Fire meet gasoline

Movin'on part2

Oi foguentas turo bom??? Caralho eu tô muito assustada. Vocês devoraram o capítulo em segundos, bicho. Pois peguem mais um logo.

Mas antes...

Tem novidade na área: https://open.spotify.com/user/12146905624/playlist/0WUOC9lpvadPppQH39Rb6G

Playlist com as músicas que já tocaram ou deram o tom em FMG. A organização foi feita pela cabeIlo97 a quem eu quero agradecer muitíssimo pela disposição e pelo carinho.

Boa leitura!

xxx

Camila Cabello Pov

Despertei como quem desperta de um pesadelo quando se está em fuga e respirei fundo segurando o lençol junto ao meu corpo nu. A noite anterior foi se revelando em flashs. Jade, o tal engenheiro e a cantora. Quem será que estava no meu banheiro agora? Porque eu ouvia claramente o barulho da ducha ligada.

Como eu pude ser tão inconsequente a ponto de dormir com alguém e não lembrar. Maldita lembrança desse número 27 que me persegue e me impulsionou a encher a cara e sair sozinha. Duas coisas que não são do meu feitio.

Suspirei sentindo a ressaca moral bater forte e apanhei meu celular. Várias mensagens marcadas que eram de destinatários que trabalhavam comigo, amigos e família. Eu marcava alguns fãs também, mas não dava pra conferir todas devido ao volume elevado. Algumas era de Walker, o manda chuva do canal, me cobrando explicações, outras de Cara, minha assessora e amiga em quem eu depositava toda a minha confiança profissional, o restante era uma enxurrada de menções e marcações.

"Se eu soubesse que você não iria surtar iria te dizer que teu nome está nos trends e não é graças ao seu trabalho, mas como eu sou sua amiga vou te perguntar: A noite valeu a pena?

Walker quer o seu fígado.

Me encontra pra almoçar.

          - Alessia Cara."

Ótimo! Alguém me fotografou na saída do bar. Ao menos vou descobrir quem dormiu comigo e evitar a cara de surpresa. Acessei uma das redes que eu utilizava e quando ia abrir a primeira foto a criatura saiu do banheiro já vestida e com um sorriso cafajeste nos lábios.

A maldita cantora.

[...]

Não tive tempo de cumprimentá-la antes do toque insistente do meu celular cortar o ambiente. Ela sinalizou para que eu atendesse e retornou ao banheiro para me dar alguma privacidade. Walker gritava e falava uma série de absurdos para os quais eu apenas revirava os olhos. O enquadraria depois.

A beldade retornou e novamente sorriu. Maldita sea, que bella sonrisa. Ay carajos!

- Me desculpa, ligação do chefe.

- Essa indústria é um saco. Saí da minha última gravadora depois que o velho me encheu o saco por uma roupa. - Desabafou.

- Vou deixar claro que não tenho dono. - Ela mordeu a ponta do dedo e eu desviei o olhar. - Eles te bajulam, mas quando...

- Você faz algo que não agrada eles te tratam como um lixo. - Completou a minha frase. - Eu te entendo, Camila.

- É exatamente assim. Argh! Tão bom conversar com alguém que sente o mesmo. A maioria das pessoas se deixar tratar com os bonequinhos que eles querem que a gente seja.

- Isso! O dinheiro até que me faz falta às vezes, mas nada paga a minha liberdade. Em duas semanas eu embarco para Londres para tentar uma nova gravadora que parece mais aberta, mas eu adoraria conversar mais com você. - Se aproxima mais da cama e pontua. - Sobre a indústria e o meio artístico ou sobre essa sua boca maravilhosa. - Apoia o joelho no colchão e me alcança os lábios brevemente.