Capítulo 17

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"Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida."

- Sócrates


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Enquanto o carro percorria rápido as ruas de Caldas Novas, Isabela mantinha-se próxima a janela, olhando atenta toda paisagem, captando cada nova imagem, apreciando a serra alta ao fundo, as grandes árvores floridas e todo horizonte verde que se perdia de vista.

Fugir da proteção constante de sua família, com um quase estranho, podia parecer dramático demais, chamativo e apelativo, mas, na verdade, não era, não para Isabela e no fundo até seus pais sabiam disso. Para Bela aquela simples viagem já significava as melhores experiências de sua vida.

Animada, abriu o vidro do carro e fechou os olhos, deixando o vento quente do fim de tarde tocar sua pele e fazer seu cabelo vermelho-alaranjado voar por seu rosto, sentindo-se viva, livre, intensa e normal. A sensação era maravilhosa.

— Tatuagem ou clube? — Oliver perguntou, chamando a atenção dela, que abriu os olhos e se virou para ele.

— Tatuagem. — disse firme, cheia de confiança.

— Então chegamos. — avisou, apontando para frente, e fazendo Isabela seguir seu movimento, vendo um pequeno estúdio de tatuagem a frente. — Bora lá, dona encrenca, não perca a coragem agora. — incentivou, manobrando o carro na primeira vaga que encontrou.

Ouvindo-o, Isabela puxou fundo o ar e fechou os olhos por alguns instantes, animada para riscar o sexto item da sua lista de vida.

— Sem medo. — afirmou, abrindo os olhos e soltando o cinto de segurança.

— É isso ai. — Oliver falou descendo do carro.

Aproveitando-se que o lutador tinha descido primeiro, Isabela abriu sua bolsa, pegou um dos inúmeros frascos de remédio, tirou um comprimido grande e colocou na boca, engolindo-o sem água mesmo.

— Você não vem. — Oliver chamou, virando-se para olhá-la.

— Vou. — Bela respondeu, descendo e dando a volta no carro, se colocando ao lado do lutador, que já caminhava rumo a entrada do estúdio, um pequeno prédio preto, com desejos coloridos na parede.

A cada passo que Isabela dava, mais seu estômago gelava de ansiedade. O risco que correria era alto, teria que tomar muitos remédios para que sua pequena tatuagem não lhe causasse um imenso problema, mas ela ia arriscar, valia a pena.

— Boa tarde. Sejam bem-vindos. — o rapaz simpático que estava atrás do balcão cumprimentou, fazendo os pensamentos de Bela dispersarem e ela voltar a realidade.

A CAMINHO DA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora