Trinta

14 1 0
                                    

O sol bate na minha cara instintivamente, pego um travesseiro que estava caído no chão para tampar minha cara. Paro. Um vestido vermelho com mangas curtas, coberto por pequenas pedras minúsculas de brilhantes, ele é cinturado com uma fita grosa de cetim, toco em seu tecido para saber se é de verdade e fico irradiada de espanto – ele é todo de ceda!

Eu não estou entendendo mais nada. Que tipo de vida eu tenho?

Por que tudo voltou como antes? Lembro-me muito bem do que aconteceu naquele restaurante, uma bomba explodiu! Não estou ficando louca, eu vi Kevin Walker inconsciente, ele me salvou daquilo tudo, pessoas viram tudo o que aconteceu ninguém vai consegui esconder de mim isso por muito tempo. Eu não estou louca eu vi com os meus próprios olhos. E um dia depois eu acordo sem ferimentos e ainda sou convidada para uma festa de aniversário.

Maria, ela não estava escondida? Kevin e eu nós não estávamos em nova York? Tinha uma máfia atrás de nós e por isso tantas mudanças.

Cadê o Éden? Isso não é possível, preciso o encontrar antes que seja tarde, eu só temo uma coisa... a WSOA só pode está brincando com nossas vidas e cada vez que eles souberem que estamos descobrindo mais coisas voltamos tudo para estaca zero. Mas eu não entendo, me lembro de tudo o que aconteceu e possivelmente Kevin deve lembrar... ou não.

- Senhorita Watson, você estar aí? – Maria toca na porta.

Abro a porta e a puxo.

- Maria não esconda a verdade de mim. Eu sou sua amiga. – Aperto seus braços desesperada.

- O que você quer que eu diga menina?

- Quero que me fale o do por que você estar aqui? – Aperto com mais forças seus braços.

- Eu trabalho aqui. – Ela pigarreia – você está me apertando.

A aperto com mais força. Sinto raiva por ela não me dizer a verdade. Pressiono até sentir sua cartilagem estalar.

Ela grita.

Eu a solto, impressionada comigo mesma, viro minha mão de um lado e de outro. De onde eu arranjei tanta força?

Olho para frente da porta muitos empregados estão em volta da porta fintando Maria caída no chão e a mim dando passos para trás.

O que deu em mim para fazer isso? Eu nunca machucaria as pessoas que amo, mas machuquei.

Dois seguranças pegam meu pulso e me puxam. Sinto uma força extraordinária no meu corpo acabo por dar um soco no rosto de um, o outro vem para cima de mim, dou outro soco só que dessa vez é em sua barriga. Mais seguranças vêm até meu alcance e me seguram.

- Tampe os olhos dela - diz um m homem que aparenta ter uns trinta e oito anos pega um produto e joga no pano depois vem até mim coloca o pano na minha cara, eu queria poder reagir mais tinha uns sete seguranças me prendendo.

A escuridão é tão assustadora, é como se você estivesse presa em um labirinto sem saída. Eles me machucam agredindo meus braços por apertar. Também sete homens é covardia.

- Fica de joelho – Escuto uma voz rouca dizer.

Eles tiram o pano em que estava nos meus olhos, vejo tudo embaçado.

- Por que eu ficaria? – Cuspo minhas palavras.

- Porque enquanto o senhor Walker não chegar nós é que mandamos nisso aqui – Eles sorriem ridiculamente.

- Não irei me ajoelhar para vocês!

- Essa foi à ordem do senhor Walker, se você não se comportasse seria obrigada a se ajoelhar em cima de lascas de vidros.

- Por favor, não! Eu tenho um compromisso hoje. – Tento mudar de assunto – e preciso está apresentável para a festa.

- Podemos te livrar dessa com uma condição – Todos sorriem.

Por favor, que não seja nada do que estou pensando.

- Qual? – Engulo em seco.

- Você ficaria por uma noite com um de nós. – ele me dar um beijo na testa – é muito mordomia mesmo ela ainda vai ter o prazer de escolher.

Um homem vem na minha frente e passa em meus olhos uma coisa gosmenta.

- Vamos abra os olhos e escolha!

Abro meus olhos devagar, com medo do que pode acontecer. Vejo tudo nitidamente.

- Vamos você já está enxergando...

Todos os seguranças que estão a minha volta tem aparência de mais de quarenta anos, todos tem barrigas salientes e largas por baixo do palitó. Resumindo todos são feios. Fito o segurança que estava falando comigo. Seu cabelo é loiro claro, seus olhos são verdes escuros, usa dois minúsculos brincos na orelha, olho para sua boca. Ele sorrir novamente.

- Que foi, nunca viu uma pessoa mastigando chiclete? – Seu sorriso é de fazer qualquer garota cair de queixo para baixo.

O vento bagunça seu cabelo, ele passa uma mão para ajeitar.

Acho que eu vou brincar um pouquinho, mas do que eu estou falando? Agora, deu para eu ter malícia também.

- Eu escolho... – Faço vários movimentos com o dedo indicador cantando uma musiquinha – Tenho uns gatos aqui no meu quintal, mas qual escolher se não for mais gatal...

É claro que eu não escolheria nenhum deles! Enquanto eles estão focados em mim com essa minha música ridícula, pego por trás de mim um pedaço enorme de caco de vidro só preparada para dar o bote.

- Ela não vai escolher ninguém!

Fico sem reação.

- Fora daqui seus idiotas – Kevin vocifera.

Ele me empurra no chão.

- Você estar louca? Ia escolher um dos meus seguranças para passar a noite? – Ele puxa com força uma mecha de meu cabelo.

Fico sem ação, mas me recomponho novamente.

- Por que não? Você já ficou com alguma mulher. Eu sei que sim. E que eu saiba eu sou uma mulher livre.

Seu maxilar range.

- Não é mais.

Do que ele está falando? Nem eu sei mais por que estou vivendo. Qual é o sentindo da vida mesmo que o Professor Rafael disse mês passado?

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora