Capítulo 17

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- Você é boba se não for, já te falei. - A Luana resmungava, tentando me convencer a ir na festa que o Felipe tinha me chamado.

- Ir onde? - O Gustavo chegou de supetão, nos acompanhado pelo corredor faculdade.

- Numa festa. O Felipe chamou e ela não quer ir...

- O cara da balada? - Ele soltou uma risada abafada.

- Eu sei, Gustavo. - Fiz uma cara de deboche.

- Você não tem nada a perder. - Luana frisou mais uma vez. - Qualquer coisa você liga e eu e o Gustavo vamos te buscar, né amor?

- Quê? É... Vamos sim. - Ele dizia, com cara de desentendido.

Eu sabia que a Luana tinha falado isso só pra me encorajar a ir. Mas me deu vontade. Eu queria me divertir, e talvez essa festa não seria das piores.

Aceitei e tomei coragem. Mandei uma mensagem pro Felipe confirmando minha presença.

A festa começaria as 22:00.

Assim que cheguei em casa, fui escolher minha roupa e pedi pra Luana me ajudar com a produção toda.

- Nossa, então você levou mesmo a sério sair com ele né?

- Para. Antes que eu desista. Só te chamei porque não tenho certeza da roupa e você podia arrumar meu cabelo...

- Eu ajudo né! Lógico! Mas eu não sou muito boa com isso...

E não era mesmo. A Luana é a pessoa mais básica que eu já conheci na minha vida.

O Felipe chegou pra me buscar as 22:00, um atrasinho elegante, vai.

- Dá uma voltinha. - A Luana pediu.

Dei uma volta, tentando manter a pose com aquele salto.

- Você está maravilhosa. - Ela falou silabicamente. - Se o Felipe não te pegar hoje, ele é muito idiota!

- Luana! Quantas vezes eu vou ter que dizer...

- ! Eu sei... Você não esta indo pra isso... - Ela sorriu. - Mas me promete que se ele for legal, você vai dar condição! - Ela viu minha expressão de impaciência - Vai Melissa! Que que custa? Ele é super gatinho!

- Eu não vou te prometer nada. Vou me atrasar. Tchau. - Desci as escadas, me equilibrando pelos corrimãos.

O Felipe me esperava fora do carro. E se, meu ego fosse um pouco maior eu diria que ele deixou o queixo cair quando me viu. Eu sorri, e ele deu um sorriso de canto, me cumprimentado.

- Você tá linda. - Ele falou, enquanto indicava o carro pra eu entrar.

Todo o tempo me arrumando valeu a pena pelo menos.

Valeu a pena pra ele me chamar de linda?

Me poupe, Melissa.

A festa estava cheia, a casa era grande e bonita. Não tinha decoração nem nada, era uma social mesmo. Só um pessoal dançando, conversando e bebendo.

- E aí, cara? Essa é a mina? - Um garoto se aproximou pra cumprimentar o Felipe.

A mina? Como assim 'a mina'?

- É a Melissa. - O Felipe respondeu - Melissa, esse é o Marcelo.

- Oi. - Falei.

- Oi, linda.

Linda? Me parecia aquele tipo de cara que a primeira vez que te vê já começa a ser íntimo. Ou tenta.

Sorri, pra não parecer mal educada.

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