O IMPLACÁVEL DESCONHECIDO

Dois

- Que lugar é esse?! -  Não vejo muita coisa porque minha vista está embaçada, mesmo assim eu sigo para uma porta que deve ser um banheiro.

- É um banheiro graças a Deus!

Tomo um banho e visto-me com uma roupa que já estava lá, era uma calça jeans e uma blusa de moletom rosa com um par de botas de frio pelúcidas, é de uma marca chamada Ugg parece que aqui diz Austrália. Ficou um pouco folgada, mas da pra usar na boa. Faço uma trança de peixe no meu cabelo castanho e estou pronta!

Quando saio do banheiro, abro a porta e me deslumbro com o quarto gigante que eu não tinha percebido. Vejo um closet com algumas roupas, as paredes são decoradas com gessos, também tem uma estante de livros, um sofá confortável, as colchas da minha cama são de ceda com edredons macios e bem grossos, e ainda tem pinturas de paisagens lindas nos quadros das paredes e chego à conclusão que esse é o quarto mais lindo que eu já vi em toda minha vida.

Logo minha barriga começa a roncar de fome, e saio do quarto que estava, mas eu só vejo corredores e mais corredores. Canso-me de procurar alguma pessoa que possa me ajudar e sento-me no chão.

Até, quando vejo um homem chegando, tem cabelos lisos e escorridos, está meio bagunçados. Usa um paletó bonito, ele é alto e tem aparência de forte. Não sei a cor dos seus olhos, porque não consigo encara-lo nos olhos. Ele está vindo em minha direção e caminha a passos calmos e elegantes, até está diante de mim. Sinto um frio na barriga, minhas mãos começam a congelar e minhas pernas tremem, porque ele é o homem mais bonito que já vi !

- O que você está fazendo aqui garota? Era pra você está no seu quarto!-  Diz o homem irritado.

- Seu idiota, eu estou com fome e procurando alguém que me dê um pouco de comida.

Ele me puxa pelo braço, descemos as escadas até a cozinha. Eu sinto arrepios quando ele me toca.

- Dê comida a essa menina. Disse ele para as empregadas que estavam na cozinha e me soltando do aperto no braço que quase gritei de dor.

- Você é horrível não pode tratar uma dama desse jeito, seu louco. Não apreendeu boas maneiras não? - Pergunto debochando dele, mas também não foi pra pouco ele deixou meu braço vermelho e dolorido.

- E você que matou seu próprio pai, não sabia que isso era errado não? - Disse ele sorrindo debochando mais de mim do que eu dele.

Eu começo a ficar com cara de choro.

– Eu não matei meu pai, você não tem plena certeza para falar isso de mim.  Mas você não deve e nem tem o direito de ficar irritado comigo, porque hoje mesmo eu vou embora.

- Esteja no meu escritório depois do jantar, vamos ter uma conversinha! Ele sai imediatamente da cozinha com cara de zangado e vermelho igual uma pimenta. Tento engolir em seco e me acalmo eu não quero falar mais besteiras.

Eu começo a tomar meu café da manhã com sucos, pães, bolos, e frutas e saboreio toda a minha comida deliciosa. Termino de tomar meu café e uma empregada me chama...

- Qual é seu nome menina? - Pergunta ela falando baixo, aponto de só nós duas escutar.

- Nathállia, mas pode me chamar de Nath. - Falo sorrindo da cara de medo dela.

- Querida nunca se atreva a falar daquele modo com o senhor Walker. - Ele é capaz de tudo!

- Como você se chama senhora? -  Pergunto nem ligando sobre o que ela fala daquele homem esquisito.

- Maria. Eu sou a governanta dessa mansão. Nath não esqueça o que eu te disse, faça de tudo para respeitar ele. E ainda reforça mais para com certeza não me esquecer do aviso. - Eu me disperso das empregadas e vou pro meu quarto, pensar em um plano em como fugir daqui. Estive observando pela janela do meu quarto, e pelo visto essa mansão tem muitos seguranças. Parece que eu tenho poucas chances de fugir daqui.

Pego um livro da estante... – Aqui diz o jardim secreto, folheio algumas páginas e volto ao título "O jardim secreto". - Há! Acabei de ter uma grande ideia eu vou fugir pelo jardim, já que ele é grande dá para me esconder. Pego um papel e uma caneta dourada que estava em cima de uma mesinha da sala e volto ao meu quarto para escrever meu plano brilhante.

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MEU PRIMEIRO PLANO PARA FUGIR

1- 11h00min eu saio do meu quarto rumo ao jardim.

2- Fico escondida e espero algum carro sair.

3- Eu saio correndo para o norte, já que eu tenho um relógio e uma bússola, acho que vão me ajudar.

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Pronto plano feito. Fico entusiasmada e começo a pular na minha confortável cama várias vezes... Chega á hora do jantar eu vou para a cozinha janto e fico por lá conversando com as empregadas que acabo de conhecer. Elas são muito bonitas uma se chama: Emma e a outra Dayse. São muitos atraentes e sensuais suas fardas de empregadas são curtas e provocantes. Elas são obcecadas pelo o idiota o chamado senhor Watson, não sei o que elas vêem nele, certo ele é gato e sex, mas não aponto delas ficarem doidas. Sinto pena delas, porque elas estão dizendo que ele nem dá atenção para elas "coitadas". Quando termino de conversar vou pro meu quarto, escovo meus dentes e tomo banho com minha adorável água aquecida. Não sei onde estou, mas aqui está muito frio nesses últimos dias.

- Eu preciso me arrumar logo antes que seja tarde demais. Vejo a hora já é "9:15" PM! -  Começo a correr deixando minhas coisas para trás jogadas.

- Meu Deus agora que eu fui me lembrar?! Estou atrasada, preciso ir logo para escritório do louco. Aquele homem me dá arrepios toda vez que penso nele, crédo!

Peço ajuda para os empregados para encontrar o escritório, até que eu encontro, bato na porta (Toc, Toc, Toc) e ele não abre; Resolvo entrar e não vejo ele, sento-me em uma cadeira e espero uns 20 minutos e nada dele. Olho em volta do escritório e...

- Nossa pelo menos uma coisa boa nele. Aqui tem vários livros; a mesa dele só tem papéis, acho que são importantes pelo visto, tem um computador de última geração; E parece que ele coleciona canetas caríssimas.

Fico conversando comigo mesma e chego a pensar que ele não vem mais. A culpa é minha, eu que demorei demais, pelo menos estou livre de broncas. Vou para o meu quarto e percebo que eu tinha deixado a porta aberta com meu plano infalível em cima da cama.

- Como eu sou burra de deixar meu plano logo em cima da cama! - Digo irritada comigo mesma, eu arrumo uma mochila qualquer e coloco tudo o que vou precisar. Visto um casaco de frio e vou para o jardim...

Desço as escadas, olho no relógio em meu pulso 11h07min, atrasada outra vez, saio de fininho para ninguém perceber nada. Chego ao jardim, está tudo escuro quase não vejo nada. Logo um farol de um carro se ascende, vejo-o o carro ir direto para fora da mansão, olho para os lados e não vejo absolutamente ninguém.

- É agora, lá vou eu !