I (don't) like your (girl)friend

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Então, é natal... ~Simone's voice~

AVISO IMPORTANTE: Diante dos últimos acontecimentos envolvendo as meninas, quero deixar claro que vou continuar escrevendo dentro da temática. Isso aqui é ficção e, embora aborde questões cotidianas, é uma representação, assim, não corresponde à realidade. Espero somente o melhor para as cinco meninas que me cativaram bem lá atrás, quando eu achei que não seria mais capaz de embarcar numa de fã novamente. Muita luz para elas e para nós. Vamos nos cuidar, cuidar de si, cuidar do outro e seguir em frente, porque apesar de toda a negatividade e injustiça (do ódio), amanhã há de ser um novo dia. Cuidem-se bem, meus amores.

Meu casalzão da p*rra segue lindo, cheiroso e safado, aqui, pelo menos por enquanto.

No mais, bom natal e um ano novo também... ~Simone's voice again~

xxx

Lauren Pov

Levantei quando o sol já brilhava forte lá fora. Não precisei estender o braço ao meu redor na cama para saber que Camila não estava ali, nunca vi alguém ser tão viciado em manhã quanto a pequena diva. Provavelmente ela já estava a toda enquanto eu me arrastava molenga para o banheiro. Resolvi tomar uma chuveirada sentindo que o calor estava bem estabelecido. Fiz uma higiene padrão e ao sair do banho relutei em usar as peças que Dinah havia me dado.

Eu não tinha muitas opções. Algumas peças de Camila me serviam mas não faziam meu estilo. Usar a camisa daquele escroto estava fora de cogitação, aliás, eu deveria queimá-la"por acidente" na cozinha. Ainda relutante peguei uma t-shirt preta com o símbolo da DC estampado em branco e um short curto de microfibra. Amarrei o cabelo num rabo de cavalo alto para não ceder a tentação de usar um daqueles bonés lindos.

Me olhei no espelho e.. droga. Tão bonita a blusa... Me lamentei já pensando em reembolsá-la. Dinah não podia ter feito aquilo comigo. Eu me sentia traída. Camila havia me conduzido a verdade ontem a noite por meio de observações que eu não tinha feito. Me senti uma boba. Mas eu iria confrontá-la logo mais.

Caminhei pelo corredor e logo vi Camila sentada junto ao computador com um calhamaço de folhas sobre a mesa da sala de jantar. Tão concentrada que nem se deu conta de minha presença. Os óculos de grau repousando em seu rosto com a haste central apoiada no meio do nariz.

- Bom dia, estrela.

- Bonjour, mon enfant. - Respondeu.

- Oui, Mademoiselle Cabelló. - Balbuciei algo em um arremedo de francês copioso fazendo Camila retirar a armação delicada de seu rosto e gargalhar sonoramente.

- Oye Lauren eres una payasa y lo demás boberia. Tomáte tu leche fresca y vente pa ca leer ese texto conmigo. - Camila disparou naquele espanhol callejero de Cuba.

- Eu vou tomar café enquanto tento lembrar algo das poucas aulas de espanhol que tive. - Falo sem graça enquanto me dirijo à cozinha.

Ao retornar para a mesa noto que Camila continua compenetrada nas folhas e também que já havia retornado o óculos ao rosto. Continuo mastigando o croissant intercalando goles do chocolate gelado na grande xícara. Sem tirar os olhos do papel ela dispara.

- Você não precisa ficar sem graça porque não entendeu o que eu disse.

- E quem disse que eu não entendi. - Respondi na defensiva.

- Então... Vai me ajudar?

- Eu...

- Eu realmente preciso da sua ajuda para bater esse texto, Lo.

- Mas não está em francês?

- Não. É uma tradução. Nós não teríamos público para uma montagem com o texto original. Talvez nem atores teríamos. - Comprime os lábios.

Fire meet gasolineOnde histórias criam vida. Descubra agora