Capítulo 2

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"O futuro é o lar dos nossos medos mais profundos e das nossas maiores esperanças. Mas uma coisa é certa: quando ele finalmente se revela, o futuro nunca é como imaginamos"

- Grey's Anatomy


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O sorriso estampado no rosto de Isabela desapareceu quando ela abriu a porta do seu novo apartamento.  Piscou várias vezes assustada, tendo dificuldade para acreditar em seus olhos, ao mesmo tempo em que se afastava, hesitando em entrar, imaginando que estava no lugar errado, pois ali não se parecia nem um pouco com o adorável e calmo "AP" que tinha conhecido cinco horas antes, acompanhada de seus pais. Não se parecia em nada com sua futura residência, pelos próximos anos, um ambiente que era para ser divido apenas com o irmão mais velho, não com as dezenas de pessoas alegres, segurando garrafas de cervejas, dançando, pulando e tentando conversar a cima do volume da música, causando um imenso barulho onde era para estar tranquilo e quieto.

Isabela continuou alguns minutos paralisada, segurando sua bolsa com força, na frente do peito, analisando tudo a sua frente, desejando gritar para todos irem embora e acabar com a farra, mas não queria reclamar logo assim de cara, em seu primeiro dia em São Paulo, estava determinada em ter uma boa convivência com seu irmão. Então sua melhor opção era sair correndo a procura de um hotel e só voltar na manhã seguinte, estava muito cansada pelo dia corrido e puxado que teve, mas antes que ela conseguisse girar os calcanhares, Felipe já estava acenando para ela, chamando-a para dentro.

Com um sorriso torto nos lábios e passos de formigas, Isabela entrou desconfiada no apartamento, reparando nas pessoas estranhas, observando-as dançar alegremente como se não existisse amanhã ou problemas no mundo. Uma leveza e despreocupação que causaram inveja a ela, também queria ser daquela forma... livre.

— Chatinha. — Felipe cumprimentou a irmã como sempre fazia, puxando sua bochecha, algo que fazia ela corar de vergonha. Isabela detestava o gesto, mas quanto mais relutava, mais ele insistia.

— O que é isso? — perguntou, sem conseguir se controlar como desejava.

— Uma festa, não reconhece? Ah, claro que não, você nunca foi em uma. — provocou, demonstrando que tinha mais álcool em seu sangue do que deveria.

— Felipe, você está bêbado e nem se deu ao trabalho de me avisar que faria uma festa...

— Eu não preciso da sua permissão para fazer nada. Agora pare de bancar a chata e se tranque no quarto. — interrompeu, começando a se afastar da irmã caçula que estava furiosa e estagnada no lugar, como uma pedra.

— Seu idiota. — ofendeu, segurando ele pelo braço, forçando-o a se virar para encará-la. — O papai vai amar saber que ele mal virou as costas você já está aprontando. — ameaçou, fria, lembrando-se que a poucas horas atrás, Felipe estava todo comportado na presença de seus pais e que o apartamento nem parecia o mesmo.

A CAMINHO DA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora