Uma gordinha em uma escola

Capítulo 》9

     Encaro meu corpo nu de baixo do edredom. Meu deus como isso foi acontecer? Justo comigo. Se eu realmente fiz o que não devia com Augusto, eu não sou mas virgem?! eu queria que fosse com alguém que me amasse profundamente e que eu lembrasse é claro.

Sim, sou romantica estava esperando o garoto certo. Que nosso primeiro beijo fosse de baixo da chuva forte e fria, não ligaria para nada ao nosso redor porquê eu estaria com o amor da minha vida. Nossos dias iam ser perfeitos, ele me levaria em lugares para encontros que nunca ia esquecer. Se declararia para mim de um jeito encantado, olhando profundo em meus olhos. E por fim fazeriamos amor de baixo das estrelas cintilantes no céu.

Por que não pode ser assim?

O que não entra na minha cabeça é que  eu e Augusto poderia ter feito sexo. Como assim eu transei com o Gus? Se não foi  isso fizemos alguma coisa do tipo, por que acordaria complemente nua?

Em todo quarto de Augusto procuro algo convincente, talvez uma prova de que eu e ele não transamos. O quarto  dele está virado de ponta-cabeça, o odor de álcool entra pelas minhas narinas causando náuseas.

A mais de vinte copos espalhados pelo chão, dá até dó de vê isso tudo aqui. Estava tudo bem arrumado e impecável quando entrei. Olha só, acabei de encontrar meu sutiã! um cassetete de policial, latinha de cerveja, mais votika, não quero ver essa praga de bebida nunca mais. E outras coisas que eu sinceramente não sei o que é.

Bom nada que prove que eu e Augusto transamos, até agora não achei nenhuma camisinha. Um bom sinal.

E se a gente tiver transado sem camisinha! Eu to grávida então?! calma, calma Jasmine para de paranóia, só mantenha a calma.

AI MEU DEUS SE EU TIVER TRANSADO COM UM CARA DESCONHECIDO, E SE EU TIREI A ROUPA E TODO MUNDO ME VIU PELADA?

o desespero toma conta de mim.

O relógio pequeno do quarto dele marca 19:00 em ponto, só tenho que ir para casa logo, não por temer meus pais, afinal, eles nem se importam. Mas sim, pelos meus primos que com certeza devem dormir lá hoje, vão encher meu saco.

Tenho que acordar Augusto. Mas, o que faria para acordar uma pessoa que dorme como pedra, depois de tomar vários copos de bebida?

Grito no ouvido dele, balanço, faço cosquinha e nada. A única tentativa vai doer um pouco, então belisco ele bem no seu peito. Não foi porquê eu queria, tentei em outros lugares e nada adiantou.

Em movimento brusco Augusto pula da cama, sonolento com a cara vermelha, seu cabelos bagunçados para todos os lados. Se põem de pé com os olhos meio fechados e sem roupa também, viro rapidamente com a pouca dignidade que tenho.

– Por que você apertou o meu peito? – diz com gemido de dor na voz.

– Desculpa, não queria fazer isso mas não teve jeito. E... você tá pelado. – Ainda de costa sei que ele está com aquela expressão sem entender nada, espero seu grito agudo.

– POR QUE ESTOU PELADO? – Pergunta pegando alguma coisa do chão rapidamente.

– Nao sei, não me lembro de nada – viro encarando ele séria que vestia uma cueca de onça.

– Jasmine, pelo amor de Deus fala que você está com roupa! – Disse nervoso.

Faço negativo com a cabeça e me assusto de novo com outro grito que ele dá, parece que perdeu a voz de tão fina que é o grito.

– Isso não pode ta acontecendo, como a gente?... ai eu não tou acreditando. – Bota a mão na cara com muita vergonha.

– Calma Augusto, a gente nem sabe se a gente transou mesmo, mas é muito provável! – Tento acalmá-lo, que não adianta muito.