Capítulo 29

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POV CHRISTIAN

- Estes dias depois que descobri toda armação sordida da Ana e aquele Dr, tem sido os piores da minha vida.
-Estou no piloto automático. Corro pelas ruas de Seattle pela manhã, tenho pegado pesado na malhação, com a supervisão de Claude meu personal trainer, assim extravaso tudo que estou sentindo. Tomo uma ducha e faço minha higiene matinal, como o necessário após um treino pesado e sigo para a empresa e me atolo de serviço. A maioria das noites deito e não consigo dormir, então vou para o piano e só percebo que a madruga se foi, quando a claridade invade o apartamento. Outras bebo pra tentar esquecer a saudade, traição e este presente fodido em cinquenta tons diferentes e as poucas vezes que consegui deitar e dormir, tenho pesadelos a noite toda meu passado com minha mãe biológica e o presente com Ana e o bebê no colo chorando e outras seus braços estão vazios e ela continua chorando. Coisa da minha cabeça, preciso fazer um tratamento.
-Minha fraqueza é imperdoável, eu não poderia ter me apaixonado, fiquei vulnerável, me entreguei, perdi o controle de tudo. Cheguei ao ponto de descuidar das consultas da Leila com a Dra Greene, não me importei se ela estava tomando a injeção. Achei que teria o controle usando preservativo e me perdi nas contas, olha no que deu? Uma filha com uma mulher que não suporto. Eu não posso cometer o mesmo erro que meus pais biológicos cometeram comigo, vou fazer de tudo pra ser um bom pai, mas confesso que estou muito agustiado, não sei se posso ou consigo ser um bom pai.
- Leila tem ficado na dela, também com um bom apartamento, empregada, carro e dinheiro. Ela quer que eu conte para meus pais sobre a nossa suposta filha, mas eu estou decido fazer isso somente depois que o bebê nascer e fizer o DNA, já disse a ela pra não se atrever a fazer nada sem meu consentimento. Se não fica na merda e eu tomo a guarda da criança dela.
- Eu falei pra Ana e o meu irmão Elliot sobre "minha filha", mas não consigo sentir emoção, várias coisas passam pela minha cabeça. Será que não é meu? Vou mudar quando ver seu rosto e sentir o calor do seu pequeno corpo? Vou ser um péssimo pai?
- Quando Ana me falou que estava grávida eu senti medo, por achar que seria um péssimo pai, mas a emoção foi mas forte. Um misto de felicidade e ansiedade tomaram conta de mim, queria ver nosso bebê no ultrasson, escutar seu pequeno coração, ele se mexendo na barriga da Ana e que os meses passassem voando pra poder ver seu rosto, aconchegar seu pequeno corpo no meu peito.
-Todos os dias apesar da dor de ser enganado, o bebê da Ana invade meus sonhos e pensamentos. Por ele sinto uma coisa diferente, mas acredito que é porque apesar de tudo amo a Ana com todas as minhas forças e vou seguir amando até o resto dos meus dias.
- A noite quando sinto o ar faltar nos meus pulmões, choro como uma criança de saudade, dor, desespero. Me peguei várias vezes com a chave do carro na mão pronto a procura lá e dizer que eu a aceito e perdôo. Caiu em si e essas são as noites que mais bebo.
- Fico me perguntando porque não entrei naquele quarto e arrebentei a cara daquele médico e não falei tudo que ainda está guardado no meu peito pra Ana. O dia que ela esteve aqui eu tentei ser mas frio possível, pois ela está grávida e não posso fazer mal para seu bebê, mas minha vontade era gritar sua traição, se Leila não chegasse, não ia me controlar. Como ela ainda teve coragem de me procurar?
-As vezes me pergunto se não vi demais, eu via ela como uma mulher excepcional, forte e ao mesmo tempo frágil, me deixei levar pelo seu rosto de anjo e lindos olhos azuis.
- Eu me fechei, pra todos de novo. Ana pelo jeito não desmentiu que sou o pai do seu filho, mas também não foi se fazer de vítima para minha mãe, pois, a Dra Grace falaria comigo. Pra mim isso fazia parte do plano e confesso que me intrigou.
- Elliot tentou se aproximar, conversar e defender a Ana e eu não deixei.
