Quinze

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Eles estavam noivos? Por tempo que eu estava na casa da Susie ela nunca tinha me falado sobre isso. Estranho eu nunca ter ouvido algum boato em seu apartamento.

A madrugada chega. Não consigo ver absolutamente nada. De qualquer forma eu vou ter que dar um jeito. Saio de fininho debaixo da cama. Me arrasto lentamente. Pego minha perna esquerda que ficou um pouco presa para trás. Felizmente, consigo sair.

Droga! O quarto está igual o polo norte. Nunca pensei que o Kevin gostava tanto de frio. Nath se concentra e ver se tenta sair, ou então você está morta. Foco amiga, foco. Decido ir em frente, claro a porta só deve está na frente. Coloco minha mão na frente com cuidado, talvez assim devo achar a saída.

Sinto uma coisa dura de ferro, possivelmente uma tranca.

Não, não pode ser. Finalmente a porta! Coloco minha mão com cuidado na tranca, mas não consigo abrir. Deslizo minha mão para baixo tocando em um botão. Fazendo uma zoada de dígito. Jesus! Só pode ser uma fechadura digital. Viro-me para ver se o Kevin ainda está dormindo. Espanto-me com o que ele está fazendo... sentado! Não só posso está vendo coisas está escuro mesmo.

- Pensei que não iria querer sair daqui? – Escuto ele se levantar da cama.

- N-não é o que você está p-pensando? – Meu coração fica saltitando.

- O que? de você vim aqui me vigiar e ficar debaixo da cama, pensando que eu não iria te ver pelas câmeras.

Como eu não percebi que tinha câmeras? Eu sou muito burra.

- Foi um erro eu ter vindo aqui. E se você me castigar... eu sou mulher de acatar com meus erros. - Olho para baixo.

- Não criança, não irei castiga-la.

Ele liga a luz. O vejo de roupão. Seu cabelo está todo bagunçado.

- Então você pode abrir a porta para mim sair, por favor. – Aponto minha mão para aporta.

Ele vem até mim.

- Hoje não! – Sua respiração fica um pouco pesada.

- O quê? – Fico sem reação.

- Quem mandou você entrar em um quarto de um homem implacável? – Ele sorri e puxa meu corpo para sua frente.

Me derreto toda em seus braços. Seus lábios suaves queimam os meus, eu me sinto maravilhada por dentro. De início, fico paralisada por completo. O beijo dele é forte. Sinto uma proteção em seus braços. É diferente de todos os beijos em que eu dei na vida.  De Súbito Kevin se afasta e me dá um tapa. Estou tão envergonhada.

- Eu pensei que você não gostava mais de mim? – Ele estala a língua.

Sou tomada pelo ódio.

- E não gosto. Acha mesmo que eu vou me derreter por você? Eu sou de qualquer um que se oferecer para me beijar. Sou maior de idade e não tenho compromisso sério com ninguém. Então que fique bem claro, que eu posso ser de quem quiser.

Posso ver em sua face que ele fica espantado com minhas palavras. Ele sai da minha frente e digita alguns números na fechadura digital.

Tento não chorar. Seu tapa ainda dói. Com certeza vai ficar inchado.

- Ohh, Nath... – Kevin sacode a cabeça em desaprovação – você é de qualquer um então não presta.

Ele abre a porta. E me joga no chão.

Minha respiração começa a ficar alterada.

- Eu irei embora daqui. - Falo sem pensar - sabe o por quê eu ainda estou com você, será que não percebe? – Olho para ele.

Kevin não diz nada.

- Eu fiquei com pena de você e decidir ficar para te ajudar. Mas vejo que você não precisa. – Minhas mãos tremem.

- Eu é que tenho dó de você. Você assinou aquele documento em que o Tavares te entregou. Tenho quase certeza de que você não o leu todo. Ele dizia que se você assinasse você não poderia ir embora. Esqueceu, nós dois estamos envolvidos nisso. Se nos separamos... um de nós pode morrer! – Ele começa a ficar nervoso. No momento, ele me ajuda a me levantar e me fita por algum tempo. Nenhum de nós diz nada. Ele volta para o quarto e fecha a porta.

Saio correndo para o meu quarto. Quero desaparecer sem deixa rastros.

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora