Little drunk girlfriend

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~chegando de bicicleta com a minha amiga carmen~

Primeiramente, fora temer. Vai à PEC que te pariu, golpista nada a ver.

E agora... Olar serumanies desconstruídes, tudo bem com vocês? Espero que sim. Um mês depois e cá estou eu, pois é, é a vida. Se alguma alma caridosa souber e puder fazer uma capa marota pra um projeto novo, por favor, me manda uma mensagenzinha.  Sem mais delongas, é isso.

Boa leitura!


xxx


Lauren POV

Foi extremamente difícil saltar da cama da minha namorada naquela manhã de domingo. Fazia um tempo nublado e a temperatura estava alguns graus abaixo do habitual lá fora. Camila estampava um sorriso ainda maior que o de costume e eu não podia evitar espelhar seu gesto. Eu tentava agir naturalmente, mas Camila fazia questão de frisar a cada dez minutos que agora nós éramos namoradas. Uma bobona quando quer!

Apesar de ser domingo e a nuvem da preguiça pairar sobre nossas cabeças, Camila e eu éramos as diferentonas. Ela recebeu uma ligação de um colega integrante de uma companhia de teatro, que a convidou para ler um texto para um papel em um peça. A pequena latina ficou mais feliz que pinto no lixo e eu aproveitei que teríamos de nos separar para fazer alguns reparos na X-tina e revisar a matéria da prova de terça-feira, controle de sistemas dinâmicos.

Liguei pro Tontom, quero dizer, Thomas Augusto, meu parceiro, e perguntei se havia alguém na oficina ou se ele poderia me emprestar a chave da lojinha para que eu pudesse dar um upgrade na moto velha de guerra. Thomas não só me arrumou a chave como também se ofereceu para me ajudar. Se eu me interessasse por caras e pudesse escolher por quem me apaixonar, Thom seria um forte candidato. Ele era quase uma versão masculina minha, com a vantagem de ser leve e não carregar as minhas cicatrizes psicológicas. Estar em sua companhia era fácil e bom. Eu confiava em Thomas, ele me conhecia antes de adquirir minhas inseguranças. Nos conhecíamos desde sempre.

- Parabéns, Lolo! - Thomas me abraçava apertado após ouvir a notícia de que Camila e eu estávamos namorando.

- O que eu devo dizer? Obrigada?

- Claro, né? Isso é uma grande evolução. Quando você veio pra cá e bolou aquele esquema com o Justin, eu pensei que você tinha se fechado totalmente. - Ele se escorou numa pilastra de sustentação do galpão e me observou atento. - Depois do que aconteceu com Sh.. - Soltou o ar pesadamente. - Com ela, e o baile... Tudo aquilo. Eu sinto muito, Lo.

- Não sinta, Thom. Eu sofri mais do que pensei que minha mente adolescente pudesse suportar, mas eu tô aqui. - Retirei o filme do envelopamento do tanque da XRE e constatei que a ranhura não havia afetado a pintura original. - É preciso tempo pra curar, Thom. Não vou dizer que estou pronta pra outra, porque Deus me livre, eu não quero ter de passar por algo daquele tipo nunca mais. - Me acomodei no banco da moto e testei a aceleração enquanto ele fazia o reparo na manete contrária. - Mas com Camila é diferente... eu sou diferente agora. Sei que não será perfeito, mas eu estou disposta a fazer dar certo.

- Toda sorte do mundo pra vocês, Lo. Você merece muito ser feliz.

Continuei meu trabalho na X-tina até deixá-la nova em folha e diferente, visto que agora ela reluzia em sua cor original, vermelho sangue. Regulada e brilhante, a olhei atentamente e sorri satisfeita. Trocar o carro que meus pais haviam me dado de presente pela moto foi uma opção por economia, mas também foi uma mudança de atitude. Naquela noite fria e escura, no estacionamento daquela escola, eu jurei para o rapaz, com quem eu havia trocado algumas dezenas de palavras antes daquele dia, que eu seria alguém diferente num futuro próximo. Agora, no presente, vejo que sou uma boa pagadora de promessas.

Fire meet gasolineOnde histórias criam vida. Descubra agora