Onze

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De repente sou pressionada a parede, minhas mãos não conseguem reagir. Sinto um perfume de lavanda que invade minhas narinas. Reajo, mas sou pega contra ao tempo.

- Eu não disse que teríamos que conversar? – Que susto! Kevin me pega pelos punhos.

Eu assinto.

Entramos em uma sala estranha que tem um piano empoeirado, um tapete azul escuro no meio e cadeiras ao redor em toda sala, nem se quer tinha Janelas. Percebo que não é uma sala normal, mas sim uma sala que não entra gente há séculos.

- Por que você me trouxe aqui? Simplesmente não poderíamos ir para seu escritório? – Sento em uma das cadeiras perto do piano.

Ele me fita por um tempo e sorrir. Em seguida, vai direto para o piano que está no meio da sala e senta no banquinho enfeitado de tulipas e começa a tocar. Ele toca uma música suave. Vejo seus dedos interagir com o piano.

- Aqui era o lugar favorito da minha madrasta.

Dou uma volta inteira na sala.

- Ela tem bom gosto.

- Não quanto minha mãe. - Arqueia uma sobrancelha.

- Você toca muito bem – sinto minha face arder.

- Eu sei... vamos ao que interessa – ele para de tocar o piano e se vira para mim. – Pare de perambular pela minha sala!

  :-|

- Kevin qual foi o motivo para você realmente expulsar a Maria?

- Você – ele aponta sua mão direita para mim.

- E-eu.

- Você andou me desobedecendo muito nesses dias, então eu tive que cortar seu mal pela raiz.

Como eu posso ser a culpada? Olha ele pensa que eu sou uma garota medrosa, mas não sou não. Eu também vou cortar o mau dessas empregadas pela raiz.

- A culpa não foi minha e sim das suas empregadinhas!

Ele faz um deboche.

- Me desrespeitando outra vez Nathalia?

- Eu descobrir muitas coisas que você não vai querer gostar nenhum pouco.

O jogo começou quem será que vai ganhar mais patadas?

- O que você descobriu?

- Você acha que aquele seu vaso quebrou-se por acaso? Aquela sua caixa estava nos pertences da Maria por culpa minha? Você me encontrou de baixo da mesa por pura conhecidência já que sou uma garota rebelde? – Não consigo fazer mais perguntas, mas por impulso acabo gagueijando. – V-você não acha que sua c-asa não está muito e-s-tranha – droga.

Ele se levanta com muita rigidez. Eu também me levanto, mas sento de novo porquê minhas pernas cambaleiam.

- O que você quer dizer com tantas perguntas?

- Eu quero dizer...- Respiro fundo.

- Fala agora! Ele grita.

- A culpa é das suas empregadas Emma e Dayse.

Ele fica parado por um estante, poderia até dizer que ele não está respirando.

- Eu não acredito em você!

- Kevin, por favor, elas tentaram me matar com uma faca! Elas me ameaçaram para eu não contar para ninguém o que tinha acontecido e não tenho aquém recorrer! – Explodo com minhas lágrimas.

- Elas estão rolando um plano para matar a Maria e você...

- Tenho que tomar providencias sobre isso – ele resmunga.

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora