#46. Camila Moroli

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    Olá mores >< Tudo bem? Eu espero que sim!

Nos encontramos novamente, hoje com a escritora Camila Moroli, e aí, vocês estão prontos para conhecer um pouco sobre essa fofa? Então vamos nessa!

*Antes de começarmos, nos fale um pouco sobre você:

Meu nome é Camila Morais, tenho (quase) 23 anos, sou mineira. Formada em Letras — Edição — na Federal. Trabalho um pouco como tradutora. Sou muito caseira, embora eu não negue um passeio qualquer de final de semana. Tímida até me acostumar com uma presença nova. A música é minha companheira dos momentos chatos da vida. Sou fã de dias nublados, cheiro de terra molhada depois da chuva e de café!

P: Há quando tempo você escreve? Quando descobriu seu amor pela escrita?

Escrevo desde os 15 anos. Eu ainda não havia estudado em nenhuma escola decente até entrar no Ensino Médio, que foi quando eu tive minhas primeiras aulas de literatura. E a análise crítica de livros que antes eu achava muito chatos — como Vidas Secas, por exemplo — me despertou grande interesse pela arte de escrever. Portanto, nessa época eu tentei começar a escrever. Meu primeiro livro é lastimável, mas eu ainda assim dou boas risadas sempre que leio.

P: Camila, você prefere escrever em 1ª ou 3ª pessoa?

Quando escrevo contos, tanto faz; depende da finalidade. Quando se trata de romance, eu prefiro escrever em 3ª pessoa, por conta da amplitude que permite a narrativa nessa pessoa do discurso. Na adolescência, eu só gostava de livros em 1ª pessoa, porque me sentia mais conectada com o protagonista. Eu lia muitos livros que tinham essa intenção escancarada: fazer o leitor se identificar o máximo. É uma estratégia que pode dar certo, sim, mas também pode ser pobre, e muitas vezes é. Ou falha. Ou chata. Na série Correr ou Morrer, eu já não suportava, no final, ter só a visão do protagonista. Aí comecei a enxergar como livros em 1ª pessoa são limitados.

P: Qual o gênero que você mais gosta de escrever?

Sempre gostei mais de romances (e falo aqui de narrativas extensas, não de conteúdo romântico; gênero literário é, essencialmente, o que difere romance, conto, novela... Geralmente as pessoas usam a nomenclatura errada). E eu sempre gostei mais de ler e escrever fantasia.

P: Qual é o seu livro e seu autor favorito?

Eragon  é minha série predileta, e eu também sempre gosto de citar A menina que roubava livros.  Mas não tenho autor favorito, gosto de muitos.

[ 😍 ]

P: E você já foi plagiada?

Sim! Eu publiquei uma estória de fantasia medieval no Nyah! Fanfiction (que foi onde publiquei por muitos anos), e um garotinho a publicou, lá mesmo, como se fosse dele. Mas ele não foi inteligente, porque colocou a mesma capa, o mesmo título, não mudou nada no texto.... então duas pessoas descobriram e me alertaram. No fim, o garoto teve a conta dele bloqueada e eu ainda ganhei um leitor, que conheceu a estória por meio dessa fraude. E acabei por me sentir lisonjeada; se fui roubada, é porque ele gostou do que eu escrevia.

P: Camila, se considera uma escritora de sucesso?

De forma alguma, hahaha. Sou apenas uma moça, apaixonada por literatura, que escreve um pouco por hobbie. Nada além disso.

P: Qual foi o momento ou a cena mais difícil para você escrever?

Uma cena detalhada de um suicídio. E eu descartei depois de alguns dias.

P: Se seus livros não existissem, faria alguma diferença para alguém além de você?

Está aí uma pergunta que ninguém tem condição de responder com propriedade.

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