Capítulo trinta e oito

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  - O que você vai fazer? - Kevin aperta meu braço.
 
  - Já cansei de fugir, de ser a garota indefesa que não pode fazer nada. Já cansei Kevin - respiro e Inspiro - Já tive paciência demais com você, estou cansada de ser manipulada. Já fui deixada no lixo pelos meu pais biológicos, o pai que me criou morreu, fui acusada de cometer um crime - mordo meus lábios e o fito intensamente - de agora em diante não sou mais seu fantoche.
 
  - Por favor, não faça isso - ele se ajoelha, sua expressão era de dor - me ajude - seu semblante se enrijece - minha cabeça.
 
A raiva me impede de dar um passo. Eu já não sabia mais o que fazer, tudo era tão estranho, complicado. Por que? Essa era a pergunta que eu sempre pensava em fazer. De qualquer forma para mim não havia mais respostas, tudo estava ali diante de mim e eu estava completamente, irrevogavelmente com muita raiva de mim mesma. Minha pele queimava, já não tinha lágrimas para expulsar, eu não era a mesma. Eu o amei,  o perdoe, fiz de tudo para ele gosta pelo menos um pouco de mim. Por todo esse tempo, o que ele fazia? Me rejeitava de todas as formas, mas a imatura nunca teve nem sequer a coragem de lutar de verdade contra essa vontade idiota. O que eu sentia não era real. Nunca foi.

  - Eu tentei mantê-la longe de mim, porque eu sentia que você mexia comigo. Me perdoe Natália fiz de tudo para ignorar isso, e olha o que eu fiz, te afastei de todos - Ele tenta me tocar, mas eu o afasto - e de mim.
 
Escuto um estrondo no salão principal.

  - Você foi muito injusto - me aproximo dele - eu confiei em você, dei minha vida por você e o que você fez? Me deu as costas - me viro para não o encara-lo - eu vou embora.
 
  - Foi tudo planejado - suas palavras tremem - desde a morte do seu pai, até a explosão que houve no hotel, meu trabalho era deixá-la para morrer - ele pega minha mão com rapidez - mais eu não podia.
 
Tudo ao meu redor congela.

  - Não precisa falar mais nada, não quero escutá-lo - o empurro com força - você é um psicopata.
 
Ele implora de joelhos para mim.

  - Adeus Kevin - pela primeira vez quis deixá-lo.
 
Chego no salão e vejo todos ali.
Éden vem ao meu encontro e me abraça.  A Susie me fitava. Não conseguia ver nenhum sentimento em seu rosto. Os pais de Éden, tinham um olhar de desprezo.

  - Prendam ele - Éden ordena aos homens de capuz que carregavam armas nas mãos e já apontavam para mim. - Não, eu quero ele morto.
  Mas não era o que eu pensava, as armas não estavam apontadas para mim. Estavam apontadas para alguém atrás de mim. Ouço um tiro.

Kevin.

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⏰ Última atualização: Mar 04, 2019 ⏰

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