Capítulo 26

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Sammy

Assim que volto para dentro da casa de Helena, meu coração se fecha, atordoado pelos fatos que aconteceram com Landon, enquanto conversávamos. Me sento no sofá, as palavras em que ele me disse rodando em minha cabeça.

"Eu te amo Sammy, você não pode ficar com ele. Ele não te ama, não te merece." ; "Ele não te viu sofrer do mesmo jeito que eu te vi! Eu te ajudei, te acolhi em meus braços, cuidei de você! ; "Você estava vivendo sem ele este tempo todo, agora, ele surge, diz algumas palavras que derretem seu coração e você cai nessa!" ; "Você ainda vai se arrepender de ter escolhido ele, invés de mim!"

Me arrepender. Por que eu me arrependeria? Sam foi sempre tudo o que eu quis ter para mim. Sei que seremos felizes juntos. Temos uma linda história de amor, e eu sei que o nosso amor vai superar todos os desafios, todos os problemas. Agora que Sam está aqui do meu lado, vou contar sobre meu pai e não posso esconder... sobre o que Landon fez, mesmo sabendo que isso vai deixá-lo maluco.

Quem ama não mente. - digo mentalmente a mim mesma. 

Respiro duas vezes profundamente, antes de chegar a porta da cozinha e ver Sam ali com Helena. Meu coração dispara em saber que agora ele está comigo outra vez, que está bem. Talvez seja um tanto inacreditável vê-lo ali. 

Assim que ele me vê, percebe que algo está diferente - realmente nunca fui boa em disfarçar o que sinto com Sam. Parece que ele consegue ver além do que sou capaz de mostrar.

-Posso falar com você Sam? - falo, com a voz tremida.

Ele parece não estar entendendo nada, sua cara é uma mescla de confusões. Eu sei que o que eu irei lhe dizer, apenas fará toda essa situação se tornar pior.

-Claro. - ele se levanta da mesa, abandonando seu café e deixando Helena sozinha na cozinha.

Eu o levo até o quarto onde estou hospedada, e assim que entramos no pequeno cômodo, fecho a porta e a tranco com a chave que estava em cima da fechadura. Só para precaver caso ele pense em fugir, mas Sam não pode fugir da verdade, assim como eu.

-O que aconteceu pequena? - ele me pergunta, tentando ficar calmo. - O que aquele cara queria com você? - ele se senta na cama de baixo, onde costumo dormir. 

-Fique calmo Sam. - isso não parece funcionar, ele parece estar ficando mais nervoso. - Uma hora ou outra você ia saber mesmo, porque eu não ia suportar esconder isso de você, ainda mais agora, que estamos juntos. 

-Tá, então me conte logo. - ele se acalma, tentando prestar atenção em cada palavra que sai de minha boca.

-Promete que vai me perdoar? - ele parece hesitar por um instante.

Assim que ele se ergue e vem ao meu encontro, juntando nossas mãos, sinto o mesmo que senti quando o vi parado na praça observando Landon e eu. 

-Prometo. - ele leva minha mão esquerda até seus lábios, deixando um beijo por entre os nós dos dedos.

Se ele fez isso para me encorajar, é melhor ele saber que não deu certo. 

-Landon me chamou porque queria falar que... me ama. - digo, esperando sua reação. Mas Sam está completamente inacessível.

-O que você disse pra ele? - não consigo detectar nada em sua voz.

-Disse que amava você, Sam.

-Ah. - ele solta o ar que estava prendendo, e parece relaxar um pouco. 

-Mas mesmo depois disso, ele me agarrou. - fecho os olhos com força. - Me beijou a força, mas eu juro que não o correspondi, eu lhe dei um tapa na cara e isso pareceu ter esclarecido as coisas pra ele.

-Tudo bem Sammy. - ele me abraça, enquanto o choro parece se prender em minha garganta.

-Você não está bravo comigo? Não vai brigar ou dizer coisas horríveis? Não vai me deixar aqui e ir embora...

-Ei! - ele diz em um sussurro. - Pare de falar besteira. Você me disse que foi ele quem veio pra cima de você, foi ele que te agarrou, você não correspondeu o beijo. Por que eu deveria ficar bravo com você? Ou te deixar? Você não tem culpa de ser tão bonita. - ele brinca, me pegando de surpresa. - Só de saber que você me ama e que está comigo, já me basta.

-Desculpe.

-Tudo bem. Tudo vai ficar bem.

E nos abraçamos, ficamos ali, parados no meio do quarto, apenas sentindo o calor que nossos corpos proporcionavam. Ficamos ali, curtindo os efeitos que um causava no outro.

Quando me dou por conta, meus lábios já estão colados nos de Sam, nossas línguas se misturam e nossos corpos estão encaixados um no outro. Enquanto passeio com os dedos por seus cabelos negros, as suas estão no zíper da minha calça jeans, e em um movimento rápido, seus dedos abrem os botões. Sei que não deveria ter medo, que Sam irá ser cuidadoso, carinhoso, mas não posso evitar em me sentir nervosa.

Logo, ele me encaminha até a cama, sem em momento algum estragar o clima entre nós. Ele me deita devagar sobre o travesseiro, vindo por cima de mim. Seus lábios tocam meu pescoço e descem, deixando um rastro quente em minha pele, até meu colo. Ele abre os olhos, sorrindo para mim e passa meu moletom por sobre minha cabeça, logo após faz o mesmo com a blusa que está por baixo, me deixando apenas com um sutiã preto. Seus olhos percorrem por meus seios, cheios de desejo.

Em seguida ele também retira seu moletom, mostrando seu abdômen e como se já não pudesse mais esperar, ele puxa minhas calças para fora de minhas pernas, jogando os tênis e o resto para o chão, junto ao monte de nossas roupas.

Fico vermelha por estar deste jeito, e ainda mais por seus olhos vagarem nem um pouco discretos sobre meu corpo seminu. Seu corpo volta a pressionar o meu, junto com seus lábios. Ele sabe que estou nervosa, e quer ir devagar por isso.

-Não precisamos fazer isso se você não quiser. - Sam sussurra ao meu ouvido. - Eu entendo que está nervosa.

-Eu nunca fiz isso e não é que eu não confie em você. - admiro seu lindo rosto enquanto por fim, digo: - Eu quero muito, mesmo. Mas eu acho melhor irmos devagar, temos muitas coisas a conversar ainda.

-Você tem razão. Temos que conversar sobre os fatos.

Fico chateada por quebrar o clima, mas era preciso fazer isso.

-Eu vou te esperar pequena. Esperei por todos esses anos, posso esperar mais um pouco. Mas eu prometo, que quando for a hora de fazermos amor, eu vou ser cuidadoso. - ele me promete, enquanto acaricio seu rosto.

-Você não existe Sam Evans.

-Existo sim, eu estou aqui, não estou?

-Está. Ainda bem que está. 

Sammy & SamOnde histórias criam vida. Descubra agora