Capítulo 32

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Ele sai do quarto e logo vai embora. Eu sorrio e pego todos os ursinhos do chão e coloco na cama. Logo Nayara chega e senta na cama.
- Oi. Você está bem?
- Eu estou sim. Pega um copo d'água pra mim?
- Quer suco? Fiz um suco pra você.
- Suco de quê?
- Suco de maçã.
- Ah, adoraria um pouco. Depois suba pra nós conversarmos.
- Claro.
Ela desceu e eu coloquei o urso maior atrás de mim e fiquei deitada em cima dele, enquanto agarrava o panda e o coala. De repente vejo uma carta no panda. Eu pego e leio.
- "Amor, os melhores momentos da minha vida foram ao seu lado. Sei que quase não nos conhecemos. Mas foi amor a primeira vista. Eu prometo te amar hoje, amanhã e para sempre. Você vai ser minha eterna namorada, noiva e mulher."
Eu sorrio e agarro os ursos com força. Logo Nayara chega.
- Nossa, todos foram embora.
- Sério?
- Ahan. Foram pro trabalho. Pedro foi ver os pais e fazer uma super ligação misteriosa.
- Que estranho.
- Eles foram a um tempo já. Saiu um carro daqui estranho... Deve ser dessas pessoas que se perdem pelas redondezas.
- Sério?
- Sim. Ele era estranho. Não quis conversa nem nada, estava mal-humorado. Mas me conta...
- Ah, o que você acha, eu devo ou não voltar com o Mort?
- Você quer saber mesmo o que eu acho?
- Claro.
- Eu acho que vocês nasceram um pro outro. E que um completa o outro e vice-versa que nem feijão com arroz. Um é especial pro outro e você tem que deixar a vida te levar. E leve-o junto.
- Ah Nayara... Muito obrigada. Vejo que nós seremos grandes amigas.
Sorrio e ela me entrega o suco. Eu estava deitada na ponta, pra ficar lembrando do Mort, enquanto eu estava entre os braços do urso gigante, ela deita ao meu lado e eu coloco o suco na mesinha.
- Me conta mais sobre você... Quando descobriu que estava grávida?
- Na verdade, foi a Vyc que me contou. Ela disse que você ficou primeiro do que eu. Qual serão o nome dos seus filhos?
- Ela disse que serão gêmeos...
- Ela também te contou?
- Contou sim, contou tudo. Menos o sexo. Mas eu sei que são homens. Por via das dúvidas, se forem dois meninos, serão Bernardo e Eduardo. Bernardo por causa do meu melhor amigo que sempre esteve comigo e Eduardo por causa do meu pai... E se forem meninas, Jenny e Jane. Pra combinar com meu nome. Mas sei que não é menina, até porque ficaria estranho uma ter meu apelido e a outra não.
- Qual é seu nome?
- Meu nome é Jennypher. Mas desde sempre me chamam de Jenny. E você, como vai chamar suas crianças?
- Eu vou ter o John. Ou a Jenny.
Eu sorrio.
- Por que Jenny?
- Por causa de você.
- Sério?
Eu sorrio e sem querer deixo cair o copo me espreguiçando.
- Ah, meu Deus.
- Fique aí Jenny, vou limpar.
Nayara limpa o chão e volta a deitar comigo. Ela percebe que o suco estava com uma espuma diferente, mas não comenta nada com ninguém.
- Eu vou ter que ir. Já está escurecendo. Logo o Bernardo chegará aqui, ok? Vai ficar bem sozinha?
- Claro. Vou ligar pra Emilly pra vir pra cá.
- Eu acho que tem alguém chegando. Deve ser ela mesmo.
Emilly entra pela porta.
- Jenny, tá aí?
- Tô amiga, sobe aí.
- Tá bom.
- Eu vou lá Jennypher.
- Ei, vai na quinta comigo?
- Vou sim, claro.
Ela me dá um beijo na testa e sai do quarto. Emilly entra e sorri vendo os ursinhos na cama.
- Teve sexo selvagem, foi?
Solto uma gargalhada, ela se joga na cama e eu a encaro, colocando minhas pernas em cima dela.
- Claro que não... Eu estava impossibilitada.
- Mas se estivesse possibilitada, todas as 69 posições iriam rolar.
- Não amiga... Eu estou me fazendo de difícil. Só um beijo que eu o dei.
- Nossa amiga, com o gato do Mort, você está se fazendo de impossível.
Nós começamos a rir.
- É verdade.
- Vai me dizer que você não queria dar um "tapa na boneca"?
- Ah, sei lá Emilly. Eu estou com medo...
- Medo? Medo de quê?
- Medo de ser mãe, até porque eu só tenho 18 anos. E se der errado? E se o Mort um dia não sentir mais desejo por mim, porque eu tenho dois filhos e vou ser uma dona de casa? E meu futuro Em? Como ficam meus sonhos? Eu quero ser uma atriz famosa, quero publicar meus livros, fazer filmes com o Johnny Depp. E como eu fico?
- Ei, vai dar tudo certo. Só confiar em Deus amor.
- Ouviu isso?
Eu ouvia barulho de passos.
- Ouvir o quê?
- Uns barulhos de passos... Devo estar cansada. Ultimamente está sendo super estressante.
- Deve ter sido isso.
- Já são 20:00. Quer tomar um banho? Eu vou ligando o ar e arrumando as coisas pra você dormir.
- Ah, claro.
- Quer que eu prepare a banheira?
- Não amiga. Eu vou tomar banho no chuveiro mesmo. Pode deixar.
- Ah, tudo bem.
- Amiga, muito obrigada por estar aqui comigo.
