[Antes de mais nada eu queria pedir mil perdões pela loooonga demora. Não desistam da minha história, mas eu estou tendo uns problemas pra escrever. As vezes não vem inspiração. Prometo soltar mais um capítulo até sexta que vem!]
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Para fazer jus à uma festa da Catarina, tinham pessoas que nunca foram da escola. Muita gente mesmo. Imaginei de ter mais gente que era da escola, mas não tinha tanta. Ou eu não vi tanta.
Reconheci alguns meninos que estudaram comigo, Leonardo, João, Marcelo, Vitor, José, Bruno... Nenhum era lindo de morrer. Poxa. Estavam a mesma coisa. Nenhuma mudança. Talvez eu estava sendo muito exigente. Mas eu queria ficar com alguém que fosse ao menos, bonitinho. Eu merecia.
Não merecia?
Encontrei a Luana escorada numa mesa, bebendo alguma coisa.
- E aí, falou com muita gente? - Perguntei já imaginando a resposta.
- Não. Falei com alguns só, estou esperando o Gustavo. Ele foi pegar alguma coisa no bar. - Foi o que eu imaginei. - Mas e você?
- Quase ninguém praticamente. O Guilherme foi o mais relevante.
- Meu Deus. Que péssimo. - Ela riu.
- Nem me diga. - Comentei.
- Nenhum gatinho por aí? - A Luana perguntou.
- Alguns. Mas nenhum veio falar comigo. - Fiz uma cara de decepção.
Parece que só por eu ter falado isso, as forças do universo colaboraram comigo e enviaram quase um deus grego.
- Oi. Como é seu nome? - Um garoto dos olhos pretos me encarou, passando a mão no seu cabelo alourado e escorando no balcão do meu lado.
- Melissa.
- Prazer Melissa, Matheus. - Ele sorriu, com os dentes perfeitamente alinhados e brancos.
A Luana me olhou, dando um sorrisinho e piscando. Logo saiu, dando a desculpa que ia atrás do Gustavo.
- Prazer, Matheus. - Sorri de volta, colocando uma mecha do cabelo atrás da orelha, tentando fazer um charminho bobo.
- É amiga da Cat?
- A gente estudava junta. - Falei. - E você?
- Sou amigo da faculdade dela. Quase um penetra. Sei que a festa é pros amigos da escola. - Ele riu.
- Que nada. Que bom que ela chamou amigos da faculdade então... - Deixei escapar e quando percebi, dei um riso nervoso.
- Quer dançar ou beber alguma coisa?
- Eu queria beber alguma coisa. - Falei.
Fomos até o bar, pedir algo. Já estava criando esperanças e ficando feliz, imaginando que dessa vez, minha noite não ficaria no zero à zero.
Matheus parecia fazer mais charme do que eu. Parecia que estava mais preocupado com a imagem que passaria pra mim. Relevei. Não estava podendo reclamar tanto.
Quando fomos dançar, ele parecia fazer charme pra todos que estavam na pista. Juro. Esse cara estava igual aqueles modelos de novela que querem impressionar cada mosca. Eu só queria um beijo, mais nada. De verdade.
Ficamos nessa de dançar durante uns vinte minutos, quando já estava desistindo e saindo pra beber alguma coisa, vi um rosto conhecido passar pela pista, mas não consegui ver muito. Ignorei. Não devia ser ninguém.
Matheus me puxou pela cintura quando percebeu que eu já não estava mais dando atenção ao que ele fazia para chamar atenção. Fez um carinho no meu rosto e nossas bocas já estavam quase encostando...
- Melissa? - Uma voz me chamou e estava do meu lado.
Me virei, pensando em apenas socar a cara do infeliz que apareceu justo agora.
- Felipe?
Eu não quis acreditar. É sério? Isso realmente estava acontecendo? Esse garoto devia ter algum pacto que dizia "acabe com as noites da Melissa", não era possível. Não era mesmo. Revirei os olhos, com vontade de ir embora e me contentar em ficar em casa, talvez assim o Felipe não conseguisse me atrapalhar.
Ele apenas sorriu, esperando que eu dissesse mais alguma coisa.
- O que você tá fazendo aqui? - Perguntei, com um tom impaciente.
- Um amigo meu me trouxe. Tô meio penetra. - Ele riu e eu apenas fiz uma cara de desinteresse. - E você?
- Sou amiga da Catarina, a dona da festa. - Falei. E ficamos em silêncio por alguns segundos.
Como se fosse benção de Deus, ele percebeu o clima que tinha quebrado e deu alguma desculpa que eu não me dei nem o trabalho de escutar, e saiu de perto.
Bufei.
Obrigada.
Matheus me olhava, sem saber por onde reiniciava. Eu só torcia para que não quisesse começar com a dança toda de novo. Porém, foi pior, ele me deixou sozinha na pista e foi pegar uma bebida.
Tentei continuar dançando, e pude observar o Felipe, perto de uma mesa, me olhando. Por sorte, o Matheus voltou e antes que ele começasse a dançar novamente e jogar charme para Deus e o mundo, resolvi logo fazer alguma coisa.
- Posso te pedir uma coisa? - Perguntei.
- O que quiser, gata. - Ele falou, pegando na minha cintura.
- Só me beija logo.
E foi o que ele fez, finalmente. Pode me achar desesperada, o que for. Eu não ligo. Só me preocupei em pensar no beijo. Ele beijava bem. Nosso beijo encaixou, ele me segurava em seus braços enquanto oscilava o beijo, devagar, rápido, devagar, rápido. Beijou também meu pescoço e tentou colocar a mão debaixo da minha saia mas eu parei o beijo no mesmo instante e ele percebeu.
Não atrapalhou. Continuamos a nos beijar, calorosamente, no meio da pista. E foi assim pelo resto da noite. Foi a melhor noite dos últimos meses, pelo menos eu dancei e fiquei com alguém bonito e legal, eu acho.
Fui ver o Felipe de novo, só no fim da festa, quando eu já estava com a boca vermelha. Fiquei com um pouco de vergonha. Ele me olhou com uma cara de "uau, estava bom né", era como se estivesse me julgando. Mas não liguei, estava bom mesmo e isso que me importa.
Despedimos de todos e fomos embora, com a Luana e o Gustavo me zoando enquanto diziam "finalmente saiu do zero a zero" e enquanto riam de mim quando eu contei que o Felipe apareceu pra atrapalhar tudo.
E antes que pergunte, nem me preocupei em pegar o telefone do Matheus, nem ele o meu.
Eu disse pra vocês que estava madura e desapegada.
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Acabou o capítulo da festa. E aí? O que acharam disso tudo?
Tadinha da Melissa, imagina a raiva dela quando o Felipe apareceu HAHAHAHAHA. Confesso que me divirto escrevendo isso!
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Quase Amigos #2
Teen FictionDepois de passarem para a faculdade o - agora - trio, vive as melhores ou piores mudanças de suas vidas. Melissa é quem vai contar como está a vida de universitária ao lado do casal, Luana e Gustavo. Será que houveram muitas mudanças?