Quase Amigos #2

Capítulo 22

No outro dia, saí em busca daquilo que tinha ficado por minha conta, comecei a ligar para diversos lugares perguntando o preço do cento do salgado, olhando os possíveis recheios de bolos, quantidade de docinhos... Enfim.

Anotando tudo num caderninho eu ainda pensava em como poderia enfeitar a festa. Eu estava pensando em comprar apenas alguns balões divertidos, colar uns cartazes e só. Para fazer uma grande decoração seria necessário uma equipe e um bolso farto, o que não estava em jogo. 
Comecei a fazer um rascunho das pessoas que eu chamaria, tentando peneirar ao máximo a lista. Essa coisa de decidir quem chamar seria a parte mais difícil.

Pra terminar, no fim da tarde eu ainda ia passar na clínica. Fazia algum tempo que eu não ia e como já estava na rua, não custava nada passar lá.

Cheguei alguns minutos atrasada na reunião do dia e quando entrei na sala todos deram uma olhada. Eu estava descabelada e suada. Ficar andando no centro a tarde toda não era o melhor passeio que existia.

Confesso que mal prestei atenção na discussão do dia, minha cabeça estava totalmente voltada pra festa e no que eu ainda tinha que preparar. Comida, decoração, lista de convidados e eu não tinha olhado nada sobre a música... Ótimo. Meu pensamento avoado me tirou totalmente daquela sala, do que as pessoas diziam, fiquei calada durante toda a reunião e me levantei apressada, quando me toquei que havia acabado.

- Ei, Melissa, tudo bem? - O Felipe questionou, quando me alcançou já na recepção. - Você ficou quieta a reunião toda e chegou atrasada...

- Ah, desculpa. Eu tô muito desconcentrada hoje... Tô olhando umas coisas pra fazer uma festa surpresa pra minha amiga.

- Entendi. - Ele coçou a cabeça. - Como foi o encontro com seu amigo?

Parecia que fazia semanas que eu havia me encontrado com o Rafael, mas tinham pouquíssimos dias. Forcei as sobrancelhas, como se tentasse lembrar daquele dia, infelizmente, não tinha como esquecer.

- Péssimo. - Sussurei. - Fico pensando no dia que será bom e gratificante. Cada vez é só pior.

- Isso é normal, eu te disse.

Minha paciência não era tão duradoura assim mas eu me esforçava e confesso que essa ocupação com a festa da Luana me faria esquecer um pouco do Rafael, dos encontros, das possíveis falhas e me daria um descanso para que eu criasse coragem e vontade de voltar lá.

Assenti a cabeça, concordando com o Felipe e me despedindo rapidamente ao mesmo tempo, indicando que precisava ir embora.

Quando coloquei meu pé fora da clínica, uma vontade súbita surgiu na minha cabeça e eu voltei correndo.

O Felipe já estava de costas, indo pegar alguma coisa numa salinha que ficava na recepção.

- Felipe! - Chamei.

Ele virou e abriu um pequeno sorriso, que eu fui obrigada a retribuir.

- Você não quer na festa surpresa da minha amiga?

- Claro. Quer dizer, adoraria. - Ele respondeu e eu acabei rindo.

- Vai ser sexta que vem! Eu te falo o horário e onde vai ser depois, quando ficar tudo decidido.

- Tudo bem. Se precisar de ajuda... Eu tô aí.

Sorri, agradecendo.

Seria uma boa ideia levar o Felipe. Seria uma boa oportunidade da gente ficar junto e conversar... Não é?

E além do mais, ele tem um carro, já que ofereceu ajuda, seria uma boa alternativa pedir pra ele me ajudar, me levando nos lugares pra olhar as coisas da festa.

Eu tinha exatamente nove dias para organizar tudo e arrumar tudo que estava por minha conta pra essa festa acontecer.

Voltei pra casa esbaforida e continuei pensando na lista de convidados. Até agora tinha 30 pessoas. Eu não sabia se isso era muito ou pouco pra uma festa surpresa. Acho que era o tanto certo. Como seria uma festa surpresa, seria uma comemoração para amigos mais próximos. E a casa do Gustavo nem era tão grande pra caber muita gente.

Com certeza, eu ainda rabiscar alguns nomes, colocar outros, tirar mais alguns outros, adicionar mais três e por aí vai. Até fechar a lista. Mas bem, eu teria que entregar a lista pro Gustavo dentro de poucos dias, afinal ele teria que chamar o pessoal, pedir segredo e tudo mais.

Minha mãe me entregou uns quatro cartões de lugares de salgados e eu liguei pra todos. Finalmente, um lugar onde era de um preço razoável e os salgados, segundo a minha mãe, eram gostosos.

O bolo e os doces, provavelmente, ficariam para a confeiteira da família, que faz todas as festas.

Eu tinha que conversar com o Gustavo sobre minhas ideias de decoração e da música, e isso seria ainda mais complicado. Eu sei que tinha ficado por minha conta, mas fazer tudo de acordo com o que eu quero, seria um pouco de arrogância, não?

Eu tinha pensando em alguns balões e uma faixa escrito "Parabéns, Luana".

Tá. Isso pode simbolizar minha falta de criatividade mas o que serviria de decoração? Fala sério, eu não nasci pra isso.

E em relação a música, eu não sei se peço pra alguém baixar umas músicas e fazer uma playlist bem legal ou se contrato um primo de segundo grau que se meteu a DJ e ta começando a carreira... Não deve ser tão caro.

Ou seja, pra isso, eu preciso consultar o Gustavo porque vai custar dinheiro e a intenção era fazer uma coisa simples.

Fui deitar a minha cabeça num travesseiro quando o relógio marcava quade meia noite e meia. E também, só fui acordar no outro dia com o despertador gritando no meu ouvido.

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Sim, eu sei que esse atraso foi fora do normal! Estou há mais de dois meses sem postar nada e eu sei que a desculpa "estou sem criatividade" já é batida, mas é a verdade. Vocês não tem ideia do número de vezes que eu abri esse wattpad e tentei escrever nem que fosse um parágrafo! Não dava. Não saia nada, só diálogos idiotas, ideias pobres e finalmente, esses dias consegui escrever esse pequeno depois de surgir inspiração! Então me perdoem pela demora, ainda não tem outro capítulo pronto mas já tenho ideias pra desenvolver. Estou trabalhando com outro livro aqui também e acredito que isso pode estar me fazendo dividir a atenção e eu estou tendo mais ideias pro outro livro...! Me desculpem! Continuem lendo, deixem um comentário com opiniões, dicas, ideias, enfim...

(votem pra dar aquela forcinha!)

Beijos. 💜