Para quem não é meu amiguinho no Facebook (e por que não? É um mundo maravilhoso que prova que sou uma pessoa muito moderna, digitalizada e super novo milênio), tudo começou assim:
(Colado do Facebook
Jantar ontem com e acabou sendo bem interessante. Descobri que todos, inclusive o Eddie, são polvos internéticos e que eu sou uma aberração por não ter tentáculos e ter fincado meus dois pezinhos no Facebook. , que virou a maníaca das orelhas de cachorro do tal do snap, queria saber se eu não fazia uma conta por causa do meu trauma com a filmagem noturna do banheiro.
-Não - respondi, cheia de importância. - É que o tal do snap é como sexo casual. Eu faria se quisesse, só não quero.
Nesse momento, Vince e Kate começaram a rir tão escandalosamente que por pouco não morreram engasgados com o frango.
-Ah, para, Maluzona, tirando a sua fase drogada e prostituída, você nunca faria sexo casual. Você se casa com todos os homens que trepa.
Fiquei ofendida. Só que, bem, é verdade.
Olhei revoltada pro Eddie, pedindo apoio.
-Ela faria sexo casual o tempo todo. Só é casada e tal.
Obrigada, Eddie.
Aí começou uma discussão, Vince e Kate resolveram fazer uma aposta, e foi então que o jantar ficou interessante de verdade. Eddie tem uma teoria moderna e madura e incrivelmente irritante de que ciúme é um conceito babaca. Pois bem, ele começou a ficar desconfortável. Foi uma delícia de assistir (nem um pouco maduro da minha parte, mas não me importo).
-Eu topo! - Falei, me sentindo uma deusa do sexo casual com todo o desconforto do Eddie.
-Mas não precisa ser sexo, né? - Ele falou, tentando manter a pose.
-Precisa, não. Se a Malu trocar telefone com um desconhecido, já vai ter sido piranhagem suficiente pra ela - A desagradável da Kate falou.
Eba! Eu, meus amigos e meu marido vamos sair pra eu pegar homem!)
Pra quem é meu amiguinho, espero que tenha pulado a parte acima, pois odeio ser repetitiva.
Foi ontem, gente! Estava em uma animação danada! Do tipo que tinha que me policiar para não soltar gargalhadas histéricas e do nada só para dissipar a tensão, sabe? E, enquanto cuidávamos das coisas pequenas do dia a dia, eu e Eddie ficamos até a noite em um joguinho delicioso como aquela brincadeira infantil de ficar se encarando pra ver quem ri primeiro:
-Você não precisa fazer isso, sabe? É só uma aposta meio tosca, lógico que você pode fazer sexo casual. Você pode o que quiser.
-Eu sei, e eu quero trocar telefones com um desconhecido com quem faria sexo casual se quisesse. A não ser que você não queira que eu vá.
Nesse momento, o rosto do Eddie invariavelmente se abria em um sorriso totalmente diferente do sorriso franco cheio de dentes impecáveis de sempre e ele dizia:
-Não, se é importante pra você, vá em frente.
Então eu fui, né? Até porque, eu queria ir em frente. Com a troca de telefones, pelo menos. Estava louca para mostrar que não era uma anta sem traquejo social, criatura arcaica casada desde a idade da pedra (ainda que não com a mesma pessoa) e incapaz de atrair qualquer macho da minha espécie além do meu marido. Gente, há quanto tempo eu não me vestia para um homem desconhecido?!
Hum... Acho que nunca tinha me vestido para um homem desconhecido.
Experimentei mil vestidos e duzentos pares de sapato, tentando passar a mensagem de "estou querendo, mas não estou desesperada", testando palhetas de cores de maquiagem, enquanto Eddie olhava seu armário inteiro e gastava quase um vidro de gel no cabelo e outro daquela colônia de duas mil libras dele. Parei com uma sandália Gucci de tiras ao redor do tornozelo em uma das mãos e um estojo de sombras na outra e perguntei, desconfiada:
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O Lado Escuro da Lua - Primeira Geração
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