Capítulo 6

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*Olá amores queria pedir desculpas a vocês, porque com certeza perceberam que eu não estou postando com tanta freqüência como antes. O problema é que o meu computador quebrou e é muito horrível postar pelo celular, mas prometo que vou tentar ir me virando pelo celular por enquanto, até que consiga resolver o problema do meu computador, e quando o problema for resolvido terão muitos capítulos para vocês (^.^)*

HAROLD E JANE BARRINGTON,
1933.

Hitler havia se tornado o novo
chanceler da Alemanha depois de o presidente von Hindenburg deixar ocargo. Alexander percebia uma ameaça flutuando no ar, mas não havia
sido capaz de defini-la.
Havia deixado a desejar mais
alimentos, mais sapatos ou um casaco mais grosso, era verão e fazia falta abrigar-se. Felizmente, os Barringtons iriam passar o mês de julho em uma
dacha em Krasnaya Polyana. Haviam alugado dois quartos na casa de uma viúva da Lituânia que tinha um filho alcoólatra que lhe batia para ficar com o
dinheiro. Uma tarde, colocaram um cobertor na grama, perto de um lago, e fizeram um lanche a base de ovos cozidos, tomates e um pouco de carne fria. Sua mãe tomou um copo de vodka. - Desde quando você bebe
mamãe? - Alexander estava lendo no cobertor. Depois de um tempo, ele ouviu passos atrás dele, virou-se preguiçosamente e viu que seus pais estavam jogando pedras na água
enquanto conversavam em voz baixa.
Alexander não estava acostumado a vê-los tão calmos, é que o choque entre
suas diferentes necessidades e interesses geralmente causavam discussões barulhentas. Em circunstâncias normais,
teria voltado a se concentrar na leitura, mas ficou intrigado com aquela intimidade carinhosa... Jane lanço pedras e Harold a puxou, pegou sua mão
e apertou sua cintura. Ele beijou-a e os dois começaram a dançar valsa. Eles dançaram lentamente no claro, e Alexander ouviu seu pai cantar. Com os lábios juntos, seus pais deram várias piruetas em um abraço
conjugal, e Alexander sentiu que lhe emocionava sua felicidade e nostalgia que não sabia como definir.
Seus pais se desfizeram do abraço, viraram-se para ele e sorriram. Alexander devolveu-lhes um sorriso
hesitante, embaraçado, mas incapaz de desviar o olhar.
Seus pais vieram para a rede.
Harold com o braço ainda na cintura de Jane.

- Hoje é nosso aniversário, filho.
Seu pai cantava a música que dançamos no dia em que nos casamos há 31 anos, eu tinha dezenove anos - explicou Jane, olhou Harold e sorriu. - Vai continuar lendo na rede por um
tempo, meu filho? - Não pensava ir a lugar nenhum.
- Muito bem - disse seu pai, e
pegando Jane pela mão, entrou na casa. Alexander não se envolveu
novamente com o livro. Depois de passar páginas por uma hora, ele não conseguia se lembrar de uma única palavra do que tinha lido. O inverno chegou cedo demais. E todas as quintas-feiras durante o inverno, depois do jantar, Harold pegava Alexander pela mão e os dois
andavam na noite fria de Arbat Street, o ponto de encontro de músicos, escritores, poetas, bardos e velhas que
vendiam shashkas dos tempos czaristas. Perto de Arbat, num apartamento de dois
quartos cheio de fumaça, um grupo de soviéticos e estrangeiros, todos eles
comunistas ferrenhos, reuniam-se das oito as dez para beber, fumar e discutir como conseguir que o comunismo
funcionasse melhor na União Soviética e apressar o advento de uma sociedade sem classes na qual o Estado, a polícia
ou o exército já não seriam necessários porque haveriam desaparecido todas as
fontes de conflito.

Tatiana &  AlexanderOnde histórias criam vida. Descubra agora