O Mago e a Sacerdotisa de Avalon

Capítulo 20 - Final (em revisão)

Os três retornaram e encontraram todos os magos na praça, sentados nos bancos e aguardando. Eduarda levantou-se e repreendeu-o.

– Demoraram pra caramba, tchê.

– Levei os pequenos para Céltia, amor – explicou. – Vamos para casa?

Valdo puxou Teodoro para trás e foi-lhe apresentar Nealie, enquanto Igor avançava para o centro da praça e abria o portal para a Cidadela. Quando ela apareceu do outro lado, quase todos soltaram exclamações de surpresa e encanto. Igor passou primeiro e fez sinal para que os outros viessem, dando-lhes as boas-vindas à medida que passavam.

Transbordando felicidade, Morgana seguiu o pai e entrou na cidade que não via há tanto tempo, mas que estava ainda mais bela do que nunca porque ela também mudou com os séculos.

O trio, que ficou por último, chegou ao portal e, de olhos arregalados, Teodoro disse:

– Meu Deus, isso é uma cidade digna de um conto de fadas!

– Se é, Teo – disse Valdo, rindo. – Eu te avisei.

Igor estava ao lado do portal e disse:

– Vamos lá, gente. Sigam o grupo para o anfiteatro que Eduarda orienta vocês. – Fechou a passagem e continuou. – Tenho um pequeno assunto para resolver no palácio, antes de ir.

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Muito semelhante aos teatros gregos da antiguidade, o grande anfiteatro era bem grande e contrastava com o resto da cidade por não ser de cristal e sim de pedra. A frente era mais para baixo e tinha um palco largo, coberto por uma concha acústica ainda maior, tão perfeita que não eram necessários equipamentos de sonorização. Depois, formando uma meia lua de mais de cinquenta metros de raio subiam as paredes ao estilo do coliseu, cujo topo era irregular, com a ideia de inacabado e, em declive até perto do palco, ficavam os assentos onde cabiam mais de sessenta mil pessoas. Eduarda levou os novos magos para o palco e colocou-os a um canto. O local já estava bem cheio de gente, uma vez que Caroline tinha voltado antes com instruções específicas. Por conta disso, muitos dos novos magos ficaram um pouco sem jeito, uma vez que foram colocados no centro do palco e eram observados pela plateia.

Valdo e Teodoro olhavam aquilo com um misto de curiosidade e ansiedade quando um grupo diferente de magos veio caminhando de forma solene e sentou-se nas duas primeiras filas. Eduarda aproximou-se deles e disse baixinho:

– Igor pediu para eu ficar do vosso lado de forma a traduzir o que vai ser dito. Esses que chegaram são os Grandes Guardiões, o equivalente aos ministros de um governo da Terra. Eles são os últimos a entrar antes do Guardião Supremo, o nosso líder absoluto.

– Nossa – exclamou Teodoro, arrepiado. – Se esses caras aí são tão sérios assim, tenho até medo de ver como será o "cacique" de vocês.

Valdo riu e ia falar algo, mas todos puseram-se de pé no momento em que Ezequiel caminhou para a tribuna e começou a falar:

– Salve, irmãos. – Eduarda, sem transição, começou a atuar como tradutora simultânea. – O nosso Magnífico Guardião Supremo solicitou esta assembleia geral para apresentar ao povo do Mundo de Cristal os seus mais novos irmãos.

Ezequiel estendeu a mão para os avalonenses e Igor surgiu do nada à frente deles, devidamente trajado. Nesse momento, todos os magos ergueram os bordões e saudaram Igor com luzes verdes.

– Esse é o "cacique" – disse Valdo, rindo da cara do namorado.

Igor sorriu e começou a falar devagar para dar tempo à esposa de traduzir com calma: