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Vinte minutos Já haviam se passado.

Kai já estava chegando ao seu limite e mal conseguia prender sua respiração. Ele era um mergulhador experiente e já estava acostumado a passar bastante tempo embaixo d'água sem ter que se preocupar com a falta de oxigênio, porém quando isso acontecia, ele estava em uma situação calma e sem o menor estresse, apenas ele e a natureza, mas ali, acorrentado e preso ao chão, sabendo que todos os symmianos estavam em perigo juntamente com todos os aquarianos, Kai definitivamente estava longe de qualquer situação apropriada para um mergulho longo e sem oxigênio.

Se nenhum dos amigos de Lana chegasse para ajuda-lo, Kai provavelmente iria se afogar em poucos minutos.

Percebendo que Kai mal estava conseguindo se manter consciente, Lana tentou lhe dar uma força, pelo menos de forma indireta.

Aguente firme! – Disse ela telepaticamente. – Por favor, você precisa aguentar mais um pouco!

Kai assentiu, se esforçando ao máximo, mas já sentia o ar se esgotando completamente de seus pulmões.

Enquanto isso, Lana continuou tentando entrar em contato com qualquer symmiano que pudesse estar ao alcance de seu sonar, mas ela sabia que não tinha muito tempo.

Ela tentava se soltar das cordas que a aprisionavam, mas elas estavam muito apertadas. Se ela ao menos conseguisse chegar perto de Kai o suficiente, ela conseguiria ajuda-lo a respirar usando seus dons de sereia, mas Renan conhecia sua habilidade e cuidou para deixá-los a uma boa distância um do outro.

Zack já estava bem preocupado com o amigo e foi até a casa de Kai para buscar informações.

Quando Chegou lá, teve uma surpresa desagradável e por pouco também não foi capturado. Porém isso não ia ser a única coisa que ele iria precisar se preocupar.

Como de costuma Zack seguiu em direção à porta para abri-la e já ir entrando, mas algo o deteve. Ele já havia pegado na maçaneta da porta quando ouviu vozes dentro da casa e o barulho de alguma coisa quebrando lá dentro. Instintivamente Zack recua e caminha devagar para a lateral da casa para tentar ver o que estava acontecendo.

Chegando em uma janela, Zack olha cuidadosamente para dentro, tomando cuidado para que quem quer que estivesse lá dentro não o visse bisbilhotando e acabasse se encrencando.

Para a surpresa de Zack, dois soltados da guarda especial do Chefe Supremo estava derrubando e quebrando tudo dentro da casa, enquanto outro derramava um líquido amarelado de dentro de um tambor com um símbolo que indicava que o líquido era inflamável.

Zack ficou assustado e pensou em ligar para a polícia, porém logo se deteve, pois imaginou: como iriam acreditar nele? Além do mais, seria a palavra dele contra a de três soldados da guarda especial, que diga-se de passagem, tinham muito mais influência que ele.

Sem saber o que estava acontecendo e sem muitas opções, Zack pegou seu celular e começou a gravar tudo que os soldados estavam fazendo, tentando ser o mais discreto possível.

- Acho que já é suficiente. – Disse um dos soldados que estava revirando os móveis.

- Não encontramos nada de útil. – Falou o outro.

- O chefe já esperava por isso. – Disse o soldado que espalhava o líquido amarelado. – Rafael era um homem cuidadoso. Deve ter destruído qualquer vestígio que pudesse comprometê-lo ou colocar a vida do filho em risco.

- Destruir ou ter escondido em outro lugar. – Sugeriu o outro.

- Tanto faz. O fato é que não há nada aqui, e se houver... – O homem riu de forma soturna. – Bem, em alguns minutos não haverá mais.

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