Capítulo 11

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Ele me abraça e me beija. Sinto conforto ao sentir ele enxugando minhas lágrimas.
- Mas, um dia todos cansam de estar perto de mim.
- Porque? Tem um segredo a esconder?
- Sim... Tenho sim.
- Sempre há um segredo. Eu também tenho meus segredos.
- Mas seus segredos todos sabem... Os meus, só a Em sabe. Acho que nem a May e nem a Katlyn sabem.
- Nossa, deve ser mal hein.
- Não é tão mal assim, é que esse segredo me corrói. A Em só sabe porque estava comigo.
- Eu quero saber.
Meu celular começa a tocar. Eram 4:45. Eu atendo.
- Alô.
- Be ef, eu e Ramon estamos com saudades.
- Ah amiga, vem pra minha casa. Você trabalha final de semana?
- Eu não estou trabalhando.
- Jacque, tenho novidades a te contar. Venha pra cá na quarta... Que tal?
- Ótimo, na segunda e na terça vou avisar ao Ramon, e nós vamos para sua casa. Ok?
- Tá bom be ef, quer que eu vá te buscar?
- Tô com o carro. Mas vou no carro de Ramon.
- Ok.
Desligo o celular e Mort tira ele da minha mão.
- Quem era?
- Minha melhor amiga. Jacqueline. Ela está na minha história. Ela é a única, tirando eu e Em que sabemos dessa história.
- Me conta. Isso me corroerá.
- Ei, espera. Fique calmo. Não será agora que eu vou te contar. É uma coisa que pode me comprometer futuramente. Mas, eu vou te contar. Ok?
- Tá bom. E, essa Jacqueline é gata?
Ele sorri tentando me fazer ciúmes.
- É sim, pena que ela namora com o irmão do Bernar...
- O Bernardo tem irmão?
- Olha, isso não sai daqui, eu ajudei o Brian a fazer o D.N.A. com um fio de cabelo do Bê, porque, ah, não custava nada né. O Brian é dono de uma empresa enorme e o Bernardo foi sequestrado na maternidade pelos seus pais, a Jacque vai ficar aqui e eu vou contar pra ele junto com o Brian, mostrar o D.N.A. pra ele, pois ele precisa saber a verdade. Os pais dele, que o sequestraram são uns amores, mas mesmo assim, ele precisa saber da verdade.
- Nossa... Sua vida poderia virar um Best Seller amor.
- É verdade. E, vem o Ramon. Ramon é o filho da Rita, ele e a Jacque são melhores amigos, e eu adoro ele, pois ele é filho da Rita. Ele tem a minha idade, só que morava com a avó, pois ele não era filho do marido da Rita, então, ela deixou com a mãe e decidiu ser feliz. A Jacque mora lá perto da casa da minha mãe. Nós precisamos fazer uma festa do pijama, saudades.
- Jenny...
- Me chamou de que?
- Jenny, não é o seu nome?
- É sim, mas, já estava me acostumando com "amor", "princesa", "vida", "neném". Esses carinhos.
- Sabe, eu gosto do seu nome. Ouvi falar muito sobre você!
- Sério? E o que ouviu falar sobre mim?
Eu sorrio e deito em seu peito. Ele começa a falar mexendo em meu cabelo e beijando minha cabeça.
- Ouvi falar da sua linda voz, do teu sorriso encantador, do teu olhar que brilha ao ver algo que gosta, das tuas pupilas dilatadas, de tudo.
- Tudo?
- É, ouvi falar umas histórias que não acreditei muito.
- E... ãn... O que... falaram?
- Falavam sobre você em uma casa abandonada, fazendo coisas que não devia. Isso é verdade?
- Talvez. Se você é daquelas pessoas que acreditam tudo, então... É.
- Bem, não acredito em tudo, só no que eu acho que devo acreditar.
- E você acha que deve acreditar nisso? Diga-me.
- Amor, eu acredito em você, se você disser que é verdade, claro que vou acreditar. Se disser que é mentira, irei até o fim do mundo junto contigo pra provar o que você diz.
- Mort, você casaria com uma pessoa como eu?
- Uma pessoa como você? Como assim?
A Mayara entra dentro do quarto.
- Amiga? Estou interrompendo algo?
- Na verdade sim...
- Claro que não amiga. Entra.
- Desculpa. É que estou muito preocupada com o que aconteceu lá...
- Amiga, não vou deixar nada de ruim acontecer contigo.
Ela senta na minha cama e deita ao meu lado, o Mort me agarra e fica sarrando em mim apertando meu peito. Eu sorrio e encaro ela.
- Vocês dois estão parecendo meu pai e minha mãe.
- Porque?
Eu sorrio acariciando a cabeça dela, Mort começa a beijar meu pescoço.
- O Mort fica alisando seu peito e sem perceber a mão dele fica encostando em meus cabelos, ele está te sarrando, eu aposto e daqui a pouco iria começar a beijar seu pescoço, se já não começou.
Eu sorrio sem graça e o Mort continua sem dar atenção. Ele beija meu pescoço e morde minha orelha.
- Mort... Vo... ah... Você ouviu o que ela -seguro na sua bunda- falou?
- Claro. Vamos fazer um ménage?
- Mort Rainey, já te disse. -Me largo dele e coloco a May perto dele saindo da cama- Se você quer transar com outra menina, transa. Não temos nada, daí eu transo com o Bernardo. Que tal?
- Eu concordo.
Disse Mayara brincando.
- Eu não.
- Porque? ela não é gostosa?
- É... Mas eu quero você.
- Então quer dizer que você fica prestando atenção se ela é gostosa ou não?
- Jenny, eu sou homem.
- E? E eu sou mulher, e isso não significa que eu vou ficar achando outros homens gostosos e falar pra ti.
- Mas você perguntou amor.
- Mas isso não significa que eu vá ficar concordando que o homem é gostoso. No mínimo vou desfarçar e dizer que não e que você é mais né Rainey?
- Quer dizer que eu não sou gostosa?
- É...
- É Mort?
- Ai Jenny... Você me confunde demais.
- Eu? Não sou de confundir as pessoas. Elas já são muito confusas pra me entender.
Eu entro no banheiro meio encabulada e Mayara começa a conversar com ele. Eu sento no vaso fazendo xixi e ouço eles conversando.
- Você sabe qual é o segredo dela?
- Bem, ela me contou quando estava bêbada, mas eu não quis falar pra ela. É um segredo bem... ãn... é né...
- Me conta?
- Nunca. Ela tem que te contar e se contar.
- Por favor. Eu te como...
Ela solta uma gargalhada.
- Mort, você acha mesmo que eu vou te contar um segredo só pra você me comer? Tantos aí querendo e você acha mesmo que vou dar pra você porque você é lindo, e gostoso e -Mort chega perto dela e chega perto dos lábios dela- encantador...
Ele a beija e trocam um beijo romântico. Mayara encerra o beijo dando uma leve mordida no lábio do Mort.

Prazer PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora