Capítulo 20

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- Ual, você está maravilhosa princesa!
- Sério?
- Sim. Os pais da minha namorada vão te adorar amor.
Ele sorri e beija minha testa.
- Vamos?
Ele entrelaça seu braço no meu e nós fomos até o carro. Mort me puxa pelo braço.
- Eu te amo. Não se esqueça disso.
Bernardo me puxa e eu sorrio e o encaro. Nós entramos no carro e Mort fica sério. Ele não tinha celular. Bernardo da partida.
- Sabia que você está muito gostosa hoje?
- Ah eu estou gostosa todos os dias!
- É verdade... Só existe um defeito em você!
- E o que é?
- Que você não está comigo. Então você é uma mulher quase perfeita.
- Então quer dizer que você é a minha metade da laranja?
- Claro. Sou eu sim Bela.
- Bela? Mas você é só o Gaston... E o Mort... Ah, o Mort é o meu Fera.
- E porque não posso ser seu Fera Jennypher?
- Bernardo...
Ele toca na minha coxa e eu respiro fundo.
- Você já sabe o que -ele vai subindo a mão.- nós passamos. Eu sofri muito, você sofreu muito, ambos sofremos, e eu não quero sofrer mais. Espero que o Mort não me faça sofrer, porque se fizer, ele vai rodar também.
- Não vai...
- Bernardo... Por favor, não me complique, não faça eu deixar o amor da minha vida ir embora, porque você sabe que entre você e ele, eu sempre te escolheria, porque você é meu melhor amigo. Deixa as coisas rolarem. Se Deus quiser assim, que seja.
- Me dá um beijo?
- Eu não posso. Você sabe como sou, né?
- Deixa eu te levar pra cama, vai?
- Bernardo, não fala assim que eu vou acei... Ual, é aqui que vamos jantar?
- É sim, esse é o restaurante dos pais dela.
- Nossa... E eu estou apropriada pra isso?
- Claro que está amor...
- Porque, eu fui conhecer os pais do Mort, com um vestido super simples, e você tinha que ver a mansão deles...
- Os pais do Mort? Ele é adotado? Ele vive com um roupão rasgado...
- Os pais dele são... Ãn... É... Ele é.
- Mentira. Está mentindo. Depois você vai me contar. Agora vamos sair do carro.
- Vamos.
Eu sorrio, ele sai e abre a porta do carro pra mim, eu saio do carro e ele segura minha mão. Outra vez entrelaça seu braço no meu e entrega as chaves do carro ao motorista. Nós entramos.
- Bernardo, você está lindo. Deixe-me ajeitar essa gravata.
Eu ajeito a gravata dele.
- Você sempre cuidando de mim né?
- Claro.
- Ali eles, oh.
Bernardo acena para eles e nós vamos pra mesa onde eles estão sentados. O pai de Patrícia era lindo, a mãe dela, era magnífica. Mas minha sogra tinha mais classe que ela. Eu os cumprimentei e o pai de Patrícia fez questão de puxar a cadeira pra eu sentar.
- Nossa Bernardo, nossa filha fala muito de você, só não sabia que você era tão bonito.
- Ah muito obrigado sogra. A senhora é mais linda do que imaginei.
- E quem é essa menina linda? Sua irmã?
- Não, ela é minha melhor amiga. Patrícia insistiu que eu a trouxesse. Ela estava na casa dos pais do namorado dela. Mas já que a Patrícia queria muito conhecê-la...
- É um prazer conhecê-la Patrícia! Mas porque a vontade de me conhecer?
Sorrio de canto de boca.
- Porque Bernardo vive falando de você.
- Amor, minha melhor amiga ela.
Bernardo estava ao meu lado, o pai de Patrícia sentado entre mim e a mãe de Patrícia e ela sentada ao lado de sua mãe.
- Eu sou Jennypher.
- Eu sou Vicente.
Eu sorrio e aperto a mão dele.
- Vicente, lindo nome.
Abaixo a cabeça mexendo no cabelo e sorrindo.
- Eu sou Mary.
- Mary, que lindo. E o que nós vamos comer?
- Bem, eu estava pensando em caviar.
- Não, obrigada. Prefiro batatas fritas com frango.
Eles três riem.
- Adorei seu senso de humor.
- Não estou brincando.
- Sério?
- É sério sim.
- Tudo bem.
- Eu também quero fritas com frango.
Ele chama o garçom.
- Me dê 3 pratos com caviar e 2 com frango e fritas. Do jeito do chef. Me dê champagne.
- Eu quero vinho.
Ele me encara.
- Como?
- Desculpa, mas eu quero vinho.
- Me dê uma garrafa daquele vinho especial por favor. Obrigado.
O garçom sai me encarando e eu sorrio pra ele e mando beijos. Eles ficam conversando e eu não prestando muita atenção, dou uns sorrisos bobos pensando no Mort.
- E o que você acha disso senhorita?
A comida chega.
- A comida está com um cheiro fantástico.
Nós começamos a comer e o vinho chega.
- Desculpa a demora, mas eu estava a procurar.
- Tudo bem.
- Demorou muito.
- Ei Vicente, está tudo bem. Respire fundo. Você não pode sair gritando com todo mundo não.
- Jennypher...
- É verdade. Ele tem que tratar as pessoas bem. Obrigada... ãn...
- Lion.
- Lion, lindo nome. Prazer, Jennypher.
- Prazer. Você é muito bonita.
- Obrigado. Digo o mesmo a ti. Pode deixar que eu sirvo o vinho aqui...
- Não, será um prazer servir-te.
- Obrigada.
Ele nos serve e Vicente fica me encarando calado. Assim que Lion sai Vicente me encara fixamente.
- O que foi isso? E bem na frente de meu empregado. Sabem quem eu sou?
- Vicente, você pensa que é quem? Só porque você tem dinheiro, não significa que você pode ficar falando assim com os outros ou ficar humilhando ou gritando com eles. Mesmo sendo empregados, tem que se tratar como você gostaria que te tratasse.
Ele fica calado e me encara.
- É amor, ela tem razão.
- Ela não tem razão. Quem é ela?
- Eu? Eu não sou ninguém e mesmo assim estou aqui jantando com pessoas importantes. E isso não me faz ser melhor nem pior. Me faz ser eu.
Eu seguro sua mão e ele olha dentro dos meus olhos como se tivesse encantado.
- Você tem que deixar de ser assim, pois isso só atrai coisa ruim senhor Vicente. Veja só quanta coisa ruim você fez e está fazendo com seus empregados. Não se surpreenda quando eles fizerem algo contra você. Mude-se pra depois tentar mudar alguém.
- Você tem razão.
Ele sorri e me beija a testa.
- Você tem razão, obrigado.
Nós comemos e eu provei do vinho.
- Cheval Blanc, 1947.
- Sim, como você sabe?
- Amante de vinho.
Ele sorri, sussurro no ouvido de Bernardo.
- Quero comer sorvete Bê.
- Sogro, vamos comer sorvete?
- Claro. Peça querida.
Eu peço um pote de sorvete e como ele sozinha.
- Nossa, quanta fome.
Eles sorriem e Bernardo me cutuca.
- Oh me desculpem. Estava com muita vontade de comer sorvete.
- Talvez possa ser desejo.
- Não estou grávida, se é isso que deduz.
- Bem, nós temos que ir.
- Nós também vamos.
Nós nos despedimos.
***Enquanto isso, lá em casa, Mort ouve um barulho e as luzes acabam. Ele sai com uma lanterna na mão.
- É você de novo?
- Como adivinhou querido Mort?
- O que você quer?
- Nossa, você acha mesmo que ela foi pra um jantar com o Bernardo seu tolo? Foi é trepar com ele e só você não vê. Porque ela ficaria com você, seu ridículo?
- Porque ela me ama. E eu não sou ridículo seu idiota.
- É sim. Ela te ama? -Ele solta uma gargalhada.- Ela te ama. Quem amaria um monstro feito você?
- Eu não sou monstro, você que é.
- Eu faço parte de você, então você não deixa de ser um monstro seu babaca. Monstro... Eu voltei, vamos matá-la junto? Ela é uma traidora, amigo. Eu sou seu único amigo.
- Não posso matá-la. Eu a amo.
- Ama? Você sabe amar? Não! Você não sabe o que é o amor Mort Rainey.
- E você, sabe?
- Porque você acha que eu sou assim? Porque um dia eu amei alguém seu trouxa.
- Você não ama.
- E nem você. Se eu não amo, você não pode amar!
- Eu posso amar sim.

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