Ela então se levanta assustada ao perceber ser cercada por cinco homens.

          - Oi gracinha - O homem que falava era alto e forte com uma enorme cicatriz no rosto como se alguém estivesse o rasgado com as unhas, estava acompanhado de mais quatro companheiros, todos da mesma estatura - Você lembra de quando fez isto? - Ele agora apontava para a ferida - Eu só queria um beijinho, desta vez pegarei muito mais.

          Então ele avançou para cima da mulher que tentou correr, mas a jovem acabou caindo ao tropeçar em um galho que estava no caminho, o homem então gargalhou e pulou por cima dela segurando seus braços. Na mesma velocidade em que foi, também voltou caindo de bunda do chão, havia levado um belo soco na cara que o fez cair metros atrás.

          - Mas que diabos foi isto? - Ele tentava se levantar com a mão no rosto.

          - Você nunca aprendeu a não abusar de uma dama? - Quem dizia era o homem encapuzado que agora estava parado em frente à mulher encarando os 5 homens.

          - Você pagará pelo que fez, - Olhou para os outros - Peguem ele rapazes.

          Os outros quatro homens que também não eram nada pequenos avançaram rumo ao viajante, um deles pegou um pedaço de toco que havia no chão para usar como arma, o outro desembainhou uma faca de sua cintura enquanto os outros dois avançaram de mãos nuas partindo para cima do encapuzado.

          - Mocinha, aguarde somente um instante que cuidarei disto - Deu um sorriso descarado para a dama.

          O primeiro a atacar, que carregava consigo um pedaço de madeira tentou acertá-lo com toda a sua força, mas o viajante parou o ataque segurando o toco com a mão nua, o homem tentou puxar de volta a arma, mas ela parecia presa, então sem muito esforço o viajante apertou o toco que como se fosse de vidro e o espedaçou em várias partes.

          O homem caiu espantado no chão enquanto mais dois avançavam com as mãos nuas para tentar trocar socos com o desconhecido, o primeiro armou um soco que foi desviado sem muita dificuldade levando logo em seguida uma joelhada na boca do estômago, o segundo tentou dar um "pisão" em seu joelho que também foi desviado sem muita dificuldade, assim que se apoiou no chão tentou dar vários socos, mas nada parecia acertar o viajante que desviava como se fosse brincadeira de criança, depois de uma sequência de vários socos, o viajante segurou as duas mãos do oponente e com um salto desferiu uma potente joelhada no queixo do homem.

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