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Meu nome é Nathállia Watson.

Tenho 18 anos e moro em Houston.

Neste momento estou aprisionada em uma delegacia. Estou muito suja e chorando bastante por causa de um crime que não cometi. Já faz quinze dias que estou presa.

Eu nunca conheci meus pais biológicos, mas eu tenho um de consideração, quer dizer "tinha". Quando eu era uma recém-nascida fui encontrada jogada em lixos em uma sacola plástica cheias de folhas secas, foi então que uma pessoa me encontrou, e eu sou muito agradecida por ela ter me segurado na hora que eu mais precisava.

Ele sim era o meu pai.

E hoje sou acusada de um crime que não cometi. Como eu poderia ter matado meu pai, meu único pai?

O nome dele era John Watson, tinha 52 anos e morreu com cinco tiros na cabeça, mas eu não entendo como minhas digitais podem está naquela arma asquerosa!

Eu sinto muito frio, aqui está sujo, escuro e tem ratos. Não consigo dormir sendo que só consigo pensar se estou ficando louca. Já é meia noite e uma policial loira não muito alta pelo visto e muito séria pergunta pra mim:

- Você é Nathállia Watson?

- Sim sou eu - Limpo minha cara de choro.

- Você está livre senhorita. - Ela destranca a cela onde eu estava e me puxa pra fora.

- Ma-mas como? Não, eu não posso sair dessa delegacia de jeito nenhum, aqui é meu lar agora. Eu não tenho onde morar lembra? Vocês mesmo interditaram a minha casa.

- Um conhecido de seu pai passou aqui e vai levá-la para um local onde você possa ficar segura. Como você mesma disse garota, talvez... Não possa ter sido você quem matou seu pai.

- Muito obrigada policial. - Apesar de eu estar livre sinto uma amargura dentro de mim, como se eu pedisse para morrer porque agora estou sozinha de vez.

- Não me agradeça senhorita Watson, mas agradeça a quem te tirou dessa prisão imunda. - Eu assinto e me disperso da policial chamada Amélia.

Quando chego fora da delegacia vejo vários carros pretos de luxos com uns 25 homens (seguranças) do lado. Eu fico com muito medo e começo a correr, mas esse meu plano não dá muito certo. Que droga!

- Onde a senhorita pensa que vai? - Perguntou um homem careca vestido de um Paletó preto caríssimo, com óculos escuros;

- Vou embora. - Ele pega pelos meus punhos cerrados e sai me puxando para dentro de um carro preto.

- Me solte senhor, por favor!

Ele me coloca dentro de uns dos carros de luxo, logo percebo que todos os demais carros que eu vi estão seguindo atrás do carro que estou.

- Como eu queria que tivesse muita gente na rua. - Digo pra uns dos seguranças que estar ao lado do volante.

- Fale mais alguma coisa que te dou um tiro! - Gritou um segurança.

Eu começo logo a chorar, depois dessa não é fácil segurar o choro. As lembranças do meu pai começam a voltar e fico me perguntando quem é esse conhecido de meu pai que não conheço. E choro até pegar no sono.

Acordo provavelmente com a cara inchada e pergunto - Onde estou?

- Dentro de um avião. - Responde um segurança.

- Mas vocês são seguranças mesmos?

- Somos sim senhorita.

- Mas, seguranças de quem?- Pergunto com minha voz rouca e aguda.

- Logo você vai saber - disse um segurança já irritado com minhas perguntas.

- E para onde vocês estão me levando?

- Chega de tantas perguntas garota! - Grita o mesmo segurança que estava irritado comigo.

- Preciso ir ao banheiro.

- Não dá tempo, o avião já vai pousar.

Eu começo a ficar irritada, não preciso disso tudo! Quando eu me viro para sentar sinto uma pessoa atrás de mim e uma dor insuportável na minha cabeça. Eu apago completamente.

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora