CAPÍTULO 27 - A PRISÃO

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Como prometido pessoinhas, dois capítulos essa semana. Desejo a todos uma ótima leitura. Não deixem de sempre dar suas opiniões sobre o que estão achando da obra. Abraço a todos

(ALLANA)

Após ser presa em Akasuma
Cerca de oito dias antes dos acontecimentos atuais



– Ora, ora. Ela finalmente está acordando.

Allana abriu os olhos.

Ainda meio atordoada por causa da pancada na cabeça, tentou olhar em volta, estava escuro, sua visão ainda não havia se acostumado totalmente ao ambiente. Lentamente as coisas a sua volta foram tomando suas formas.

O lugar onde estava era uma pequena sala, ouviu o gotejar incessante de uma goteira em algum canto. O chiado de algum rato se esgueirando pelos buracos nas paredes. O vento que soprava pela única janela ao alto. A risada sádica de um inimigo recente.

– Você dormiu por muito tempo ruivinha. – Asastur surgiu em meio as sobras de um dos lados da cela. Não usava seu elmo em formato de corvo, deixando a mostra sua calvície e algumas manchas no alto de sua cabeça.

VOCÊ! – Allana berrou. – irei te matar, seu maldito. – a ruiva tentou avançar, mas foi impedida pelos grilhões que a seguravam à parede. Aparentemente as algemas eram feitas de kaziru. – Você matou a todos... – o fitou com olhar penetrante – ... Sobet, Jacon... – abaixou a cabeça e começou a chorar – ROSINHA! – gritou erguendo a cabeça para Asastur. As lágrimas escorriam pelo seu rosto, tentou novamente o atacar. Novamente as correntes a seguraram. Allana continuou gritando, o ódio estava estampado em seu rosto. Deu outro puxão nas correntes, mais outro.

– Isssoooo, issssooo. É isso que eu quero ver. Desespero, dor, sofrimento. Isssooo... – Asastur ficou sério ao ver a determinação da prisioneira. Seus gritos ficaram cada vez mais altos, cada vez mais ameaçadores. – Ei pode ir parando com esse drama. – Allana tinha seus olhos em fúria, berrava com um ódio tão profundo que colocaria medo até mesmo nos piores dos assassinos. – Ei ... o que você está fazendo? – soltou-se um pouco de poeira onde os grilhões se uniam a parede logo atrás.

O enorme prego conectado a parede se mexeu.

Assustado o carrasco deu um passo para trás.

GUARDAS! – Asastur gritou e imediatamente cinco guardas se apresentaram frente as grades do calabouço. – Detenham-na.

Os guardas então avançaram, Allana fitou-os com os seus olhos azulados em contraste com o vermelho que os tingiam devido ao choro. Os guardas ficaram paralisados de medo.

SEUS COVARDES – berrou Asastur novamente.– Vocês não servem pra nada, andem logo e contenham essa mulher. Se não fizerem o que estou mandando agora eu mesmo me encarregarei de matá-los.

Os guardas pareceram despertar de seu transe e partiram para cima da ruiva.

Um dos pregos que seguravam as correntes se soltou da parede.

O guarda da direita foi surpreendido com uma cabeçada no nariz. O golpe o fizera cambalear para trás e cair sentado ao chão.

Allana girou o pulso e usou a corrente como um chicote, acertado em cheio o peito de outro guarda, fazendo seu coração parar no mesmo instante. Seu corpo caiu.

A guerreira continuava descontrolada. Continuou puxando as correntes com todas as suas forças e gritando furiosamente.

– Isso é impossível. Estas algemas são de kaziru, elas drenam as forças do indivíduo. Não era pra você estar nem mesmo se mexendo, que força é essa?

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