- Está chegando o noivado de Elliot e não pretendo ir, é provável que ela vai estar lá e eu não quero ve la, sinto raiva e amor por ela. E se tiver com o Dr de merda não vou me segurar.
- Andrea bate na porta me tirando destes pensamentos que me torturam todos os dias.
Christian:___Pode entrar.
Andrea:___ Sr Grey a Dra Greene voltou de férias e amanhã é a consulta da Srta Leila, no consultório dela fora do hospital como o Sr pediu.
Christian:___Obrigada Andrea.
- Andrea sai da sala e eu respiro fundo, vou ter que falar com Leila.
Pego meu Iphone, vou na lista de contato e ligo:
Leila:___Oi mestre.
Christian:___Quantas vezes já disse pra não me chamar mas assim, não temos este tipo de relacionamento.
Leila:__Não temos, porque o Sr não quer. Já disse que estou a sua disposição.
Christian:___Leila por favor, você está grávida.
Leila:___Sr minha gravidez vai muito bem e muitas mulheres tem vida sexual normal.
Christian:___Leila com você eu só tenho um vínculo, que é está criança, que não tem culpa. Eu só não faço você fazer o DNA agora, porque colocaria a vida do bebê em risco e sendo meu ou não eu não quero que nada aconteça. Mas quando nascer faremos o DNA e se você estiver mentindo, nem sei o que sou capaz.
-Leila fica calada do outro lado da linha e tenho a impressão de ouvir alguém falando com ela.
Christian:___Leila com quem você está falando?
Leila:___Sr não precisa ter ciúme, é a empregada.
Christian:___Para de ser ridícula, que ciúme. Você pode se envolver com quem bem entender, mas somente depois que o bebê nascer e fizermos o DNA, se for minha filha. Ela vem morar comigo e você volta pra casa dos seus pais ou qualquer outro lugar, não vou bancar ninguém. Estamos entendido? Você sabe que tem um segurança meu de olho em você.
Leila:___Calma, o Sr já me falou isso várias vezes e sabe que comigo mora meu irmão e irmã.
Christian:___Eu liguei pra dizer que amanhã você tem consulta com a Dra Greene. Leila parece se alterar.
Leila:___Sr, passo com a Dra Érika a quatro meses, me simpatizei com ela e não quero mudar.
Christian:___A Dra Greene é da minha confiança.
Leila:__ E mais, o Sr não quer que sua família fique sabendo agora. E se por acidente ela comentar com sua mãe.
- Merda, ela tem razão. Dra Greene é muito profissional, mas será neta da Dra Grace e se ela acabar falando.
Christian:___Tudo bem, mas marque uma consulta ainda está semana e me avise. Vou com você, quero ver se está falando a verdade por enquanto.
Leila:___Sim Sr Grey.
-Desligo e começo a pensar na Ana e se o tempo de gravidez que ela me disse fosse verdadeiro agora estaria de 14 semanas, mas infelizmente são 16 semanas e não é meu filho, eu assumiria o filho daquele idiota, desde que ela tivesse falado a verdade e não fosse um plano pra conseguir o cargo da minha mãe. Ela não precisava fazer isso, minha mãe iria nomear ela pra assumir seu cargo, ainda mas sendo médica cooperada.
- Andrea bate na porta novamente, peço que entre e ela fala que Elliot quer falar comigo. Peço que ela deixe ele entrar e se retire. Deve querer saber da minha presença em seu noivado. Melhor falar de uma vez que não vou.
Elliot:___Oi mano, vim falar do meu noivado e da sua presença.
Christian:___Elliot, gosto muito de você, mas não vou. Não pretendo encontrar aqueles dois.
Elliot:__Christian me escuta, o Dr não vai e você precisa nos dizer exatamente o que aconteceu naquele dia.
Christian:___Se for pra falar dela pode ir embora, tenho muito trabalho e não gosto que se metam na minha vida. Elliot vai embora com minha rispidez.
- Vou pra casa estressado, tomo uma ducha, pego um copo de Wisky e sigo para o piano. Entre uma melodia e outra percebo a presença de Elliot e Kate, merda eles querem falar dela. Continuo tocando e eles continuam ali. Paro de tocar e lanço um olhar feroz para Elliot e a Dra Kavanagh.
- Elliot me cumprimenta e eu apenas falo oi. Sou sarcástico.
