Capítulo 14 - parte 4 (em revisão)

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O inimigo foi sentido pouco antes de chegar. Algumas sacerdotisas e druidas mais sensíveis, para sorte deles muito poucos, caíram inanimados com a potência da emanação dos invasores.

Com base na experiência anterior, Igor calculou que eles eram muitos, talvez cinco mil ou mais e começou a ficar muito preocupado se haveria munição suficiente em pedras e granadas. Alguns companheiros trataram de retirar os desmaiados para um local seguro e Igor gritou para que se preparassem para um volume muito maior que o previsto.

Quando ouviu os movimentos, sacou da espada ao mesmo tempo que Gwydion pousava no chão e transformava-se.

– "São tantos que até eu sinto interferência" – disse o dragão, calmo. – "Mas não te preocupes que é só nas comunicações mentais."

Não esperou resposta; deu um forte impulso para cima e saiu disparado. Igor concentrou-se e a espada começou a brilhar. Ergueu a mão direita, que também brilhava, e, pelo canto do olho, notou que todos se empertigavam e preparavam-se.

O barulho na floresta ficou nais forte. Árvores e arbustos tremeram e as criaturas apareceram. A ordem de atacar seria dada por Igor e sua espada. O mago deu alguns passos para a frente, esperando que os muscolins se aproximassem das bombas improvisadas. Quando eles atravessaram a linha de barris e a manada avançou uns dez metros, Idor disparou um raio com a espada sobre um dos barris enquanto fez o mesmo com a mão em outro. Mal fez isso, vários raios emitidos pelos druidas e sacerdotisas que possuíam essa capacidade, atravessaram o campo e alcançaram, cada um, um barril.

As explosões foram ensurdecedoras e dezenas de monstros estraçalhados, com os seus pedaços jogados em todas as direções junto com areia e pedras. A ação bélica inicial foi providenciada pelas catapultas. Pedras de vinte ou mais quilos atravessaram o ar e caíram no meio deles, matando muitos muscolins, mas era uma quantidade bem pequena de mortos para o todo que se apresentava e não paravam de aparecer mais. Enquanto as catapultas carregavam, os granadeiros avançaram cinquenta metros e cada um pegou da carroça uma granada, acendendo o pavio na tocha que estava junto ao carro. Arremessaram as granadas e atingiram mais alguns enquanto recuavam a toda a pressa para ficarem ao lado dos companheiros das catapultas. Igor, Eduarda e Morgana lançaram bolas de plasma sobre as criaturas e Gwydion fez o primeiro rasante, espirrando uma labareda gigantesca que ceifou muitos inimigos. Assim que o dragão arremeteu, saindo do alcance das catapultas, elas voltaram a disparar outra carga, mas daquela vez eram cabaças de óleo fervente que atingiram muitos deles e respingaram em vários outros, mandando o seu recado fulminante.

A segunda linha defensiva de bombas ia ser alcançada pelos invasores que não conseguiam ser contidos, apenas retardados. Apesar de morrerem às dúzias, insistiam no avanço suicida. Assim que os primeiros ultrapassaram os barris, foi a vez dos magos provocarem a destruição de uma grande quantidade de monstros.

Embora não gostasse da ideia, Igor começou a atirar muitas bolas de plasma sobre eles porque era preferível destruir o solo fértil do que perder a vida. Pelos seus cálculos mataram no máximo uns quinhentos elementos e devia haver pelo menos uns cinco mil. Desesperado, deu-se conta de que não conseguiriam impedir o avanço das criaturas porque, segundo os seus cálculos, toda a munição acabaria a cem metros da cidade, onde sobraria o corpo a corpo e a superioridade seria do inimigo, uma vez que ele concluiu que, se continuassem nesse ritmo, ainda haveria uns dois mil para combater no corpo a corpo e, para piorar tudo, os magos eram inúteis além de um alvo fácil.

Pelo conto do olho, viu Eduarda e Valdo avançando juntos e ficou petrificado de medo. Quando estavam perto do alcance, Valdo pegou a mão dela e Eduarda ergueu um escudo protetor deixando o marido pasmo porque ele era verde, o mais forte dos escudos. Os dois ergueram as mãos e raios da grossura da punho avançaram sobre os invasores que caíam sem defesa. Eduarda e Valdo fizeram uma limpeza grande naquele flanco e Igor voltou a bombardear com seus raios que saiam da espada, mas não tinham nem perto da eficácia da esposa quando auxiliada pelo amigo.

O Mago e a Sacerdotisa de AvalonOnde histórias criam vida. Descubra agora