Capítulo 30

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Minha mãe desmaia ao ver o meu pai. Ela começa a ter convulsões e meu padrasto segura ela pra que ela não caia. Eles vem correndo e ajudam ela. Eles cuidam dela e assim que ela acorda, ela pede pra ficar em meu quarto, perto de mim. Ela estava de repouso e a cama dela estava colada com a minha. Ela me cutuca.
- Filha, acorda. Acorda logo, preciso falar com você.
Eu estava inconsciente, só que ela não sabia, de repente, eu acordo e solto um respiro muito forte. Os médicos correm pro meu quarto e ficam felizes em me ver acordando.
- Nossa, só foi a senhora chegar que fez ela acordar.
- Porque? O que houve?
- Ela sofreu um acidente de carro...
- Disso eu sei...
- Então, ela não acordou durante 24 horas. Mas a senhora chegou e ela acordou. Ela tem muita sorte por ter uma mãe igual a senhora.
- Sério? Ah, Deus, muito obrigada.
- Mãe, mãe. Porque está aqui?
- Filha, seu pai te encontrou. Não acredito. Eu tive convulsões depois de vê-lo.
- Nossa, isso significa que ou você ama muito ele, ou tem um ódio mortal dele!
- Minha filha, um pouco dos dois. Eu ainda sinto algo por ele, mas eu amo meu marido, sabe. E um ódio por ele por ter feito você sofrer tanto.
- Mãe, supera. Já superei... Ele é super gente boa!
- Como? Você conhece ele filha? Ele te procurou, não foi?
- Na verdade, não. Eu o conheci hoje. Fui na festa em que o pai do Mort deu, e meu pai estava lá, pois ele desenha os vestidos da minha so... da mãe do Mort.
- O que houve, amor? Brigou com o Mort porque? E porque está no hospital?
- Nós brigamos feio e... Mort me chamou pra lá... eu tô grávida... Deixa eu terminar de falar. Ele estava morando lá comigo, e então, ele surtou, o Vicente chegou lá e ele teve surtos, mandou todos irem embora, a senhora não foi na minha festa né? Mas, tudo bem. Ele me desmaiou e me bateu. Então eu contei pra ele que eu estava grávida, e ele logo me soltou. Eu mandei ele ir embora, e fui parar no hospital, nós nos entendemos e ele me convidou pra ir hoje na casa dele. Eu conversei com meu pai, nós marcamos dele ir lá em casa e eu fui ao encontro de Mort, mas o vi agarrado com uma vadia. Que raiva dela. E dele também. E corri pro carro, pois eu iria embora, e não olhei pros lados. O carro me pegou!
Fernando vai avisar a todos que eu estou bem.
- Bom, ela acordou. Vocês podem visitá-la. Deixe só eu ver se ela quer receber visitas.
Fernando entra no quarto.
- Querida, seus amigos querem entrar, pode deixar?
- Claro. Por favor. Iria te pedir isso. Pede pro meu pai vir tamb...
- Filha...
- Mãe... Por favor. Pede pro meu pai vir também.
Fernando sai e minha mãe vira os olhos.
- Mãe, um dia você vai ter que encarar seu problema de frente.
- É Jennypher? É mesmo? Então não fique fugindo do Mort, encare ele.
- Mãe, o meu pai abandonou a gente, e mesmo assim eu consegui perdoá-lo e você? O Mort me bateu e me traiu.
- Só que existem pontos de vista diferentes. De repente, foi ela que agarrou ele e você aí descontando sua raiva em si própria, se você o ama, liga pra ele e pergunta o porque de tudo ter acont...
O pessoal entra.
- Jenny, não conseguimos detê-lo. Ele estava chorando muito e pediu pra entar.
- Nayara, ele está lá fora?
- Está sim! Quer que eu o mande embora?
- Mãe, eu converso com ele se você conversar com meu pai.
- Não me meta nisso.
- Mãe, por favor.
- Só vou conversar com o seu pai, porque vejo em seu olhar que você quer voltar com ele.
- Ah mãe, obrigada. Eu amo a senhora. Bê, chama ele pra mim, e vocês podem me dar licença?
- Lógico.
Todos eles saem deixando os presentes que compraram pra mim no quarto e entra Mort e meu pai. Eu encaro o Mort já deixando uma lágrima dos meus olhos caírem e vejo meu pai vermelho. Eles entram e fecham a porta. Meu pai senta na cama da minha mãe e Mort senta na minha.
