Treze

26 3 0
                                    

Prendo a respiração sei que é por segundos, mas parece uma eternidade. Não revido o seu abraço, afinal nem sei o porque Kevin está fazendo isso. Ele nunca me tratou bem, sempre aproveitou de minha inocência, mas não faço julgo sobre isso. Sei que ele teve uma infância traumatizada, mas ninguém tem culpa disso a não ser seu próprio pai.

- Agora temos uma coisa em comum criança, eu estou sozinho agora! – Ele limpa uma lágrima em seu rosto.

- Não pense assim, Kevin. Eu também não tenho mais ninguém a não ser você que por acaso me ajuda. – Droga falei demais.

Ele se distancia.

 – Engraçadinha, quer dizer que eu te ajudo por acaso?  – Ele sorri.

Ele diminui o espaço ente nós e passa a mão no meu cabelo.

As coisas começam a cair e a se mexerem constantemente, sinto uma vontade imensa de vomitar. Minha vista embaça por alguns segundos. Cubro minha boca... até que o vômito vem com tudo.

- Que nojo garota! – Kevin exclama.

Vomito em cima de sua camisa até os últimos restos de bebidas sair. Quando percebo já tenho sujado todo o seu palitó.

- Desculpa.

- Seu hálito está horrível – Kevin sai imediatamente e entra na casa.

Começo a rir dá cara de nojo dele.

Uma coisa molhada cai da minha mão, apanho e vejo um papel com dobras são números de telefone. Edém.

Na manhã seguinte acordo com vários seguranças na frente da janela exibindo suas armas de fogo. Eu só posso está com ressaca, passo a mão nos meus olhos.Um segurança olha para mim e aponta arma em minha direção. Mas o que significa isso?

 Procuro o Kevin por toda a casa e o acho todo tranquilo lendo uma revista com a Susie na capa. Fico em sua frente, mas ele não olha para mim.

- Pronta para morrer? – Ele ainda fita a revista.

Mas do que ele está falando?

- Deixo explicar para você, hoje você irá morrer porque você é um lixo. Não serve para mim!

Não sei o que pensar. Se minha vida já era horrível agora eu não sei nem especificar a palavra mais.

Ele faz uma careta para mim me entregando uma carta fechada. Tenho quase certeza que ele não leu por seu estado de conservação. Não hesito em fazer mais nada só ler a carta.

Querida Nath

As coisas não estão nada fácil para mim agora. O Kevin deve ter mentido para todo mundo que eu morri eu nem sei de que forma só sei que morri, mas do jeito que ele é vai inventar coisas horríveis. Estou em um vilarejo pequeno (Desculpa não poder especificar onde). As coisas estão difíceis para mim porque estou com muito medo deles me acharem. Desculpe fazer você sofrer nunca me perdoarei totalmente por isso. O Kevin está pagando todas as minhas despesas, estou muito feliz por ele está me ajudando. Eu sei que em certos momentos ele é implacável, mas tenha paciência com ele. Um dia você irá descobrir a pessoa que está realmente dentro dele.

A carta tinha que ser curta e objetiva, não quero dá pistas.

De sua amiga Maria.

Maria está viva! Abro um sorriso enorme. Fazia tanto tempo que não ficava tão feliz, quero dá pulo de felicidade. Parece que tirei um peso de dentro de mim, minha mãos não tremem mais, beijo a carta várias vezes. Obrigada Deus!

- A carta era a coisa importante que eu ia te mostra ontem, mas como você fez aquele estrago na minha camisa...

Respiro fundo.

- Essa é sua última felicidade – Ele continua.

- Sei que você mentiu para o sr. Tavares. Eu tive que assinar um documento escolhendo você para ficar com minha guarda. – Tento mudar de assunto.

Ele rir.

- Criança ele sabe que você tem dezoito anos. Ele não disse para você que sua casa não está mais interditada e se você quiser voltar lá, pode?

Eu assinto com a cabeça.

- Hmm, você me escolheu por quê?

- Vai ficar sem repostas. – Mordo o lábio.

Ele puxa meu cabelo me levando para a fora onde estão todos os seguranças. Um dos seguranças pega pelo meu braço e me leva para frente de um alvo de arco e flecha na frente de uma árvore. Outro aponta uma arma grande para mim.  Kevin fica parado um pouco de frente para mim com uma câmera.

- Pode atirar! – Ele dá um estralo nos dedos.

Depois de um momento ele dá as mãos aos seguranças agradecendo pela brincadeira de mal gosto que fizerem comigo.

- Vocês fizerem um ótimo trabalho. Com essas fotos posso enganar eles por alguns dias ou meses.

Vou até ele e o empurro com muita irritação.

- O que você fez, caramba? Quem são eles? Por que você é assim? Se vai me fazer sofrer que tal, me manda embora? – Faço todas as perguntas que vem na minha cabeça.

- Quem te deu autorização para gritar assim comigo? – Kevin sacode a cabeça em desaprovação - Pedro explica para ela o que está acontecendo, estou sem paciência para responder perguntas de criança.

Argh.

Um homem alto com cabelo castanho compridos vem até mim.

- É o seguinte, senhorita... – Ele para um estante talvez pensando em responder minhas perguntas – O Sr. Walker tirou uma foto sua e de outro segurança apontando a arma para você, fazendo com que eles pensem que você está morta e que o senhor se livrou da senhorita.

Ele olha para os lados e volta para mim.

- Eles são a máfia WSOA e estão atrás de você e do sr. Walker. E tem algumas possibilidades dessa máfia ter matado seu pai. – Sua voz começa a tremer – A outra pergunta eu não sei dizer o porque o Sr. Walker é assim.

- Por que eles estão atrás de nós?

- Meu pai matou um membro da WSOA. – Kevin crispa os olhos.

- E o que meu pai tinha a ver com isso? – Gesticulo com os mãos.

- Seu pai trabalhava para meu pai. Eles tinham várias organizações de crimes secretos. Por isso eles querem se vingar de mim e de você – ele respira fundo – ninguém deve saber disso, temos que agir como se nada tivesse acontecido.

- Por que você não tinha me falado isso antes?

- De qualquer forma você ia saber mais cedo ou mais tarde. – Ele coloca sua mão atrás da cabeça.

Meu pai envolvido nisso? Será que isso explica o porque ele chegava tarde da noite, e nos finais de semanas passava noites no porão? Ele sempre me proibia de ir lá. Um dia encontrei um papel no seu escritório e vi uma assinatura Edward Walker e umas letras minúsculas escrita " sociedade de ações secretas delitas". Ele me pegou lendo e na mesma hora me deu um tapa. Ele me perguntava que se fizesse uma coisa imperdoável se eu seria capaz de perdoa-lo.

- À tarde iremos embora daqui Nathália! – Não vejo mais nenhuma expressão em seu rosto.

Por que meu pai? Ainda não consigo acredita nisso. sento-me na frente de uma árvore e começo a pensar.

O  IMPLACÁVEL DESCONHECIDOOnde histórias criam vida. Descubra agora