- Que isso não se repita mais! – Explodiu Kevin, zangado.
- Ma-mas – Eu murmuro.
- Não tem nem mais e nem menos – ele me olha severamente.
Eu finjo não ouvir e saio de imediato da mesa onde eu estava.
- Volta aqui, Nathállia eu não terminei de falar! – Ele grita.
- Me deixa em paz, eu não sou obrigada a te escutar! – Digo e nem olho para trás.
Eu escuto ele resmungar, mas não me importo. Tudo o que eu quero agora é achar a Maria. Mas não demora muito, até o Kevin chegar onde estou.
- Não faça isso outra vez! Se você me desrespeitar eu te jogo no meu lago de peixes selvagens - trovejou ele com rude violência.
- Me solta ignorante – ele me pega com mais força.
- Vamos até seu quarto, criança.
Os empregados me veem gritar e tentando eu me soltar de Kevin. Ele é muito mais forte do que eu, cada vez que grito e tento me soltar ele me pressiona mais. Olho para pele do meu braço está arroxeado. Estou formigando. Estou inquieta e atemorizada. Quero ver que tipo de expressão ele está fazendo, mas quando tento olhar Kevin simplesmente me obriga a permanecer olhando para frente.
Chegamos ao meu quarto.
Kevin abre a porta do meu quarto e me empurra para dentro. Tropeço, mas fico de pé.
Arquejo.
Ele pega a chave atrás da porta e olha para mim.
- Isso é para você aprender a nunca mais querer está no meu nível. Eu posso gritar com você quando quiser, mas você não pode gritar, porque você é uma criança pobre que só veio atrapalhar a minha vida!
- Eu... – minha voz sai em um fio. Pigarreio. – Eu não sou humilhada a homem nenhum dessa terra!
Ele range os dentes.
- Pois, não é o que parece garota burra.
- Você vai fazer o que? - Pergunto com muito medo.
- Eu vou fazer já o que devia ter feito há muito tempo – ele sorri.
- Por que todas as vezes que saio você fica bravo comigo? - pergunto me sentando do lado da cama.
Ele aproxima-se de mim enfurecido e arrebatadamente.
- Porque eu não quero ver você! O que aconteceu hoje que nunca mais se repita, está entendido?
Eu fico calada e olho para o chão.
- Está entendido? – Ele repete.
- Si-sim – sibilo.
Ele se vira para sair e tranca a porta. Eu corro até a porta, percebo que ele trancou meu quarto de verdade.
- Kevin me deixa sair! – Eu grito várias vezes. Não adianta, um silêncio pesado invade o meu quarto.
- Se você não se calar eu vou ter que fazer coisa pior. – Eu o escuto atrás da porta.
Cubro a boca com as duas mãos. E fico pensando nesse tipo de atitude... Essa não sou eu. Eu não sou agressiva e muito menos levanto a voz para ninguém. Quer dizer, a última vez que fiz isso foi na quinta série com uma patricinha de quarta.
Eu não sou assim. Eu não posso fazer isso com ninguém. Tudo que devo é não desrespeitar o senhor Walker. Bato em mim mesma. Há, mas ele mereceu e começo a sorri. Essa minha convivência com ele só está me fazendo mal, talvez eu esteja sendo contagiada por tanta hipocrisia, arrogância e hostilidade.
Deito-me na cama, tenho tantas perguntas: Quem mandou aquela carta? Onde está Maria? O que tem atrás daquele espelho? E quem é realmente Kevin Walker? Tenho certeza que vou descobrir as respostas a todas as essas perguntas.
Depois de uma hora pensando. Alguém abre a porta é a Maria eu saio da cama imediatamente.
- Maria onde você estava? Como você conseguiu entrar?
- Calma Nath, faça só uma pergunta de uma vez. Eu já estou idosa minha filha.
Nós duas sorrimos muito...
- Eu estava de folga, mas quando descobrir o que aconteceu, vim imediatamente para cá.
- Mas como você conseguiu entrar?
- Cada cômodo dessa mansão tem uma chave de reserva e eu tinha a do seu quarto.
- Há espertinha – falo dando tapinhas em seu ombro .
Logo um empregado entra e deixa meu almoço. Eu como toda a minha comida. E fico perguntando a Maria como foi sua folga. Mas na realidade tenho certeza de que a Maria quer me contar uma coisa, sua cara não nega.
- Nath eu estou aqui, porque... Chegou a hora de eu contar para você tudo que sei do senhor Kevin Walker. – Eu engulo um gole d'agua e assinto.
- Pode começar Maria. Viro-me e dou toda atenção.
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O IMPLACÁVEL DESCONHECIDO
RomanceO que você faria se fosse acusado(a) de ter matado seu próprio pai? Essa é a terrível situação de Nathállia Watson. Uma garota que mal completa seus 18 anos e possivelmente poderia ficar presa durante anos injustamente. O que você faria se uma das...