Aquária

08

Já era tarde quando Rafael chega em casa, porém Kai estava à sua espera.

- Finalmente chegou! – disse Kai ao ver o pai entrando, enquanto se levantava para ir abraçá-lo. – Por que demorou tanto?

- Tive problemas com meu aquamóvel no caminho. Acabei tendo que sair e concertar eu mesmo. – respondeu Rafael enquanto retribuía o abraço do filho e guardava suas coisas. – Mas e você, por que está acordado a essa hora da noite?

- Estou sem sono.

- Você!? Sem sono!? – ironizou Rafael com um sorriso no rosto. – E o quê ou quem foi responsável por tirar o seu sono? Eu nem sabia que isso era possível! – ele riu, acompanhado por Kai.

- Nada de mais, só estava pensando numas coisas aí. É bobagem.

- Quer falar sobre isso?

Kai hesitou e logo sua expressão ficou mais séria, sem saber ao certo como seu pai iria reagir. Ele teve medo de falar no assunto, mas por fim acabou cedendo, porém tentou ser discreto.

- Pai... Sei lá... você acha mesmo que o mundo na superfície ainda está tão perigoso quanto o Chefe Supremo fala toda semana?

A expressão de Rafael se fechou antes de responder.

- Filho, seja lá o que você esteja pensando nessa sua mente aventureira, esqueça. Não quero que você se envolva nesse assunto.

- Por que? Qual o problema? E que assunto é esse em que você não quer que eu me meta?

- Já chega por hoje. Estou cansado e preciso dormir.

Rafael se levantou e seguiu para seu quarto, mas foi interrompido por Kai.

- Por que você sempre foge quando eu toco nesse assunto ou em algo parecido? – perguntou Kai se colocando na frente de Rafael.

Rafael para e belisca a ponta do nariz, massageando-o, e em seguida leva a mão até a testa e desliza para cima da cabeça, colocando o cabelo para trás com as pontas dos dedos.

- Filho - disse Rafael, com uma mais calma e em tom mais baixo do que o habitual. -, o que eu posso dizer é que essa gente é perigosa quando contrariada. Siga sua vida e esqueça qualquer ideia maluca que você estiver tendo sobre eles ou o que eles andam... ou melhor, sobre o que você acha que eles estão fazendo. Tudo bem?

- Mas pai...

- Me prometa que você não vai se meter nesse assunto.

- Mas...

- Prometa, Kai! Por favor! – Rafael o olhou bem dentro dos olhos, quase suplicando.

Kai olhou para a expressão preocupada do pai e percebeu que realmente tinha alguma coisa por trás de toda essa história, mas para acalmá-lo, ele concordou.

- Ok pai, eu prometo.

Rafael abraça o filho e o beija na testa, depois segue para seu quarto, deixando Kai sozinho na sala perdido em seus pensamentos.

As horas se passaram rápido, e apenas após as duas da manhã foi que Kai adormeceu.

NOTA ------

Eu sei que o capítulo está pequeno, mas é que ele foi mais voltado para o que aconteceria após a chegada de Rafael. Espero que gostem.

Deixem nos comentários o que vocês acham que vai acontecer depois e o que vocês acham que o pai de Kai está tentando esconder? ;) Votem e compartilhem a história. Vocês ajudam demais. ^^

Um grande abraço a todos e até mais tarde... ;)