- Amiga, eu só faço isso porque você é muito importante pra mim e eu preciso te ver bem.
- Eu amo você Em.
- Eu te amo Jenny.
- Pega uma roupa pra mim e coloca lá no banheiro.
- Claro amiga.
Eu entrei no box e fui tomar banho. Emilly colocou "Not like the movies-Katy Perry". Eu comecei a tomar banho, e ao final dessa música eu termino o banho, saindo e colocando logo a roupa. Eu termino de me arrumar e vou pro quarto, tocando "Thinking of you-Katy Perry" e vejo a Emilly dormindo na ponta. Eu sorrio, desligo a luz e deixo a música tocando. Deito ao lado dela e agarro meu panda. Logo pego no sono. Acordo num susto do pesadelo. Já estava na hora de  ir pro trabalho. Sinto cheiro de ovo e bacon. Eu me arrumo pro trabalho colocando um vestido e um salto e então desço com minha bolsa e as papeladas que meu chefe havia pedido. Vejo a Em e o Bernardo sentados, conversando.
- Pra onde você pensa que vai?
- Eu vou trabalhar.
- Não vai não.
- Vou sim. Eu tenho que trabalhar Bernardo. Quem vai pagar minhas contas?
- Eu pago.
- Tá louco.
Eu sento na mesa ao lado dele e dou um selinho nele.
- Bom dia Em. Bom dia Bernardo.
Ele sorriu e me beijou a testa.
- Você é demais. E seus filhos também.
- É claro, eles fazem parte de mim.
- Jenny, vamos ter um filho? Depois desses dois?
- Sério?
Eu solto uma gargalhada.
- Sério... Mesmo você com o Mort, eu converso com ele, quando seus filhos completarem um ano, nós fazemos um pra eu ser pai.
- Tenta com a Emilly... Não sei nem se eu vou ter essas crianças.
- Para de falar isso gostosa. Você vai ter sim e ponto.
- Tudo bem. Eu vou lá.
- Tá bom.
Eu pego a papelada, coloco dentro da bolsa e coloco no carro.
- Ei, gostosa... Não esqueceu de nada não?
- Ah é... Meu celular.
Eu deixo as coisas no carro e volto pra pegar o celular. Assim que eu desço, Bernardo me encara.
- Não, do meu beijo.
Ele me agarrou pela cintura e me deu um beijo.
- Bernardo... Não faz isso, se não eu me apaixono.
- Essa é a intenção toda vez que meus lábios tocam o seus. 
- Eu vou lá, se não vou chegar atrasada.
Dou um selinho nele, me livro dos seus braços e vou correndo pro carro, dentre 15 minutos eu chego no trabalho. Logo pego o elevador junto com Junior. Meu novo secretário. Ele era lindo.
- Olá. Sou Junior. Seu novo secretário. Muito prazer.
- Ah, olá. Eu estava a sua espera! Sou Jennypher. Sua nova chefe.
- Nossa, não esperava que a senhora fosse tão linda.
- Ah, obrigada.
Nós chegamos no último andar e eu fui pra minha sala. Logo o telefone começa a tocar. Eu procuro os documentos em minha bolsa e começo a ficar desesperada, assim que eu não os encontro.
- Ai meu Deus... Ai meu Deus...
Junior entra na sala.
- Posso ajudar?
- É que eu perdi uns documentos...
- Olha, a moça da recepção tá com umas papeladas que são suas. Um homem veio aqui e trouxe pra você!
- Sério? Pode pegar pra mim, Junior? Ela disse quem é esse homem?
- Não, só disse que era um homem forte, charmoso, mas que tinha mais de 40 anos.
- Ah, obrigada.
- Vou lá buscar. Quer algo?
- Pega um café pra mim?
- Ah, claro. Já me disseram o tipo do café que a senhora gosta!
- Pode me chamar de você querido.
- E o Mort Rainey ligou. Pediu pra ligar de volta.
- Ah, muito obrigada.
Ele se foi e eu liguei pro Mort.
- Oi.
- Vamos almoçar?
- Vamos sim. Mas o que você quer?
- Amor, ontem foi alguém na tua casa?
- Ãn? Como assim? A Emilly e a Nayara estavam lá... Porquê?
- Como? Só vocês? Tem certeza?
- Sim... Porque? Você está me preocupando...
- Só fala pro Bernardo dormir na tua casa hoje... Chama o Pedro e todo mundo.
- O que aconteceu Mort? Me fala...
- Nada amor. Só fico procupado. Faz isso por mim?
- Tudo bem. Daqui a pouco nos encontramos.
- Tá amor. Te amo.
Eu fiquei fazendo as coisas e dentre 15 minutos, Junior chega.
- Aqui chefe.
- Me chame de Jennypher...
- Jennypher... -ele sorri.- Seu chefe está te chamando.
- Coloca o café aqui pra mim e pode me dar essas papeladas. Está faltando algo?
- Não... Só tem essa carta que foi escrita por quem achou a pasta.
- Ah, obrigada. Vou ler.
Eu peguei o elevador e tomei em mãos a tal carta escrita pela pessoa que achou. Tinham as seguintes palavras: "Não tirei nada da sua papelada não, mas logo tirarei uma coisa de você, sua felicidade, sua vida, tudo. Vou fazer você sofrer, vou te fazer sentir dor." Assim que li a carta, o elevador abre e eu dou de cara com um homem forte, que aparentava ter uns 50 e poucos anos, eu esbarro nele e corro pra sala do meu chefe.
- Oi chefe.
- Oi Jennypher. Sente-se. O que foi? Parece assustada...
- Não foi nada não...

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