Oi serumaninhos leitores! Tudo bem com vocês? Comigo não tá muito não, mas é aquele ditado... vamo fazer o que? Perdi meu óculos nas calouradas loucas da vida, por isso perdoem os eventuais erros, Thams é míope! Mas enfim, é capítulo que vocês querem? Pois tome mais de 7k de palavras!
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Lauren Pov
Depois que Camila fez sua entrada triunfal com aquela mala, eu não tive mais cabeça para pensar em nada. Larguei o jogo com o coração batendo forte. Ela havia mesmo levado a sério a proposta da gaveta que eu havia feito. Fiquei feliz e assustada ao mesmo tempo. Ter a latina por perto é tudo que eu mais quero, mas as coisas estão tão estranhas. Essa recusa de Charlie ao término e falta de pulso de Camila me deixaram com um pé atrás.
Depois de perceber que ela havia chorado a puxei imediatamente para meu colo e fiquei ali afagando seus cabelos enquanto ela me contava o ocorrido. Não pude evitar o medo. Pais, em geral, controlam seus filhos pela hierarquia imposta e muito frequentemente sua maior arma é a dependência financeira. Todo mundo precisa se alimentar, vestir e locomover pra dizer o mínimo, e nada disso é de graça. Na verdade, tudo isso é muito caro. Eu tenho aprendido a valorizar ainda mais cada pequena coisa desde que vim para essa cidade, estudar e morar sozinha. Eu sempre fui muito autônoma. Claro que como toda criança e adolescente dependi de meus pais, mas eu ensaiava uma autonomia desde os 14 quando comecei a ajudar o vovô com seus motores. Hoje, alguns anos depois, já me virava bem sozinha.
Camila não. Camila era rica, e embora não gostasse de ostentar, era acostumada com o que é bom. Teve uma vida completamente diferente da minha, e por tanto lidava com as coisas de modo diferente. Estava iniciando uma carreira muito difícil, que requer muito esforço pessoal e consequentemente precisava muito do apoio financeiro de seus pais. Fazia aulas complementares, diversas atividades e alimentava-se muito bem. E se, de repente, tudo isso lhe fosse privado? Se em uma represália sua mãe lhe cortasse os custos, bloqueasse seus cartões? Segundo o que Camila me contou, sua mãe seria bem capaz de tomar uma atitude com essa. E seu pai? Bom, seu pai andava muito ausente.
Depois de me contar detalhadamente o que aconteceu durante sua curta passagem por seu apartamento e sobre o encontro com sua mãe, eu percebi que as coisas não seriam tão fáceis para nós. Na verdade, eu nunca tive essa ilusão. Desde o começo eu sempre soube que as coisas com Camila nunca seriam fáceis.
Tentei contornar a aura fúnebre que se instalara no ambiente desde que Camila retornou. Aquela não era a ideia inicial de domingo divertido que eu havia planejado. Pensei em dispensar a latina e adiantar uns trabalhos para ganhar tempo durante a semana e poder amadurecer algumas ideias com ela de cabeça fresca, mas não seria justo.
Camila precisava de algum conforto naquele momento, e por mais que eu não me achasse a pessoa indicada pra lhe oferecer aquela qualidade de afeto naquele momento, eu não a abandonaria. O combinado era ligar para Dinah e convidá-la, junto com Normani, para um domingo das garotas aqui em casa, mas dada a circunstância eu precisava de algo mais estimulante.
Pensei em propor uma viagem relâmpago e partir pela estrada com a latina, uma barraca e umas guloseimas. Nah... Loucura demais. Nem carro eu tenho pra carregar essas coisas todas. Camila já estava com um semblante mais ameno. Os olhos fixos na tv, a língua presa no canto direito dos lábios e as mãos movendo o controle do console para o lado que ela queria mover o boneco. Uma cena adorável! Peguei meu celular, acionei o contato de Dinah e esperei. 1,2,3... 4 toques até aquela voz marota soar do outro lado da linha.
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Fire meet gasoline
FanfictionLauren Jauregui é uma aplicada estudante do curso de Engenharia Elétrica. Saiu de sua cidade natal para assumir uma vaga na Universidade do D.C, na condição de bolsista, mas também para esquecer um fato traumático ocorrido durante o ensino médio. In...