Capítulo 6 - parte 2 (em revisão)

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– Ela encontrou mesmo a ilha de Avalon, Ez – disse Igor, sorrindo com a descoberta. – E tem mais, aqui no livro há uma descrição precisa de como chegar lá.

– Este livro – comentou Ezequiel, olhando o amigo –, contém bastantes informações interessantes, mas são muitas lendas e fragmentos da nossa história antiga, algumas passagens com mais de sete mil anos. Então, se Morgana detalhou alguma coisa, talvez seja melhor nos basearmos nisso.

– Sim, o senhor tem razão, mas o mapa para o túnel está nesse livro – comentou Igor, pensativo. – Amanhã, nós vamos dar um passeio na nossa velha Gália e, depois, vamos para a Inglaterra que tenho que encontrar Avalon.

― ☼ ―

– Dudinha, Dudinha – disse Valdo, rindo. – Tu tá muito distraída, guria! Tá preocupada com alguma coisa?

Eduarda, Valdo e um amigo dele passeavam com Ailin na Redenção e ele empurrava o carrinho da bebê, fazendo caretas que a criança adorava. Ela suspirou e respondeu:

– Sabes, eu estava com um pouco de saudade daqui.

– Mas bah, guria, tu não enjoaste daquele mundo de sonho nem do teu marido, né? – perguntou espantado e um tanto quanto empertigado. – Não posso acreditar que...

– Claro que não – respondeu, rindo. – Amo loucamente meu príncipe encantado, falando ao pé da letra.

– É verdade, quando ele fica com aquelas roupas parece mesmo um príncipe encantado. Poucas mulheres no mundo devem ter a tua sorte, mas então o que tá havendo?

– Tenho um mau pressentimento, Valdinho – respondeu Eduarda, voltando a mostrar preocupação. – Minha mãe até já debochou da minha cara, mas tenho.

– Sobre quê, Dudinha?

– Pior que nem sei o motivo, Valdinho – respondeu ela, enrugando a testa. – Deixa pra lá. Olha ali, Teodoro tá vindo com os sorvetes. Mas onde tu arrumaste esse namorado de músculos hipertrofiados?

– Bem, já que não arrumei um gato que nem o teu príncipe encantado... Brincadeirinha. – Valdo riu da cara dela. – Bem, vou contar-te um segredo, mas não espalha. Quando eu vi Igor dominando Jaime na faculdade, eu tive vontade de aprender a me defender. Daí não sei explicar se foi coincidência ou sei lá o quê, mas no ônibus me deram um panfleto de uma academia de Kung-fu e fui lá ver nesse mesmo dia. Eu aprendi a lutar e pratico faz três anos. E olha que sou bom. Conheci Teodoro lá, ano passado. Ele veio de São Paulo e pratica box, além de lecionar na academia. Mas isso não são músculos hipertrofiados, Dudinha, ele apenas é muito forte!

– Mas bah – Eduarda riu. – Quer dizer que eu e Ailin estamos superseguras?

– Com esses teus superpoderes mágicos quem precisa de saber lutar? – comentou, rindo.

– Quem tem poderes mágicos? – perguntou Teodoro. Distribuindo os sorvetes. – Você, Eduarda?

– Nada não, amor – disse Valdo, desconversando. – É algo entre eu, Igor e Duda.

– Que maldade, Valdinho, fazendo segredos para mim?

– Se tu confia nele, Valdinho, pode contar. – Eduarda riu para os amigos. – Igor não vai ficar zangado, mas ninguém mais precisa de saber.

– Então tem um segredo, é? – Teodoro riu e pegou a cintura do namorado, caminhando ao seu lado.

– Nada de muito sério, amor – disse Valdo, rindo. – Igor e Eduarda têm poderes mágicos e vivem em outro mundo que é lindo de morrer, um mundo de magos e feiticeiras.

O Mago e a Sacerdotisa de AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora