Vinte e três

14 2 0
                                    

Levanto-me de uma cama macia ficando sentada rente a cabeceira e os travesseiros, alguns objetos são reconhecíveis – armário, penteadeira, os lençóis tudo estar no mesmo lugar. Estou no meu quarto!? Minha cabeça dói como se tivesse recebendo alfinetadas. Por que esse lugar não está me cheirando bem?

Abro a porta e me deparo com o mesmo corredor, aquele que tantas vezes fui pega de surpresa por... você sabe quem. Enquanto caminho sou pega me perguntando do por que esse rancor. Não vejo nenhum empregado rodando pela casa como era antes. A sala de jantar como sempre rodeada de dezenas de cadeiras de vidro debaixo da mesa gigantesca. Tudo no seu completo estado de antes o piso de mármore escuro brilha com o reflexo do sol das janelas de vidro.

Bato na porta.

Uma pessoa a destranca. E me deparo com uma pessoa que eu nunca pensaria em rever tão cedo.

- Maria?

Os mesmo cabelos um pouco grisalhos, a pessoinha de um metro e cinquenta, a que ficava rosada com tudo e sim ela não ficava vermelha quando estava com vergonha, mas rosada – esse era um dom que só ela tinha – Maria me olhava de cima abaixo fazendo um gesto para eu sentar à mesa. Seu olhar está rígido ela nem se quer fica espantada com a minha presença.

- Como a senhorita está se sentindo?

- Ah Maria eu tenho tantas coisas para lhe contar...

- O patrão odeia quando alguns de seus convidados entram na cozinha! Você quer o café no jardim ou no seu quarto?

- Oi? Não estou entendo. Sou eu Nathália Watson a garota que está... – pensando bem e se tiver acontecido alguma coisa com o Kevin nos escombros, será que ele está no hospital? Aí meu Deus, não posso pensar no pior! – Onde ele está?

- O patrão senhorita? – Ela indaga um pouco aflita.

Boto minhas duas mãos na cabeça.

- Ele não pode ter morrido. – Bagunço novamente meus cabelos.

- Oh neste exato momento o senhor Walker está no trabalho – Ela olha no relógio da parede.

- Pare de besteira, por favor, por favor. E entenda dona.

- Você não está bem, senhorita. Quer que eu faça um calmante?

Dou um pulo irritadíssima – Ai para de besteira você está mexendo com minha cabeça!

- Vamos eu te levo para o quarto. – Ela pega nos meus ombros.

- Eu não quero saber de quarto. O que está acontecendo? Por que todo mundo está estranho caramba?

Ela me dá algo líquido para mim beber e me leva novamente para o meu quarto a força.





____________________

Acho que eu mexi com as cabeças de vocês também. O que eu tenho a dizer é que a cada capítulo o nível de dificuldade aumenta e vocês nem percebem. Alguém aí pode desvendar esse mistério, por favor.

Desculpe pela a demora é que eu só escrevo quando estou inspirada. Apesar de ainda estarmos no capítulo vinte e três fiquem aí se preparando porque o capítulo trinta promete! Bjos Zamores.

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora