Bati no vidro frustrada sabendo que eles iam me deixar. Não era novidade, toda vez que me forçavam a ir com eles para algum lugar, mesmo insistindo que não precisava, no fim, era trocada por garotas bonitas que piscavam com interesse.
Ygor abaixou o vidro do carro colocando seu braço apoidado na porta. No banco de trás tinha três meninas sorrindo, rindo atoa com o que Richard e Daniel diziam para elas.
– Aonde vou sentar? – Exclamei chateada, não havia espaço para mim no carro.
Não tenho dinheiro pra pegar um táxi.
– E quem disse que você vai vim no carro? – Que ódio. Se eu pudesse esganar Ygor agora, eu faria.
Ele tem um sorriso debochado no rosto. As meninas olham para mim e dão um "tchauzinho " com as mãos. Reviro os olhos cruzando os braços perdendo a paciência que me restava.
– Não tenho dinheiro pra voltar pra casa, idiota ... – Ygor tira da sua carteira 10 dólares e da na minha mão piscando o seu olho.
Isso não dá nem pra comprar uma pizza.
– Pega um trem ou um ônibus, sei la. Não chegue tarde.
Acelera o carro fazendo sair fumaça no asfalto, tusso tampando meu nariz e abanando a fumaça forte branca na minha cara.
– Precisa emagrecer gordinha, se quiser posso ti recomenda um nutricionista gatinho. – Uma das meninas fala escrevendo em um papel. – Aqui
Pego o papel de suas mãos encarando, escrito a uma ofensa dizendo que sou a "gorda do macarrão e suco ". Amasso jogando na sua cara que reclama dizendo que sou mal educada, que só queria me ajudar.
– Não lembro de ter pedido sua ajuda, baranga.
Sai de lá com passos apressados pisando duro no chão, eu fui humilhada mais uma vez. A gente vive em um mundo moderninho, exigindo padrões, corpos, regras. Infelizmente é assim. Eu amo ser gorda, e aceito meu corpo, é claro que adimito que já tentei emagrecer e sempre vem a fodida auto-estima baixa dizendo ao contrário, pelo menos ninguém dita as minhas regras. Não preciso fazer uma dieta exagerada para manter o corpo, eu não sou modelo, não nasce pra segui padrão tosco.
Mas na minha cabeça sempre vem uma frase;
Eu deveria mudar ?
Mas pra que mudar? Se eu me amo do jeito que eu sou, e foda se as malditas pessoas porquê o mundo tem a obrigação de da voltas por cima, eu sei disso.
Noto que estou bem longe da escola e não sei onde é o ponto de ônibus. Na verdade nem sei pegar ônibus. E esse sol forte que deixa minha cabeça queimando não ajuda muito.
– Jasmine, o que tá fazendo ? – fala uma pessoa praticamente gritando no meu ouvido. Dou um grito me assustando com o indivíduo doido desvairado, Augusto.
– Augusto, que parar de gritar no meu ouvido? Vou morrer do coração. – Ponho a mão no meu peito, quase que minha alma sai de mim.
– Você não respondeu minha pergunta! – Disse querendo uma resposta rapida.
– É que o carro do meu "querido primo" que veio comigo pra escola, está lotado por garotas F.D.P. Agora aqui estou eu, tentando voltar pra casa.
– Idiotas, você quer uma carona? Ainda tá cedo, você pode dá uma passada lá em casa e conhecer minha mãe. – Ele dá pulinhos de alegria.
– Eu não tenho outra escolha não sei pega um ônibus mesmo. Certeza que sairia da cidade.
Augusto rir de mim balançando a cabeça negando.
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Uma gordinha em uma escola
Teen Fiction- Essa fic romance adolescente contém: linguagem +18, hot, palavrões e bullying. Jasmine Kristhen adora livros de romance clichê. Sonha ter um belíssimo amor com o cara que seja o "príncipe". Caras bonitos, amorosos e fiéis exatamente como o...