They don't love me

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QUEM COM FERRO FERRE COM FERRO SERÁ FERIDO.


Sem mais.



xxx


Lauren Pov


Ao abrir a porta e ao me deparar com Camila ali de pé a minha frente meu coração se aqueceu. Ainda a encarando em expectativa eu obtive minha resposta quando ela comprimiu os lábios e baixou a cabeça.


Inspirei profundamente.


No meu íntimo eu já sentia que as coisas não se resolveriam assim tão fácil. Embora eu estivesse vibrando pela expectativa de que a vida me contrariasse, minha mente não descartou a possibilidade grande de que tudo desse errado. Tomei Camila pelas mãos e a conduzi para o sofá. Sentei e a aconcheguei em meu regaço. A abracei apertado e distribui alguns beijos por seu rosto.


- Lauren, eu juro que vou resolver logo. - Disparou apressada.


Camila parecia afobada em se justificar talvez com medo de que eu a expulsasse daqui outra vez. Eu ainda não havia me perdoado pelo tratamento que lhe dei durante a nossa última discussão. A latina era muito preciosa para receber um tratamento grosseiro como o que lhe dei. Eu não concebia a ideia de alguém gritando com ela, e ter a consciência de que eu havia agido da maneira que eu tanto abomino era como se eu mesma me desse um soco no rosto.


- Ele gritou com você? Foi agressivo?

- Não. Ele se alterou um pouco mas não cruzou nenhum limite. - A angústia em sua voz era quase palpável.

- Camz, vamos fazer o seguinte, vamos esquecer esse assunto por enquanto. Eu faço um brigadeiro de colher daqueles que você adora e a gente vê um filme, que tal?

- Mas, Lauren, eu prometi que traria boas notícias. Eu deveria ter sido mais firme e colocado um ponto final. Eu fraquejei!

- Estrela, nem tudo acontece como o planejado.

- Eu sei, mas eu deveria ter me imposto.

- Não se cobre tanto. - Faço um carinho em sua nuca.

Sustentamos o olhar por alguns segundos.

- Camz, relaxa. Eu não vou gritar com você e te expulsar daqui. Eu não sou assim. - Levanto e lhe estendo a mão. Ela pega de pronto e seguimos juntas para a cozinha.


Eu fiz brigadeiro, ela escolheu o filme. Desfrutamos da companhia uma da outra e aos poucos  tensão foi se esvaindo. Trocamos beijos e carícias mas não passamos disso.


Eu queria que Camila se sentisse amada, protegida e que soubesse que podia contar comigo. Meu desejo por Camila era descomunal, mas eu dosava bem os momentos para deixá-lo vir à tona. Aquele não era o momento. E por mais que eu desejasse a mulher que ela era, naquele momento, eu estava mais interessada em sua companhia amistosa.


Dormimos emaranhadas num abraço meio torto que de longe lembrava a famosa conchinha. Tudo ainda estava estranho e fora de lugar depois de nos declararmos, mas eu estava tranquila. Decidi que iria com calma, sem pressão, afinal quem tinha problemas com relacionamentos com status era eu e não Camila.

Fire meet gasolineOnde histórias criam vida. Descubra agora