Christian:___Vocês aqui? Aconteceu alguma coisa? E antes que eu continue a Dra Kavanagh fala:
___Aconteceu Christian entre você e a Ana e eu gostaria de saber o que foi? Ela é minha melhor amiga e eu me sinto na obrigação de cuidar dela.
- Eu a olho com muita fúria, mas decido continuar sarcástico e falo com a voz controlada, mesmo querendo gritar.
- Vou falar Dra Kavanagh, prefiro assim do que uma intimação, dou um sorriso debochado.
___Sua amiga Dra Steele, com semblante de anjo e lindos olhos azuis conseguiu fazer comigo o que mulher nenhuma tinha feito até hoje. Eu me apaixonei por ela, a ponto de perder o juízo e falar que eu assumiria um filho dela e do Dr só que ela não precisava mentir. Então acredito que dei a idéia e ela fez. A duas semanas me procurou falando que estava grávida de dez semanas e que o bebê era meu. Eu fiquei nas nuvens e acreditei nela.
- Sua amiga passou mal e uma enfermeira do hospital me ligou dizendo que ela tinha sentido fortes colicas e desmaiou. Eu sai feito um imbecil e quando cheguei lá. Meu mundo parou entrei no quarto e lá estava sua querida amiga e o Dr Sweet comtemplando o bebê deles na tela do computador. Ele dizia que mesmo não entendo bem, pois não é obstetra, pelo tamanho do bebê ela estava de quatorze semanas de gestação, sendo que pra ser meu filho e de acordo com o que ela me disse, tinha que estar de doze semanas. A mão dela estava na cabeça dele e tudo era um plano pra conseguir que a nossa mãe, Elliot há colocasse no lugar dela no hospital, o congresso ela já tinha conseguido.
-Eu e aquela enfermeira que era namorada do Dr escutamos tudo. Está satisfeita Dra Kavanagh? Mas alguma pergunta? Elliot:___Christian para com isso, não é possível que você tenha acreditado nisso? A Ana jamais faria uma coisa dessas, ela não precisava, pois, a mamãe gosta muito dela.
- Eu não consigo mas me controlar e grito : ___Elliot eu vi, infelizmente ela fez. E eu não quero mais falar sobre este assunto.
- Kate fala: ___Christian, você escutou a Ana dizer alguma coisa? Você entrou no quarto pra ver o que estava acontecendo?
-Eu falo:___ Dra Kavanagh isso não importa, vocês tem idéia de como tá doendo em mim? Eu amo a Dra Steele e fui traido da pior maneira.
Dra Kavanagh escolheu a profissão certa pra ela, mas deveria ser investigadora. Ela continua:___ Christian, você não percebe que caiu numa intriga feita pelo Edward, eu ainda não sei o que ele fez, mas vou descobrir. E quando ela vai me mostrar algo, eu falo:
___Dra Kavanagh vai embora, eu não quero saber de mas nada e muito menos falar algo que a srta poderá usar contra mim, já que é advogada.
Dra Kavanagh retruca:___Realmente Christian Grey é melhor não dizer mas nada, eu também não vou mas te aborrecer com este assunto. Só te adianto, você está cometendo uma injustiça gravíssima, deixando seu ciúmes falar mais alto. E depois pode ser tarde pra reparar. E aliás Parabéns pela sua filha.
- Eles vão embora e eu caiu de joelhos no meio da sala e choro.
Será que a Dra Kavanagh tem razão? É tudo armação? Não pode ser eu vi. Mas não lembro de escutar Ana falando nada, ela deveria estar um pouco fraca. Porque eu não entrei naquele quarto. Sou interrompido pelo meu Iphone tocando e Helena e eu decido me abrir com ela.
- Ela me fala que quando viu Ana percebeu em seu olhar interesse e infelizmente eu vi. Eu preciso esquece lá e focar no meu bebê. Ela me ofereceu pra fazer companhia, mas eu recuso.
-Adormeço no sofá após beber muito, acordo de ressaca e hoje só quero uma ducha e um café puro sem açúcar. Sigo para a empresa. Taylor conduz o carro pelas ruas de Seattle e meu Iphone toca, atendo sem olhar o visor.

CONTINUA

Cinquenta tons da vidaOnde histórias criam vida. Descubra agora