- Eduardo, deixe-me falar primeiro...?
- Claro. Vai lá Rainey.
- Pois bem, não fale nada, apenas me ouça. -Eu concordo abaixando a cabeça pra ele não ver minhas lágrimas.- Eu nunca ficaria com ela, até porque ela só quer ficar comigo por dinheiro. Ela é minha prima, a mais velha que ficou encalhada. Ela era gordinha, por isso os homens não queriam ficar com ela, eu namorei com ela uns 2, 3 anos, mas ela ficou me perturbando. Minha mãe convidou ela e a família pro almoço e eu disse a ela que eu estava te amando, então, quando ela te viu, ela me beijou. Não entenda mal amor. Por favor.
- Agora, minha vez... Eu fugi sim, mas amor, quando eu ia voltar... Houve um acidente. Sofri um acidente. Por isso sumi. Fiquei internado durante 1 ano. Minha mãe ficou cuidando de mim. Assim que eu acordei, eu só queria saber da Jennypher, eu precisava vê-la e lógico, saber como você estava... Eu morri de saudades de vocês duas, mas minha mãe pediu pra eu me recuperar e no dia que eu ia visitar vocês, minha mãe teve um infarto. Fiquei ao lado dela 2 anos. Nesse tempo, arrumei um emprego em uma loja. As últimas palavras da minha mãe foram: "Filho, não deixe de visitar sua filha e não desista dos seus sonhos." Eu fiz o enterro dela, e uma semana depois, eu encontrei um cara que fez a minha carreira bombar e mudou minha vida. Então a fama subiu a cabeça, muitas mulheres lindas. Mas evitei chegar perto de bebida, porque só me curei do alcoolismo por causa do coma. Mesmo assim, não desisti de encontrar vocês duas, pois você, -ele pega na mão da minha mãe.- me deu o melhor presente de todos, a Jennypher. E eu te amo por isso, e não pense que só porque eu fiquei longe que eu deixei de te amar.
- Agora minha vez: Pai, sei que o senhor não deixou de nos amar, mas se você realmente se preocupasse, perceberia que quando sua mãe disse: "Espera você se recuperar" era pra você largar tudo e vir atrás da gente. Porque, isso é amor. E Mort, passa lá em casa pra nós conversarmos...
- Que dia amor?
- Amanhã! Vou pro trabalho, amanhã. Mas chego cedo. Já conversei com meu chefe e ele disse que só preciso mostrar o trabalho pro Brian.
- Tudo bem...
- Agora, por favor, deixem a gente descançar. Pai, você, mamãe, Renata e o meu padrasto vão jantar comigo na quarta-feira. Ok?
-Os dois falam juntos: - Ok filha!
- Então, vá pai, e você também Mort.
- Filha, eu amo você.
Meu pai levanta e sai e Mort fica sentado na cama. Ele encara minha mãe e mexe a sobrancelha. Minha mãe fica de costas pra gente e eu encaro o Mort.
- Amor, eu amo você, te amo muito.
Ele deita ao meu lado e eu fico de frente pra ele.
- Mort, se lembra quando eu falei que não perdoaria se houvesse traição?
- Sim, mas...
- Bem, -eu respiro fundo.- eu nunca perdoei o Bernardo depois de uma briga que tivemos que ele beijou uma ex-amiga minha. Mas eu perdoei você quando você beijou minhas duas melhores amigas. O que você tem que me faz tão louca por você? O que você tem que me faz sentir como se fosse você?
- Eu não tenho nada, você que tem...
- E o que eu tenho?
- Razão. Sempre! Eu amo você Jennypher Ribeiro.
- Eu também te amo Mort Rainey.
Ele segura em meu quadril e me beija, minha mãe vira pra ver a gente e fica emocionada. Eu interrompo o beijo.
- Mort, vai embora. Amanhã conversamos. Até lá penso se devo ou não perdoar você!
Ele levanta da cama e me encara.
- Pense que sim, pois meu coração explodiria com um não da pessoa que mais amo.
- Tchau Rainey.
- Tchau sogra. Beijos.
Ele sai do quarto fechando a porta. Eu viro pra minha mãe e ela sorri.
- Eu vi vocês se beijando e eu sei que você vai voltar com ele.
- Ah, vou dar uma de durona, mas claro que eu vou voltar pra ele... Tenho que tentar ser feliz mãe.

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