Um frio na barriga me invade profundamente. Minha pele está toda arrepiada.
Sei que ele nem pensa que estou aqui. Éden acha que sou irreconhecível. Não quero que ele me veja, por isso não hesito em tirar meu óculos. Finjo que não o percebo passar.
- É ele – Éden sussurra.
Kevin senta uma mesa a frente da minha. De maneira que fico de frente com ele ao outro lado da mesa. Às vezes o venero – como ele pode ficar tão seguro de si, sabendo que existe uma máfia que quer a todo custo o matar? Se bem que é melhor agir assim, se não pode ser pior. Precisamente ele não quer colocar mais vida em risco e para isso tem que fazer de tudo. Por mais que doa.
Ele senta, pede um cardápio... conversa com seus seguranças. Observa o relógio em seu pulso várias vezes. Como se ele estivesse a espera de alguém. Eu nunca o vi tão nervoso.
Um homem chega e senta cautelosamente ao seu lado contrário. E os dois começam a conversar vagorosamente.
Num instante, todos fazem silêncio.
Éden não parece se incomodar. Pelo seu prato de espaguete recheado de verduras, acho que nada muda nesse momento para ele.
- Por que você não come? – Ele para a colher em direção a sua boca e me fita.
Como eu estava com pouca fome, pedir só uma salada simples e um suco. No iate Éden me deixou ficar a vontade e fiquei mesmo. Comi tudo o que veio pela minha frente. Parecia que eu não comia há dias. Fazer o que? Eu só me deixei levar.
- Tudo está estranho – O olho friamente.
- Do que você está falando? – Ele coloca a colher de volta no prato. – O que está acontecendo Ramon? – Éden indaga para um segurança que estava atrás dele.
Outro segurança vem as pressas.
- Senhor, emergência, emergência! – Sua respiração está ofegante.
- Droga, eles nos acharam. – Éden dá um tapa na mesa.
Como assim eles nos acharam? Não pode ser. Isso não meu Deus. Se for a máfia estaremos perdidos.
Éden me pega pelos braços. Me puxa rigidamente até o banheiro feminino.
- O que está acontecendo? – Tento me soltar de suas mãos.
- Não temos tempo para explicações. – Ele olha para os lados – Escute. No toalete feminino existem trinta portas que dá entrada... a você sabe para onde dar entrada não preciso te explicar isso. – Ele fica calado por um tempo. Quem sabe planejando alguma coisa - Na vigésima quarta tem uma janela. Se você conseguir subir pela privada irá conseguir sair do restaurante. Quando conseguir se distancie o tanto que você puder daqui.
- Mas por que? - Fico inquieta.
Ele olha seu celular - Daqui a vinte minutos esse lugar que estamos irá explodir. – Respira fundo – Não pense em ninguém, não fale com ninguém, não olhe muito para as pessoas e... aí meu Deus, por favor Nath tire essa cara de preocupada. Vai dar tudo certo. – Por último ele me dá um beijo na testa. – Não pense em mim.
O homem que estar com o Kevin se revela tirando todas as suas vestes.
Todos gritam!
Por todo o seu corpo existe bombas. A qualquer momento ele irá explodir com todo mundo junto.
Fico boquiaberta.
- E você? O que vai fazer? – Começo a roer as unhas.
- O mesmo que você se eu conseguir. Mas tenho certeza de que você consegue. – Vamos, agora só temos quinze minutos.
Ele me joga de relance dentro do banheiro. E eu caminho o mais depressa possível sem pestanejar.
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Estou muito feliz por termos chegado a 700 visualizações, wow! Obrigada por tudo amigos. Vocês que acompanham a história, deixam suas opiniões nos comentários, sempre me ajudando e me motivando a prosseguir essa história que fiz para todos vocês com muito carinho e amor.
Por favor, não deixem de dar as preciosas opiniões. Tenho maior prazer em ler o que vocês estão achando da história, se estão curtindo o que eu escrevo!
Mais uma vez, obrigada pela leitura! ♡
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O IMPLACÁVEL DESCONHECIDO
RomansaO que você faria se fosse acusado(a) de ter matado seu próprio pai? Essa é a terrível situação de Nathállia Watson. Uma garota que mal completa seus 18 anos e possivelmente poderia ficar presa durante anos injustamente. O que você faria se uma das...