Capítulo 15

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    "A vida é como um sonho; é acordar que nos mata"

- Virginia Woolf   
   

- Virginia Woolf      

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Oliver estava em sono profundo, quando ouviu as fortes e insistentes batidas na porta, assustando-o, fazendo seu corpo sonolento cair de pé no mesmo segundo e sair em disparada, desorientado e preocupado.

— Que? — bocejou a palavra, cheio de sono, lutando para manter seus olhos abertos. — Bela? — falou, despertando, observando ela olhá-lo com os lábios entreabertos, prontos para dizer algo, mas eles não se moviam. — Tudo bem? — continuou com as perguntas, diante do silêncio dela, que só olhava para ele, com cara de espanto. — Isabela... — chamou mais uma vez, segurando no ombro dela.

— Você está... — ela começou a falar apontando o dedo para o corpo dele. — Pelado e com tesão. — ela concluiu, enfim, olhando em seus olhos amendoados e perdidos.

— Oh. — Oliver balbuciou, envergonhado, também reparando em sua situação e saindo em direção a suas roupas.

Assistindo Oliver correr para o interior do quarto, meio sem jeito, tropicando nos móveis e quase caindo, ainda nu, Isabela não segurou a risada. O constrangimento dele era tanto que ela até podia sentir.

Wow, você tem um belo traserio. — elogiou, brincalhona, ao mesmo tempo em que entrou completamente no quarto e fechou a porta atrás de si.

— Engraçadinha. — resmungou sem parar para olhá-la, vestindo a cueca e procurando a calça.

— Oliver. — Isabela chamou, mas ele não se virou. — Oliver. — chamou novamente, enquanto caminhava até ele.

— Só um minuto... você já quer pegar a estrada? — perguntou, pegando a calça do chão.

— Não. — Isabela tocou no braço dele, fazendo Oliver se virar. — Só não quero ficar sozinha. E pode ficar tranquilo que te ver nu já está virando rotina. — brincou, caminhando devagar até a cama dele e se jogando nela de costas, encarando o teto branco liso e o lustre de cristal no centro.

— Você sabe que são 03 horas da manhã, né? — conferiu, olhando em seu relógio de pulso e vestindo a calça jeans.

— E o que importa que horas são?! — resmungou, ainda encarando o teto.

— Isabela você bebeu? — Oliver estava desconfiado a voz arrastada dela.

— Talvez uma garrafinha pequena de vodca com Gatorade, no começo era doce, agora não tenho tanta certeza. — confessou, sentindo a leve tontura em sua cabeça.

— Maluquinha, não misture bebidas. — orientou, também se deitando na cama ao lado dela.

— Me sinto estranha, posso dormir aqui? — perguntou girando seu corpo na cama, ficando de frente para o lutador, que virou o rosto para olhá-la.

A CAMINHO DA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora