*** OBRA REGISTRADA***
O que uma pessoa que sabe que vai morrer é capaz de fazer?
Isabela Gusmão de Alvarenga cresceu dentro de uma redoma de vidro, cercada de carinho e proteção, para não se quebrar, para não morrer... mas Bela tinha um plano par...
vamos de capítulo quentinho que acabou de sair da cabeça maluca da escritora.
Lembrem-se que está sem revisão.
Espero que gostem.
Boa leitura.
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"Quem não tem medo da vida também não tem medo da morte."
- Arthur Schopenhauer
***
O medo era visível nos olhos castanhos de Oliver, que analisava Isabela com atenção, reparando na expressão de paz dela, algo que o fez esboçar um sorriso triste e dolorido. O coração do lutador parecia bater devagar, sem ritmo, sem entusiasmo. Ele que sempre foi tão cheio de vida, sonhos, cores e alegrias, estava apagado, enquanto seus dedos contornavam com ternura o rosto pálido e adormecido de Bela. E sem raciocinar o que fazia, ele se inclinou e a beijou com carinho, rezando para ela estar bem. Naquele instante, Oliver Partezanne era um homem corajoso cheio de medos que desconhecia.
— A ambulância já estão vindo. — Ítalo informou, devolvendo o celular para o bolso da calça jeans e caminhando de encontro com o primo que estava sentando ao lado da cama onde colocaram Isabela. — Não vai ser nada demais. — tentou confortar, mas Oliver não lhe olhou.
O lutador não queria desviar sua atenção de Isabela, estava esperando ansioso que, a qualquer momento, ela acordasse, toda cheia de energia, sorrindo, brigando com todo mundo, sendo chata ao extremo, insuportável, adorável, engraçada, linda, apaixonante e tudo mais que ela inerente apenas dela. Tudo que fez o coração frio de capricorniano de Oliver se entregar em uma bandeja de prata.
— Te amo sua maluca, agora acorda. — sussurrou no ouvido dela, sentindo um aperto no coração, desejando que ela pudesse ouvi-lo declarar o quanto a amava.
Dizer eu te amo para Isabela não requereu nenhum esforço de Oliver. Embora ele ainda achasse que os sentimentos e a relação deles estava acontecendo rápido demais, louco demais e intenso demais, ele já tinha conformado de que era amor... só podia ser amor, pois nenhum soco que o lutador levou doeu tanto quanto ver Bela caída no chão desacordada. Só perder seu pai se comparava a sensação deprimente que cortava ele ao meio naquele instante.
— Oliver. — Ítalo chamou. — Esse é o Túlio. Paramédico aqui do Clube. — disse batendo de leve no ombro de Oliver para que ele se afastasse e o paramédico pudesse examinar Isabela.
— Por que demorou tanto? — Oliver não estava perguntando, estava deixando uma espécie de fúria tomar conta dele.
— Estava atendendo outra moça que virou o pé quando o paraquedas aterrissou. — Túlio explicou, começando a examinar Isabela.
