Travellin' on

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Olaaar, serumanies foguentos e gasolinosos, como estão vocês?

Primeiramente, fora facistas! (aleatória, eu) Quero deixar claro que não estou enchendo línguiça, tá? Só não posso atropelar as coisas. As famigeradas férias estão chegando e as atts vão chegar com mais frequência.

Papoca esse fav/voto e senta a mãos nesses comentários porque não gera boleto e me ajuda a seguir contando a história.

thisym, parabéns, meu bem! Já desejei por outros meios mas quero deixar registrado por aqui também. Yanzzz, o cap é seu. Deus te crie, coisa linda <3

Boa leitura!

xxx

Camila POV

Passar esses dias com meu pai foi uma experiência incrível. Ter o cara de taco aqui comigo reacendeu a chama familiar em meu coração. Sinuhe era assunto para depois, Sophia estava em meus planos para muito em breve, mas a vinda do meu pai foi a melhor surpresa que me aconteceu esses dias. Meu pai atencioso e bem humorado, não o profissional brilhante, não o Doutor com o lattes quilométrico, ficou hospedado no quartinho, não usou gravatas e até tomou chope com Lauren. Dá para acreditar? Quão surreal isso soa?

Meu pai sempre foi um bom leitor de pessoas, não a toa se especializou em decifrar e reparar expressões pessoais, pesquisar e desenvolver técnicas para corrigir expressões faciais inadequadas como bem denomina ele. Mas ele sempre foi bom em ler emoções. Com um fino gosto literário e musical foi meu hoster em ambas as áreas, me abriu o caminho pelo qual sigo até agora. Certamente não teve dificuldades em ler Lauren e observar seu cuidado comigo, talvez por isso os dois tenham se dado tão bem, ou talvez tenha sido mesmo pelas bebidas e passeios de carro.

Quando retornávamos do aeroporto nos deparamos com um restaurante bastante charmoso na entrada da cidade e resolvemos parar apara almoçar. Eu sou suspeita, adoro fazer minhas refeições na companhia de Lauren. A paixão com a qual ela observa o prato e o modo como saboreia a comida me encantam. Tudo nela me encanta. Aquela força bruta combinada a uma inteligência aguçada e traços um tanto infantis me tem como uma boba rendida.

Com muito custo convenci Lauren de que precisávamos ir às compras o que me rendeu severos olhares durante as 3 horas que passamos no shopping. Ignorei todos os biquinhos e caras emburradas que ela fazia a cada nova loja em que entrávamos.

- Camila, você só tem um corpo pra quê tanto biquíni, meu Deus? - Lauren nega com a cabeça.

- Você só tem uma boca, Lolo. - Faz careta diante do apelido. - Por que reclama tanto, minha deusa? - Devolvo.

Ela pega as sacolas de minhas mãos e começa a caminhar emburrada. Alcanço-a com alguns passos mais longos e passo o braço em volta de seu pescoço para selar nossos lábios.

- Lauren, nós estamos indo para um destino de praia badaladíssimo na companhia de nossas lindas amigas e da Dinah.

- Amooor. - Ela me repreende estreitando os olhos.

- Nossa, se for pra você me chamar assim eu já estou pensando nas legendas "minhas garotas e a Dinah", "mozão, pretinhadopoder, chaveirinho e a Dinah." - Tiro sarro. - Mas falando sério, nós vamos a la playa! Quero ficar de biquíni o tempo inteiro, baby. Então preciso de no mínimo dois para cada dia.

- Ainda não acredito que você e Dinah foram amigas na infância.

- As melhores. Nós comandávamos os acampamentos. - Sorri nostálgica. - Chorei no colo dela a minha primeira decepção amorosa. - Ela abriu a boca. - Luís Miguel, o Luisillo. Dinah tinha um arsenal de apelidos para ele e eles costumavam se dar bem até que ele quebrou meu coração infantil.

Fire meet gasolineOnde histórias criam vida. Descubra agora