Capítulo 3

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"Apressa-te a viver bem e pensa que cada dia é, por si só uma vida."

Sêneca

A forte luz do sol invadindo o quarto, fez com que os olhos de Isabela se apertassem, relutantes em abrir

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A forte luz do sol invadindo o quarto, fez com que os olhos de Isabela se apertassem, relutantes em abrir. Instintivamente, ela cobriu a cabeça com o edredom e virou-se de costas para a claridade excessiva, lutando para voltar a dormir. Ainda se sentia cansada e estressada. O barulho vindo da festa a impediu de dormir boa parte da noite, assim como seus pensamentos, que eram atormentados pela cena discrepante que foi obrigada a presenciar.

Depois de alguns minutos insistindo para voltar ao sono pesado que a consumia instantes atrás, sem hesito, ela desistiu, descobrindo-se e se sentando na cama. Molenga de preguiça, Isabela olhou ao seu redor, reparando no seu novo quarto, observando a falta de móveis ou aconchego e suas várias malas esparramadas pelo chão, tendo certeza de que precisava urgente comprar cortinas urgente, dois criados-mudos, um abajur grande, uma penteadeira e um guarda-roupa muito maior, porque aquele não caberia nem seus sapatos.

Pensando na quantidade de trabalho que teria para organizar seu quarto, Bela fez inúmeras caretas de desânimo antes de se levantar. Sonolenta, espreguiçou seu corpo e caminhou devagar para o banheiro, fazendo sua higiene matinal no automático, enquanto se analisava no espelho do lavatório. Seu cabelo avermelhado estava emaranhado, desalinhado e muito armado, seus olhos inchados e com bolsas roxas abaixo deles, seu rosto enrugado e fechado, exatamente como era todas as manhãs. O mal humor matinal de Isabela era como uma doença crônica, que nem ela aguentava e que só melhorava depois que tomava boas doses de café.

Lutando para acordar seu cérebro, Bela saiu do quarto devagar, e agradeceu aos céus pelo silêncio e a paz que reinava no apartamento. Mas bufou de raiva quando viu a situação da sala. O amplo cômodo estava destruído, com lixo sobre os poucos móveis e muitas garrafas de cerveja espalhadas pelo chão, junto a mancha de líquidos que ela preferia nem saber o que era.

Resmungando e desviando da sujeira, ela se apressou rumo a cozinha, que estava ainda pior do que a sala, o que a fez desejar voltar para seu quarto, trocar de roupa e ir tomar café em uma confortável e limpa padaria. Ela mal tinha acordado e já queria matar Felipe. Aquelas festas não poderiam mais acontecer, não daquela forma desorganizada e porca.

— Oi.

O cumprimento fez Isabela quase pular assustada, virando-se de costas e se deparando com o Oliver, o pervertido, fazendo-a abraçar o próprio corpo no mesmo instante, ao se lembrar de que ainda estava com seu pequeno e curto conjunto de pijama preto de estampas de caveiras rosas.

— Bom dia. — cumprimentou tenso e fingindo não olhá-la.

E Isabela fazia o mesmo, evitando olhar para ele, para não se lembrar do que tinha visto, mas estava sendo uma tarefa quase impossível já que Oliver não usava nada mais do que um short de tecido, que mostrava mais do que devia.

A CAMINHO DA ETERNIDADEOnde histórias criam vida. Descubra agora