Eu fico surpresa do Mort ter vindo pra cima de mim e o encaro assustada. Bernardo levanta rapidamente, mas me olha e vê que eu peço com os olhos pra que ele não faça nada. Bernardo respira fundo, me encara e sai do quarto junto com as meninas batendo a porta bem forte. May e Em foram pro banheiro e Bernardo viu Vyctória acordada.
- O que foi bebê?
- É que, foi um homem lá dentro do meu quarto e disse que é pra minha irmã tomar cuidado.
- Homem? Deve ter sido apenas um sonho. Volte a dormir, ainda são 6:30 da manhã.
- Bêzinho, dorme comigo?
- Claro que sim princesa.
Ele a pega no colo e vai pro quarto, as meninas já com as roupas, voltam pro quarto. Ao chegarem no quarto, as duas deitam e dormem em uma cama juntas e Bernardo junto com Vyc fica conversando.
- Vyc, você acha que eu ainda tenho condições de voltar com a sua irmã?
- Você não está namorando?
- Sim, mas... Eu ainda gosto dela.
- Mas... Será que não é só um gostar de amiguinhos? Porque vocês são irmãozinhos já. Agora vocês não podem namorar mais.
- Porque não?
- Eu ainda não posso te contar...
- Me conta, prometo que não conto pra ninguém.
- Promessa de dedo mindinho.
Eles fazem a promessa e então, a Vyctória começa a sussurrar em seu ouvido.
- Sabia que, um pouquinho antes de vocês chegarem, veio um anjinho aqui e disse que eu vou ter um sobrinho?
- Aé? E você tem uma outra irmã mais velha que não seja a Jennypher?
- Tenho, mas a minha madrasta está esperan...
- Ué, mas a Jenny não pe...
- Não sei disso. O que eu sei é que eu vou ter um irmão e sobrinhos.
- Sobrinhos? E, é do Vicente?
- Não! É do titio Mort.
- Do Mort?
- É... Estou com fome Bê.
- O que quer comer?
- Vamos lá embaixo pra você preparar alguma coisa pra mim.
- Tudo bem.
- Vai descer Bernardo?
- Vou sim, vou dar alguma coisa pra Vyc comer. Vamos acordar? Depois vocês dormem.
- Não, estou muito cansada.
- Vamos, você também Em, venham comigo.
- Não Bê.
Bernardo fala ao ouvido de Vyc e eles começam a pular na cama das meninas e gritar: LEVANTEM, LEVANTEM. Elas acabam levantando e descem.
- Vamos tomar banho no lago do Cáis?
- O lago é da Jenny?
- É sim, ela comprou com a casa.
- Então tá, vamos lá. Mas acho que hoje vai chover.
- Eu sempre quis beijar na chuva.
Mayara diz disfarçando e olhando pra Bernardo. De repente o celular de Bernardo começa a tocar.
- Fala tu Pedrão.
- Pedro?
Emilly sussurra pra Mayara.
- Fala aê Bernardo meu amigão.
- Como você está mano? Estou com saudades de você!
- Estou bem brother, e você? Também estou!
- Estou bem sim irmão. Mas, me fala viadinho, quando você vem?
- Bem, eu disse que iria na sexta que vem, mas estarei indo hoje, só chegarei na terça-feira.
- Mas a Jenny trabalha na terça.
- Sei disso, eu vou fazer uma surpresa a ela.
- Uma surpresa? hm...
- É ciumento. Surpresas. E, eu levarei presentes.
- Falando de presentes, tenho um presente pra você seu puto, quando chegar te entregarei.
- Tá bom, não fale pra Jenny, ok?
- Tudo bem, beijos safado.
Ele desliga o celular e sobe pra pegar os presentes. Mort sai da cama puto e para na minha frente.
- O que foi aquilo?
- O que foi aquilo? O que foi aquilo? É Mort? EU QUE DEVO TE PERGUNTAR.
- Me perguntar? Só fiz com que você sentisse ciúmes. Essa era minha intenção.
- Beijando a boca delas duas?
- Sim, claro.
- Eu não beijei na boca do Bernardo e você sabe disso.
- Não beijou? Mas...
- Mas o que? Você achou mesmo que eu iria beijá-lo estando com você? Você me levando pra conhecer sua mãe? Agora, nossa "relação" não pode ir pra frente.
- Ah, que isso cara.
- Que isso? Senhor Rainey, toda ação tem sua reação. Me desculpa, mas não dá.
- O que não dá? Já falei com minha mãe que iria te levar lá.
- CANCELE. É fácil.
- NÃO É NADA FÁCIL, VOCÊ SERIA A PRIMEIRA QUE EU LEVARIA PRA CONHECER ELA.
- A primeira? E sua mulher?
- Ela não conheceu minha mãe, pois minha mãe não gostava da família dela. Então, até que nós terminássemos, minha mãe não voltaria, ela estava morando na França. Eu ia lá visitá-la, mas ela não queria voltar de jeito nenhum.
- Ótimo. Não me leve lá. Não quero que ela vá embora outra vez, ainda mais se for por minha culpa, não iria me perdoar. E, eu te disse... Se beijasse outra boca a não ser a minha, eu não iria te beijar, pois odeio baba de amiga minha, ainda mais das minhas "irmãs".
- Pare de graça. Não vai deixar de ficar comigo por causa disso. Foi um deslize.
- Desmoronou Mort Rainey. Deslize seria ter errado a bochecha, não beijo de língua.
- Então, pelo menos conheça minha mãe, e explique isso a ela. Explique o porque de você não querer namorar comigo que ela te contará várias histórias.
- Mort, não! O que vou fazer na casa de sua mãe se nunca tivemos nada.
- Me diga, eu fui importante igual o Vicente foi pra você?
- Me diga você, você quer ser importante igual ao Vicente? Mort, eu nunca fiz isso com ninguém, nem por ninguém, -Ele senta ao meu lado na cama.- Não estrague a última oportunidade que te dou. Se quer ser igual ao Vicente, ou mais importante que, aja como o tal. Porque, é a primeira e única chance que dou pra você, sinta-se importante, pois, nem pro Bernardo daria essa chance.
- Eu quero ser o seu homem. Quero ser único, igual a essa chance que me deu.
- Então, faça valer a pena.
Eu o encaro levantando da cama e pegando um biquini. Bernardo entra no quarto.
- Vamos tomar...
- Banho no lago do Cáis? A Vyc está me chamando desde quando ela chegou aqui.
- É isso mesmo, vamos? Venha você também Mort.
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Prazer Perigoso
Ficção HistóricaPLÁGIO É CRIME A história começa com uma estudante de psicologia que decide comprar a casa de um escritor. A casa atual dele está em reforma e o mesmo pede um tempo para que sua casa fique pronta. Muita aventura, suspense, terror, romance, sexo e m...