Fire meet gasoline

I will jump for you

Hey! Serumanies, seguinte... Andei conversando com algumas leitoras por mensagens e percebi o quão valioso pode ser o nosso contato, então... Se você tem algo legal a compartilhar ou está interessada em conhecer pessoas bacanas, com histórias de vida incríveis, joga teu número pra jogo nos comentários ou por mensagens que eu vou organizar um grupinho do amor <3

Capítulo cru e sem correção, qualquer erro mete a vaia, explana mesmo!

Há uma música no capítulo, e eu vou indicar quando devem ouvir. Vou deixar uma versão aqui, mas se quiser ouvir  a original... fiquem a vontade.

https://www.youtube.com/watch?v=3NGSAmHKnJQ

Boa Leitura!

xxx

Lauren POV

Meus braços estavam ao redor do corpo da latina e a sensação que estar nessa posição me causava era indescritível, como quando ficamos sem palavras de um jeito cômodo. Suspirei e senti a paz que o seu cheiro me causava, mas ainda assim eu não conseguia dormir. Camila ressonava baixinho e eu acompanhava seus movimentos respiratórios pelo som e pelo tato. Devido a escuridão do quarto não era possível enxergar bem. Retirei meus braços com cuidado e tentei levantar com movimentos leves e sem fazer barulho para não acordar a adormecida Camila.

A verdade é o que o meu cérebro não conseguia processar todas aquelas informações e acontecimentos de uma só vez. Passado o susto da suspeita de gravidez que eu ainda não tinha descartado completamente de fato, porque muito embora ela tenha feito três testes de marcas diferentes, o meu descofiometro ainda estava ligado. Um exame de sangue me asseguraria a resposta durante a semana.

Deixei o quarto e iluminei o corredor com a luz da tela do meu celular para que eu pudesse caminhar até a sala em segurança. Eu queria tomar um trago de alguma bebida bem forte para dar um susto em meu fígado e assim conseguir algum relaxamento. Acontece que eu não sabia aonde eram guardadas as bebidas e não queria parecer uma desequilibrada vasculhando por todo o apartamento na madrugada em busca delas. Resolvi ligar a tv e tentar matar o tempo com alguma programação. Assistindo a um filme cujo título meu memória não reteve, vi um dos personagens acender um cigarro e senti vontade de acompanhá-lo. Mas onde eu arranjaria cigarros a essa hora e o pior sem ter de deixar o prédio. Além disso eu respeitaria a casa de Camila e teria de fumar nas áreas abertas do prédio, ou seja ficaria ainda mais tempo longe da latina, e isso era tudo o que eu não queria.

Eu sentia receio de estar sufocando a atriz, mas eu não podia evitar. Era como se algo me mantivesse orbitando ao seu redor, eu precisava estar por perto. Era como uma necessidade de protegê-la. O que se agravou com toda essa situação de vulnerabilidade pela qual ela passava. Tantos acontecimentos e tantas emoções difusas em tão pouco tempo. Camila agora estava solteira. O fantasma de Charlie já não era um problema. Eu que sempre pensei que comemoraria esse acontecimento como louca, agora, quase não acreditava. Em meio a toda a minha divagação a ficha ia caindo aos poucos. Eu não precisaria mais ter de esconder meus sentimentos em público, ou ter de levá-la a lugares com pouca circulação de conhecidos. Isso me lembrou da recente proposta que eu havia feito à cantora.

O encontro. Era bobo da minha parte querer recriar um primeiro encontro? Provavelmente sim, mas eu queria apagar a mancha do nosso início torto. O nosso primeiro encontro, que na verdade de primeiro não tinha nada foi muito bom. Acho que nunca vou esquecer os detalhes daquela noite, desde a cara de Camila ao ver o carro que eu havia conseguido para que nós fôssemos ao restaurante passando por seu jeito extrovertido e elegante de conversar durante o jantar até a forma avassaladora como incendiamos minha casa a noite inteira com o melhor sexo da minha vida. Eu era uma escorpiana intensa incorrigível e embora eu tivesse aprendido a ser moderada e contida com as decepções, a minha essência ainda estava lá.